– Eu preciso mesmo fazer um antes de ir viajar?
Sim. Viajar para o exterior desprotegido, sem seguro ou assistência de saúde, é um risco enorme. Uma simples fratura pode custar a bagatela de R$ 60 mil nos EUA. Mas antes de comprar o seu, verifique se você não tem direito ao serviço gratuito das bandeiras de cartão de crédito mais populares. A Visa garante o beneficio a todos os seus clientes portadores de cartões Platinum ou Infinite e também seus cônjuges e filhos dependentes. Com a MasterCard o mesmo vale para os níveis Platinum e Black. Para garantir a cobertura basta comprar a passagem aérea com o cartão em questão ou até emitir com pontos de milhagem desse cartão. Se não for seu caso, vai ser necessário desembolsar algum dinheiro com isso. Também é possível comprar seu plano online ou com agências e operadoras de viagem.
– Quais são as principais empresas do ramo?
– Meu seguro cobre esportes como esqui, surfe e trekking?
Geralmente não. Antes de assinar o contrato mencione todas as atividades que você vai realizar durante a viagem para saber se tudo será coberto. Ainda assim, não confie na resposta: cheque a informação no contrato porque às vezes há cláusulas conflitantes. De modo geral, as assistências e seguros mais básicos (e baratos) não cobrem acidentes decorrentes da prática de esportes mas é comum encontrar empresas que oferecem essa cobertura como um adicional, por um custo extra. A exceção são os seguros gratuitos oferecidos para clientes de cartões Visa ou MasterCard: as duas bandeiras cobrem esportes, digamos, tranquilos, como esses citados acima, e só se negam a segurar atividades realmente radicais como paraquedismo, bungee jumping e esqui fora de pistas demarcadas. A australiana World Nomads é a melhor para os radicais e garante cobertura para mais de 200 atividades, incluindo bungee jumping, mountain bike e wakeboard – mas não cobre esqui em seu plano básico
Vai surfar durante a viagem? Mais cuidado ainda na olha de escolher seu plano, então
– Quais situações me levariam a acionar a assistência ou seguro?
Segundo José Carlos Hauer, representante da seguradora ISIS no Brasil, a maioria das ocorrências de saúde registradas pelos clientes é para casos de pouca gravidade. “Em primeiro lugar vêm os chamados relacionados a desconfortos como dores de cabeça, gripes ou problemas gástricos. Depois aparecem os acidentes, que causam fraturas, machucados ou outras lesões”. Segundo estimativas de empresas do ramo, cerca de 20% dos segurados acionam o seguro em algum momento da viagem mas só 3% dessas situações acarretam internações. Ou seja: a necessidade de acionar o seguro não é tão incomum assim. E, como dizia o ditado, melhor prevenir do que remediar.
– Estou passando mal. Ligo antes para a seguradora ou corro para o hospital mais próximo?
Todas as empresas procuradas ressaltaram que o procedimento recomendado é ligar antes para a assistência sempre que possível. Segundo elas, as principais vantagens da ligação prévia são a praticidade do atendimento telefônico em português e a garantia de que, assim, não será necessário pôr a mão no bolso e depois solicitar reembolso. Com a ligação o seguro pode encaminhar o cliente a um estabelecimento conveniado, onde o custo do tratamento é mais baixo e o risco de o atendimento extrapolar a cobertura contratada é menor do que seria em um hospital desvinculado, por exemplo. “Em muitos casos nossa equipe manda um médico até o hotel da pessoa. Isso seria impossível sem a ligação”, argumenta José Carlos Hauer, da ISIS. Ainda assim, todas garantiram que o valor da cobertura descrito no contrato vale também pra viajantes que correm direto para o hospital, sem ligar. Só que, nesses casos, o esquema é bem mais burocrático: o passageiro tem que pagar a conta, que pode ficar bastante salgada, e depois solicitar o reembolso, que deveria ser rápido mas pode demorar muitos meses para chegar.
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