Manual do Viajante

Azul diz que recuperação judicial não afetará voos

Com dívidas na casa dos 2 bilhões de dólares, aérea entrou com processo de reestruturação financeira nos Estados Unidos

Por Da Redação
Atualizado em 28 Maio 2025, 18h29 - Publicado em 28 Maio 2025, 18h28

A Azul entrou nesta quarta-feira (28) com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, que por lá tem o nome de Chapter 11. A medida tem como objetivo viabilizar uma ampla reestruturação financeira sem interrupção das operações. A empresa espera com isso eliminar 2 bilhões de dólares em dívidas e ao mesmo tempo viabilizar injeção de recursos na ordem de 1,6 bilhão de dólares via DIP Financing, além de obter aportes de até 950 milhões de dólares. A Latam passou por processo semelhante em 2022, já encerrado, e a Gol, que também entrou com processo do Chapter 11 em 2024, já teve o seu plano de pagamento de dívidas aprovado e deve sair da RJ em junho.

Em comunicado, a Azul descreveu o movimento como uma ação estratégica para fortalecer sua posição de capital, afetada por impactos acumulados da pandemia de Covid-19, instabilidades econômicas mundiais e dificuldades logísticas. A empresa afirma que a reorganização vai além de uma simples renegociação de passivos: “Acreditamos que este processo será decisivo para moldar uma companhia aérea ainda mais robusta e resiliente”, destacou a Azul em comunicado.

O pedido de recuperação judicial é um recurso previsto em lei ao qual empresas recorrem com o intuito de suspender o pagamento de credores para organizar as finanças. A próxima etapa costuma ser o agendamento de assembleias para apresentar um plano de pagamento. Caso esse plano não seja cumprido, há o decreto de falência. A RJ não impede que a empresa continue com suas operações. A Azul disse em comunicado que nada mudará em relação às passagens já emitidas e que continuará honrando viagens compradas a partir de agora.