Quem viaja com pet para hotéis ou clubes deve providenciar a carteira de vacinação. O documento traz informações essenciais para o controle de imunizantes que os animais de estimação já receberam. A carteira de vacinação deve conter todas as vacinas que já foram feitas no animal. Normalmente, a clínica responsável pela aplicação é quem faz a carteirinha, que contém a data da aplicação, o carimbo e a assinatura do médico veterinário responsável juntamente com o rótulo da vacina aplicada.
“No caso dos cães, normalmente é feita a vacina Polivalente V8 ou V10. Já as vacinas Antirrábica e Puppy são para cães filhotes. Para gatos, existem as vacinas V4 ou V5 e a antirrábica”, alerta a professora do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário IBMR, Isabella Morales. Atualmente, a única vacina gratuita é a antirrábica para cães e gatos, fornecida pelo Ministério da Saúde. As outras devem ser feitas em clínicas particulares.
Lembrando que antes de qualquer aplicação, os animais devem ser avaliados de maneira clínica pelo médico veterinário, assim, evita-se fazer vacinas em animais doentes, debilitados ou imunocomprometidos.
Para voos nacionais, exige-se que o tutor apresente a cartão de vacinação que confirme a aplicação da vacina Antirrábica (feita há mais de 30 dias e até um ano), e um comprovante assinado por um médico veterinário dizendo que o animal está saudável para viajar.
Isabella aconselha que, sempre que o tutor for viajar, o ideal é verificar se as vacinas estão atualizadas. “Associado a isso é importante verificar se a região que for visitada é endêmica para alguma doença. Por exemplo, hoje no Rio de Janeiro indicamos a aplicação e manutenção das vacinas normais associadas ao uso de uma coleira específica contra mosquitos para evitar o que chamamos de ‘verme do coração’, a Dirofilariose”, acrescenta.
Cada um com seu prato
A professora do IBMR salienta sobre a necessidade de avaliar os “cuidados do ambiente” nestes locais. “Trata-se do cuidado nos hotéis que têm uma densidade alta de hóspedes com pets, pois, se um animal estiver doente, os outros que estão hospedados podem adoecer também”, explica Isabella.
O cuidado se baseia na higiene do ambiente em que o animal ficará. Atente ainda para não dividir comedouros e bebedouros do seu pet com outros animais que não são do convívio comum. O ideal é levar recipientes para estes fins que são de uso individual do seu animal.
Xô, solidão
Caso você vá viajar e não puder levar o animal de estimação, não os deixe sozinhos em casa. A médica veterinária explica que os animais sentem falta dos tutores, da interação com os humanos e caso fiquem sozinhos por muito tempo, podem adoecer. “Gatos podem apresentar quadros de cistite por estresse (distúrbio no sistema urinário) e lipidose hepática por parar de comer (acúmulo de gordura no fígado devido a longos períodos de inapetência). Já os cães que ficam longe dos tutores podem ficar apáticos, diminuir a ingestão de comida e água e emagrecer”, exemplifica a professora.