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99 razões para amar Buenos Aires – A cidade exibida

Belezas arquitetônicas para ver de fora, de dentro, por cima, de frente, de lado

Por Cecilia Arbolave e Fernanda Paraguassu
Atualizado em 16 dez 2016, 09h03 - Publicado em 22 set 2011, 19h11

 

(75) Biblioteca Nacional

O prédio de 1992 do arquiteto argentino Clorindo Testa é um símbolo do movimento brutalista. As salas de leitura têm vista espetacular para o Rio da Prata. Tome um chá ou um expresso no Café del Lector, nos jardins da biblioteca. (Agüero, 2502, www.bn.gov.ar; visitas guiadas em espanhol de 2ª/6ª, 15h)

(76) Casa Curutchet

A única residência do arquiteto suíço Le Corbusier na América Latina está em La Plata, a uma hora de Buenos Aires. Foi construída entre 1949 e 1955 em um terreno estreito e recentemente foi locação para o filme O Homem do Lado. (Calle 53, 320, www.capba.org.ar; visitas, 6ª 10h/14h30; AR$ 40)

(77) Casa de Japón

Chamada Casa Minka, a residência foi comprada no Japão por um casal argentino, desmontada e levada de navio para San Isidro, a norte de Buenos Aires. Sua reconstrução levou duas décadas. Nas visitas guiadas, os anfitriões explicam algo da arquitetura e cultura orientais a partir da própria casa. A visita deve ser agendada. (Capitán Juan de San Martín, 1596, 4737-8110; AR$ 40)

(78) Galeria General Güemes

Prédio comercial do começo do século 20, de estilo art nouveau e projetado pelo arquiteto italiano Francisco Gianotti. Há um mirante no 14º andar, que deve reabrir em novembro. (San Martin, 170, www.galeriaguemes.com.ar)

(79) Kavanagh

Com 120 metros de altura, o arranha-céu residencial desbancou em 1936 o Palácio Barolo como o mais alto da América do Sul. Símbolo da arquitetura racionalista, é impactante para quem o vê, pois vai se estreitando nos andares mais altos. (Florida, 1065)

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(80) Palacio Barolo

Desenhado pelo italiano Mario Palanti, fã da Divina Comédia, de Dante, o prédio de 1923 traz referências à obra do autor italiano, como as divisões que emulam inferno, purgatório e paraíso. (Avenida de Mayo, 1370, www.palaciobarolotours.com.ar; visitas diurnas 2ª/5ª 16/19h; AR$ 40; visitas noturnas, 4ª/6ª 20h e 5ª 20h30; AR$ 80)

(81) Puente de la Mujer

A única obra do celebrado arquiteto espanhol Santiago Calatrava na América Latina fica em Puerto Madero. Com 160 metros de comprimento, o desenho da ponte tenta emular um casal dançando tango. (Dique 3 de Puerto Madero)

(82) Teatro Colón

Principal teatro de ópera da Argentina, aqui se apresentaram Caruso, Maria Callas e Nijinski. A sala principal tem sete andares de camarote. Passou por grande reforma para reabrir nas celebrações do bicentenário da independência, em 2010. Tem visitas monitoradas. (Cerrito, 618, 4378-7100, www.teatrocolon.com.ar)

(83) Torre de los Ingleses

Sua construção foi bancada pelos britânicos residentes em Buenos Aires quando da realização do primeiro centenário da independência, que ocorreu em 1910. A Torre de los Ingleses, de estilo renascentista, com 75 metros de altura, é um belo mirante para a região portuária e do Retiro, no Centro. (Praça Fuerza Aérea Argentina, www.torremonumental.buenosaires.gob.ar)

CITY TOUR – BAIRRO

Palermo do além

Belgrano, a norte de Palermo, tem Chinatown, lojas fofas e hype

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(84) Pau se Fue de Viaje

Loja que tem uma seleção fofa de peças decorativas, como almofadas, vários tipos de louças e quadrinhos. (Monroe, 1707, www.pausefuedeviaje.com)

(85) Buddhaba

A experiência oriental total: da comida ao chá, do jardim de bonsai à galeria de arte. (Arribeños, 2288, 4706-2382, www.buddhaba.com.ar; Cc: A, M, V)

(86) Lotus Neo Thai

Restaurante tailandês sofisticado, com mesas baixas e luminárias em formato de flores de lótus que lembram um jardim. A comida tem a combinação agridoce e picante que é peculiar à culinária do país. (Arribeños 2265, 4783-7993, www.lotusneothai.com; Cc: A, M, V)

(87) Palitos

É um dos melhores restaurantes de comida chinesa da região. (Arribeños, 2245, 4786-0371)

(88) Barrio chino

A Chinatown portenha fica aqui, em três ruas: Arribeños (entre 2100 e 2200), Mendoza e Montañeses. Começou a surgir nos anos 1980, com os taiwaneses, e hoje tem de tudo: restaurantes, supermercados, lojas de decoração e templo budista. O supermercado Asia Oriental (Mendoza, 1661) é bom lugar para comprar temperos, wasabi e afins.

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(89) Puerta Uno

Uma porta sem placa dá entrada a esse bar, que, como os donos dizem, “se esconde de quem não está convidado”. O pátio a céu aberto do casarão tem iluminação difusa e sofás pela área, que criam um climão. (Juramento, 1667, 4706-1522, www.puertauno.com)

(90) Barrancas

A praça é das poucas em desnível dessa cidade incrivelmente plana que é Buenos Aires. Foi projetada pelo celebrado paisagista franco-argentino Carlos Thays. Nas noites de sábado e domingo há milongas e aulas de tango (o aluno diz o preço). (11 de Septiembre, entre Sucre e Echeverría)

(91) Nucha

Matriz da confeitaria que faz doces, bombons e tortas artesanais de dar água na boca. (O’Higgins, 1400, 4783-6120, www.nuchacafe.com; Cc: A, M, V)

(92) Möoi

A decoração descolada, com estampas florais nas paredes, enche os olhos de quem entra nesse restaurante de comida contemporânea. (Cuba, 1985, 4783-9000, www.mooirestaurant.com.ar; Cc: A, M, V)

(93) Avenida Cabildo

Árteria da cidade, tem comércio popular com lojas de roupas (de marcas famosas e desconhecidas), calçados, eletrônicos e objetos para casa.

