Continua após publicidade Matérias 10 motivos para visitar cervejarias na Califórnia Vai para o estado mais cervejeiro dos Estados Unidos? Aproveite para fazer um roteiro inesquecível pelo melhor do lúpulo Por Fernando Souza Atualizado em 4 ago 2022, 14h11 - Publicado em 27 nov 2015, 13h33 Degustação de cervejas, Califórnia (Divulgação/) 1/10 1. Prezar a identidade local Consumir produtos locais gera empregos, fortalece a identidade regional, conecta a comunidade, reduz custos de transporte, tem menos impacto ambiental... Na Califórnia, esse hábito é tão intrínseco ao lifestyle que impacta diretamente na experiência do visitante. Se você entrar num mercado qualquer dos EUA, encontrará todas as grandes marcas de cerveja americanas e europeias. Se esse mercado ficar na Costa Oeste, haverá dez vezes mais rótulos californianos. (//Divulgação)2/10 2. Provar cervejas top Em setembro de 2015, três cervejas artesanais da Califórnia estavam no top 20 do Brejas, outras três no top 20 do Beer Advocate e cinco entre as 20 melhores do Rate Beer. Outro atestado de qualidade, algumas dessas companhias começaram a ser adquiridas por gigantes do setor, como aconteceu com a Eisenbahn e a Baden Baden no Brasil. A Firestone Walker, em Paso Robles (entre San Francisco e LA), hoje pertence à belga Duvel. Também em setembro de 2015, a Lagunitas, de Petaluma (Sonoma County), que sempre posou de "local", vendeu 50% da sua alma à Heineken. E a insaciável InBev não para de passar o rodo em todo o território americano, onde já absorveu craft breweries como a Goose Island, de Chicago, e a Blue Point, de NY. (//Divulgação)3/10 3. Fartar-se de lúpulo A febre das cervejas na Califórnia consolidou o gosto regional pelo lúpulo (hop, em inglês), ingrediente da receita-base de todas as brejas (que sempre levam, ainda, malte e levedura). Planta da família da maconha, o lúpulo dá aquele amargor silvestre à bebida e funciona como conservante natural, tanto que, no século 18, superdosava os barris que os britânicos mandavam à Índia - daí o termo India pale ale ("cerveja clara da Índia"), ou IPA (pronuncia-se "ái-pi-ei"), o suco de uva dos hipsters californianos. Enquanto o índice de amargor (International Biterness Unit, ou IBU) de uma Brahma não passa de 15 pontos, e a de uma pilsen tcheca, de 45, uma imperial IPA pode chegar a 120 pontos. Não raro, as IPAs também são mais alcoólicas, com teor acima dos 7%. (//Divulgação)4/10 4. Eleger a cerva perfeita As cervejas californianas não se resumem a doses cavalares de lúpulo, embora as IPAs sejam o carro-chefe das cervejarias e o estilo que elas dominam. Para quem prefere uma cerva menos amarga, mais parecida com as nossas pilsen, as lagers americanas são as parentes mais próximas. Se você gosta das escuras com cevada tostada, como a Guinness, há as stouts. As do tipo abadia imitam as belgas trapistas, e as de trigo, as frutadas weissbiers alemãs. Ainda mais cítricas, as lambics lembram as cidras e agradam paladares afeitos a bebidas adocicadas. Romanée-Conti das cervejas, as barrel aged são envelhecidas em barris previamente usados para maturar vinho ou uísque, têm produção sazonal e limitada, mais álcool e preços elevados. (//Divulgação)5/10 5. Beber sem enoafetação Nos brew pubs e tasting rooms, você pode até ouvir expressões como "âmbar fosco" e "notas de café torrado", pois sempre há alguém disposto a arriscar um comentário erudito, mas não é a regra. Geralmente, impressões primárias do tipo "essa é mais amarga, aquela é mais frutada, preferi a stout" permeiam o vocabulário dos cervejeiros da Califórnia, que não têm o deslumbramento dos neófitos e se reúnem para celebrar, conversar amenidades e, à medida que os copos esvaziam, falar bobagens. Conhecer