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10 razões para conhecer a China

Por Laura Capanema
23 Maio 2014, 18h52
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Pessoal,
Como parte desta equipe viajandona da VT, começo hoje um novo blog sobre tudo o que há de mais legal do outro lado do planeta.
E também vou falar de lugares que exprimem uma certa atmosfera oriental pelos lados de cá (dicas de restaurantes tailandeses, centros de meditação e ioga, lojinhas xing ling, cursos de culinária indiana e tal). Dúvidas, sugestões, ideias e pitacos são mais do que bem-vindos. O espaço é nosso. Podem chegar.

Neste post de estreia, vou falar sobre um lugar que desperta dicotomias diversas em nós, viajantes: a China.

Sim, ela é polêmica. Mas é linda.

Eu sei que a passagem é cara, que a viagem é looonga e que a comunicação local exige muito remelexo. Mas, se um dia rolar uma oportunidade pra você, não hesite. A China tem uma cultura preservadíssima e um crescimento megalomaníaco  — é muito impactante ir para lá e ver de perto como tudo acontece.

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O Templo do Céu: lindo, majestoso, esplendoroso e todo-poderoso

Eis aqui 10 bons motivos para encarar a experiência:

1.Muralha da China. É difícil explicar a sensação de estar lá. Ela é a maior estrutura já construída pelo homem, com mais de 21 mil quilômetros de extensão. 21 mil? Durante muito tempo pensou-se que eram 8 mil quilômetros, mas uma pesquisa recente do governo chinês revelou que ela é bem mais comprida do que se imaginava. Porém, a maior parte está muito degradada. Dá para acessá-la por oito entradas diferentes desde Pequim (a minha preferida é a Simatai, com vistas arrebatadoras, a três horas de ônibus da famosa Praça da Paz Celestial). Você pode subir a pé ou de teleférico, fazer trekking, meditar e até correr uma maratona inteira. Não importa qual a escolha, uma vez lá em cima, o mundo fica pequeno.
(Ah, e aquela história de que ela poderia ser vista a olho nu do espaço é balela. Em 2003, um astronauta chinês desmentiu esse papo e causou a maior saia-justa com o governo, que se viu obrigado a retirar a informação dos livros escolares).

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2. O Templo do Céu, ou Tiãntán, como ele é chamado em mandarim, é um dos mais belos monumentos do planeta. Ele serviu para os imperadores das dinastias Ming e Qing (entre 1368 e 1911) fazerem suas oferendas ao… céu. Com uma planta quadrangular, o lado sul foi construído em linhas retas, e o lado norte, de forma arqueada, seguindo o conceito de “céu redondo e terra plana”. São 2 730 mil metros quadrados. Um absurdo.

3. Pequim, a supercapital de 19,6 milhões de pessoas, é uma das cidades mais cosmopolitas do mundo, mas é bem diferente de todas as outras cidades cosmopolitas do mundo. Ali são 5 mil anos de história escrita nos muros dos hutongs (aquelas ruelinhas com casinhas típicas), nos templos da Cidade Proibida e nos parques arborizados cheios de praticantes diurnos de tai chi chuan. As construções olímpicas mais famosas da última década, o Ninho do Pássaro e o Cubo D´água, também estão lá.

4. Xangai. Com certeza você já ouviu falar sobre o glamour da metrópole que mais atrai estrangeiros à China. Por décadas, eles estabeleceram missões comerciais por lá e construíram edifícios art déco afrancesados na região do Bund, que deu à cidade o apelido de Paris do Oriente. Xangai é o epicentro econômico, financeiro, científico e tecnológico do país, imperdível também por seus edifícios ultramodernos (nem todos de bom gosto, mas…). A metrópole também tem a segunda vida noturna mais agitada do planeta (!), segundo um índice londrino, o World Cities Culture Report.

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5. Compras!!! A China, nós sabemos, é o paraíso das quinquilharias e cacarecos mundiais made in China. Mas não só: é o éden das sedas, dos chás, das antiguidades, dos objetos de decoração pintados a mão. É bom evitar os eletrônicos (muitos falsificados), mas quase tudo é mais barato lá, desde a mala de rodinhas até o botão da sua roupa. Em Pequim, é preciso separar pelo menos um dia inteiro para perambular pela Wangfujing, a avenida oficial das compras. Em Hong Kong, “as mina pira” no Ladies Market.

6. A China é um dos países mais seguros do mundo pra viajar. Pequenos furtos podem acontecer, mas ali você pode circular sossegado, inclusive de madrugada.

7. Tem os chineses, que me ensinaram muitas lições de vida com aquele jeitinho tranquilão. Tudo bem, todo mundo já sabe que eles cospem em público e blablablá (a medicina tradicional chinesa acredita que seja danoso engolir saliva, entre outras cositas más). Mas temos muito o que aprender com eles: é difícil encontrar alguém com cara de estressado. Prestativos e generosos, são capazes de chegar atrasados ao trabalho se você pedir uma ajuda na rua.

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8. Guilin, um vilarejo no sul, tem um dos cenários mais pop dos filmes chineses. A paisagem do riacho cercado de montanhas é tão maravilhosa que foi parar na nota de 20 yuans.

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Guilin: dupla participação na foto

9. Comida. Sim, a gastronomia tem um lado bizarrinho (o banquete de Ano-Novo, que é em fevereiro, tem ovos podres cozidos e sopa de ninho de andorinha) e há feirinhas que vendem escorpiões e gafanhotos no palito. Mas os bons restaurantes vão muito além do frango xadrez com arroz colorido do China in Box (e não espere encontrar biscoitos da sorte). O pato de Pequim é uma iguaria mundial e os dumplings, aqueles bolinhos no vapor, são a alegria de qualquer café da manhã, que lá se chama dim sum. Em Hong Kong está o restaurante estrelado pelo Michelin mais barato do mundo, o Tim Ho Wan

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10. Brincar de cassino em Macau pode ser extremamente divertido. A Las Vegas do Oriente já tem um faturamento maior que o da própria Las Vegas, e tem ainda o maior cassino no mundo, o The Venetian Macao. A cidade ainda tem calçadas portuguesas e placas de rua escritas em português, mas não espere falar muito a nossa língua de Camões por lá, porque o idioma oficial é o cantonês.

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Macau: portuguesa só na herança

 

PS: Como bem lembrou a leitora Christine Marote, é importante que o visitante solicite um visto de múltiplas entradas. Macau e Hong Kong são regiões administrativas separadas da China, ou seja, uma vez que você vai para lá, tem o passaporte carimbado. Para voltar para a “Mainland China”, é preciso ter um visto múltiplo. Ou então se organizar para visitar as 3 regiões — China, Macau e Hong Kong — em sequência. (Aí, nesse caso, a boa é desembarcar em Pequim e marcar o voo de volta saindo do aeroporto de Hong Kong).

 

 

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