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PROGRAMAÇO

Aires do campo

Uma das melhores experiências nas vizinhanças de Buenos Aires: hospedar-se nas muito confortáveis estâncias

Há sempre algo novo para se ver em Buenos Aires, nem que seja um restaurante diferente para o mesmo ojo de bife. Mas, se você se sentir subitamente farto dos ares da metrópole, há muita diversão e conforto num raio de 100 quilômetros. Pegue a Autopista 25 de Mayo rumo Ezeiza e siga adiante. Você vai se surpreender com um tipo de hospedagem rural que ganha força na Argentina – as estâncias.

Depois que a Autopista se torna a estrada 205 e as vacas surgem na paisagem, chega-se a Lobos, onde está uma dessas muitas estâncias que abrem espaço, com conforto e luxo, ao turismo. A (94) La Candelaria (www.estancialacandelaria.com; diárias desde AR$ 750; dia no campo, AR$ 235) é uma fazenda onde um terço de seus 300 hectares é para os hóspedes. Após o portão, uma alameda de altas casuarinas conduz à sede, passando entre um bosque e um campo de polo.

Há diferentes tipos de habitação. Dentro de um castelo do século 19, em cabanas no meio do bosque e ainda em um moinho holandês. Eu e meu namorado optamos pelo moinho. A simpática construção tem, no térreo de piso fio, duas poltronas, uma mesa de canto, aquecedores e um banheiro. Uma escada contorna as paredes curvas e leva ao mezanino, onde a cama traz um delicado enxoval. A equipe é muito gentil. Era tarde quando chegamos, e não havia mais bufê. Mesmo assim fomos agraciados com um pequeno banquete, com cheesecake, brownies e pastelitos criollos (típico doce argentino de massa folhada fita, recheada de marmelo). Se você estiver de dieta, ela acaba ali.

Aquela sexta já escurecia, o que não nos impediu de dar uma pedalada pelo grande jardim, iluminado por postes de luz antigos do conceituado paisagista fanco-argentino Carlos Thays (o mesmo que fez os Bosques de Palermo, em Buenos Aires). O jardim tem mais de 240 árvores, como araucárias, eucaliptos e casuarinas. De noite, o silêncio da natureza se impõe, acentuado pelo farfalhar das folhas e o ciciar dos grilos.

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Na manhã seguinte, depois de um generoso café da manhã, encontramos os mansos cavalos já encilhados. Com o guia, passeamos por trilhas sombreadas do bosque. Na volta, nos aventuramos sozinhos numa divertida charrete.

Se na noite anterior a estância parecia ser exclusiva da gente (só havia mais um casal hospedado), naquele sábado o cenário mudou. Havia muita gente para curtir a fiesta gaucha, com danças folclóricas e um típico asado argentino.

Empanadas fitas de carne eram servidas como aperitivo no salão principal. Enquanto isso, uma cozinheira dava aulas de culinária criolla para um público de argentinas falantes. Até a hora do almoço, conseguimos conhecer um pouco dos arredores, assistimos a um trecho de um jogo de polo (há aulas por US$ 100) e descansamos nas espreguiçadeiras ao lado da piscina.

O almoço foi no Salão do Lago, em volta de um palco que logo seria dominado por três casais que apresentaram um show de danças folclóricas. Para agradar aos turistas, o menu trouxe um tradicional churrasco argentino, com direito a chorizos, tripas, faldinha, fango, costelas de porco e matambre, acompanhado por muitas saladas. Para a sobremesa, torta de maçã ou flan de doce de leite. Na parte final do show, os artistas chamaram os espectadores para dançar. Minutos depois, enquanto muitos de nós ansiávamos por uma soneca na grama ou uma caminhada ligeira, lá estavam os incansáveis dançarinos, agora sobre cavalos para demonstrar suas habilidades rancheiras. Para fechar a tarde, uma mesa de café e chimarrão com tortas e doces.

Na hora de ir, aquela vontade de que a calma do campo e suas vacas despreocupadas fiquem conosco mais um pouco. Com festa crioula ou não.

+ ESTÂNCIAS

(95) Santa Rita

Em Lobos, com fachada neogótica imponente e 14 suítes de decoração barroca. (www.santa-rita.com.ar; diárias desde AR$ 500; dia no campo, AR$ 250)

(96) La Alameda

Em Chascomús, a 120 km da capital, fica em reserva ecológica com lago. Há pesca esportiva e safári fotográfico. (www.estancialaalameda.com; diárias desde US$ 300)

(97) El Ombu de Areco

Perto da histórica San Antonio de Areco, a 120 km da capital, tem casarão de 1880. (www.estanciaelombu.com; diárias desde US$ 280; dia de campo, US$ 75; Cc: A, M, V)

(98) La Bamba

Em San Antonio de Areco e modernizada recentemente, é hoje um hotel-butique no campo. O parque conta com dois campos de polo (www.labambadeareco.com; diárias desde AR$ 530; Cc: A, M, V)

(99) Pampas de Areco

Também em Areco, é um resort rural de luxo com 30 quartos, spa e galeria de arte. (www.pampasdeareco.com; diárias desde US$ 990)

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