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Arte na rua

Lençóis, na Chapada Diamantina, vira museu a céu aberto com obras de Stephan Doitschinoff

Por Juliana Cunha
Atualizado em 14 dez 2016, 12h06 - Publicado em 8 set 2011, 15h32

O que acontece quando um grande artista vai morar numa pequena cidade? Stephan Doitschinoff, um dos artistas urbanos mais interessantes do Brasil, foi morar por três anos em Lençóis, na Chapada Diamantina, e a transformou num imenso sítio de sua obra.

Mesmo com apenas 10 mil habitantes, Lençóis é a maior cidade da chapada. Ela fica próxima a grande parte das trilhas e dos lugares turísticos da região. Só que, em vez de ir para o lado turístico e classe média da cidade, Stephan foi pintar as casas, os bares, a capela e até o cemitério da região mais pobre de Lençóis. Lugares distantes e carentes ganharam imagens e cores que retratam o sincretismo religioso local, além do dia a dia dos moradores e da cidade. A Capela de Santa Luzia, uma das obras mais primorosas do artista, já vem sendo incluída pelos guias turísticos nos passeios.

Interessado em sincretismo religioso, Stephan viu na Bahia uma chance de explorar o tema. E escolheu Lençóis por querer fazer intervenções a céu aberto que pudessem interagir com as pessoas. O trabalho realizado na cidade está documentado no filme Temporal e no livro Calma: The Art of Stephan Doitschinoff (Ed. Gestalten). Este ano, as obras de Stephan estarão na Jonathan LeVine Gallery, em Nova York, no San Diego Museum of Contemporary Arts, em San Diego, na Subliminal Space Gallery, em Los Angeles, e na galeria paulistana Choque Cultural. 

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