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Câmbio, ele de novo

Dólar a pouco mais de R$ 2 não intimida as viagens ao exterior, mas pede prudência nos gastos

Por Fernando Souza (edição)
Atualizado em 16 dez 2016, 08h33 - Publicado em 12 jul 2012, 16h26

Cotado a R$ 1,54 em julho de 2011, o dólar atingiu os R$ 2,08 em maio passado, seu maior pico em três anos. O real se desvalorizou também diante da libra, do peso argentino e, pouco menos, do euro (veja quadro). Com a queda do real, em março e abril os brasileiros gastaram 5% menos no exterior do que no mesmo período de 2011, mas os voos internacionais estiveram 5% mais carregados. Em maio, voltamos a gastar como sempre, batendo o recorde histórico do mês. “Uma variação de R$ 0,10 por dólar em uma viagem de US$ 10 000, em dez vezes, gera uma diferença de apenas R$ 100 por mês”, diz Cássio Oliveira, da empresa Rextur. Para o professor Samy Dana, PhD em finanças da Fundação Getúlio Vargas, a expectativa é que o dólar se acomode entre R$ 2 e R$ 2,20. Nesse cenário, veja as dicas dos dois especialistas.

Como me prevenir das oscilações do câmbio? Comprando a moeda mês a mês, de forma a pagar um valor médio.

O que mais devo considerar no planejamento para economizar? Viajar na primavera para a Europa é mais gostoso e barato do que no verão. Na baixa, as passagens promocionais para Paris rondam os US$ 700. Em julho, batem os US$ 1 200. Isso sem falar do preço dos hotéis. E pesquise muito, com antecedência, para fazer um bom negócio.

É melhor viajar com cartão pré-pago ou de crédito? No cartão de crédito, além do acréscimo de 6,38% de IOF, a cotação da moeda na data da fatura é imprevisível. No cartão pré-pago, o IOF é de apenas 0,38% e a recarga pode ser feita na moeda local, sem sofrer oscilações. O pré-pago funciona bem em países como os Estados Unidos, o Canadá e em grandes capitais europeias, mas nas pequenas cidades você poderá ter problemas em usá-lo. Comparado com os dois cartões, o dinheiro vivo perde em segurança, mas economiza em taxas de saque, que são altas. Por isso, o ideal é fazer um mix entre cartão de recarga, de crédito e dinheiro em espécie.

Que destinos estão baratos? Países em crise, como Espanha, Portugal, Grécia e Irlanda, precisaram baixar seus preços. A Turquia também é barata – pelo equivalente a € 15 você faz uma refeição completa em um bom restaurante. Na Ásia, à exceção de Taiwan, Coreia do Sul e Japão, os destinos são muito baratos, da China à Indonésia. Mas as passagens custam caro.

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