Entre domingo (7) e segunda-feira (8), pelo menos 11 baleias jubartes foram avistadas em Ilhabela, no litoral norte de São Paulo.
Os flagrantes foram registrados por Julio Cardoso, pesquisador e fundador do Projeto Baleia à Vista, que compartilhou fotos e vídeos em sua página no Facebook.
A entidade, que trabalha com o monitoramento, registro e levantamento de informações sobre esses animais na região, afirmou que as baleias foram vistas primeiro próximas à Ponta de Sepituba e, no dia seguinte, no Bonete.
A possibilidade de avistar baleias e também raiais, golfinhos e até orcas é uma das principais atrações para quem passeia de barco em Ilhabela entre os meses de junho e agosto.
Porém, este ano os animais chegaram à região um pouco mais cedo. Desde a segunda quinzena de maio as jubarte estão sendo avistadas em Ilhabela.
Em 2019, o projeto contabilizou a passagem de 350 baleias pelo litoral norte paulista.
Vale lembrar que, devido à pandemia de coronavírus, o município de Ilhabela restringiu a entrada de turistas pela balsa ainda em março. Só é permitida a travessia de moradores, trabalhadores, carros de emergência e prestadores de serviços essenciais.
Baleia Franca em Santa Catarina
Em Santa Catarina, a observação de baleias é uma das apostas para o pós-pandemia, já que se trata de uma atividade ao ar livre, sem aglomerações.
De julho a outubro, as cidades de Laguna, Imbituba e Garopaba recebem a visita de baleias franca e formam a chamada “Rota da Baleia Franca“, destino turístico que afirma já estar se preparando para receber os turistas sob essa nova normalidade.
Cristiane Bossoni, condutora ambiental da empresa Trilha Ecoturismo, explicou que seguirá as recomendações da Associação Brasileira de Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (ABETA), o que inclui medidas de distanciamento físico e de prevenção de contágio.
“Acreditamos que mantendo esta postura de cautela, poderemos ter uma temporada ideal para este novo turismo que está surgindo, pois durante a temporada da Baleia já somos uma região com baixa densidade turística”, acrescenta o coordenador da Rota da Baleia Franca, Felipe Uszacki.