os tanques de fermentação é a parte didática, mas burocrática e até dispensável, do programa. O que o povo quer mesmo é ir logo para o bar, entornar uns pints e relaxar. (//Divulgação)6/10 6. Imergir numa cultura Chamar as cervejarias regionais americanas de "artesanais" é quase eufemismo, já que o segmento detém bons 10% de todo o mercado de cervas dos EUA. Mas a cultura do amadorismo, do "fazer o que se gosta", sobrevive. Está no gerente barriga-de-cerveja da Third Street, em Santa Rosa. Nos funcionários da Lagunitas (foto), em Petaluma, que tomam umas durante o expediente. Nos rótulos das garrafas com nomes do tipo Naughty Sauce (Molho Safado, da Noble), Arrogant Bastard (Arrogante FDP, da Stone), Just the Tip (Só a Cabeça, da Sick’n’Twisted). E em slogans como os dos caminhões da Lagunitas: "Beer speaks, people mumble" ("Quando a cerveja fala, as pessoas balbuciam"). (Edwin/Creative Commons/Flickr)7/10 7. HipsterizarNo que isso tem de melhor: a informalidade. Em depósitos que são extensões das fábricas, com pé-direito alto, tubulação aparente e balcão de bar despojado, uma lousa anuncia as brejas disponíveis nas torneiras, a graduação alcoólica delas e os índices de amargor. Nas mesas e banquetas, turmas de amigos e trabalhadores saídos do batente bebem e conversam como se não houvesse amanhã, embalados por indie rock e várias IPAs. (//Divulgação)8/10 8. Não gastar muitoOs preços das brejas californianas equivalem aos dos bares de cervejas "especiais" no Brasil. Lá, a bebida vem em pints (generosos copos de 473 ml) ou flights (bandejas de degustação com copos de 118 ml), mas, se você estiver indeciso, nem precisa pagar um flight: vá ao balcão e peça amostras grátis. (//Divulgação)9/10 9. Tomar uma por cidadeQuase qualquer buraco da Califórnia tem uma craft brewery. A Viagem e Turismo esteve em oito delas e recomenda, de norte a sul, a Third Street, pelo espírito microcervejeiro, e a Russian River, da afamada Pliny the Elder, ambas em Santa Rosa; pela cena hipster, o bar da Mikkeller, em San Francisco, e a Angel City, em LA; e, na região de San Diego, a poderosa Stone, a informal Lost Abbey e a Ballast Point. Ou seja, recomendamos todas. Consulte o mapa da Brewers Association para localizar a cervejaria regional mais próxima. (//Divulgação)10/10 10. Beber sem dirigirPara evitar o porre, intercale a cerveja com água e se alimente bem nos bares. Se você não der bandeira no trânsito, dificilmente será parado pela polícia. Se for, saiba que a pena para motoristas alcoolizados na Califórnia varia de quatro dias a seis meses de cadeia mais fiança de até US$ 1 000. Por isso, vá a pé, de bike, de táxi, Uber ou com um tour de cervejas (já incluída a bebida). Em San Diego, a Brew Hop leva a três cervejarias da região em cinco horas, por US$ 169. Em SanFran, o passeio da Bay Area cobre três endereços (quatro horas, por US$ 99). No mesmo formato, o roteiro da LA Craft por Los Angeles custa a partir de US$ 55 (//Divulgação) Compartilhe essa matéria via: WhatsAPP Telegram RelacionadasMatériasNapa Valley, na Califórnia: uma uvaMundoSan Francisco: os clássicos e as novidades da cidade techieMundoSan Diego é o eldorado de brasileiros na Califórnia Resolva sua viagem aqui Reserve hospedagem no Booking Reserve seu voo Reserve hospedagem no Airbnb Ache um passeio na Civitatis Alugue um carro Publicidade Mais lidas1Brasil 10 resorts all inclusive no Nordeste do Brasil2Brasil O Melhor de Viagem e Turismo 20 anos: uma noite de premiação3Inspira Aproveite a Black Friday para realizar a viagem dos seus sonhos4Brasil Iporanga, a praia secreta no Guarujá5Mundo Nova York: bairro residencial vira atração pela decoração de Natal extravaganteCalifórniaCervejaEstados Unidos Publicidade