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Guia de destino

Dubai

Por Bárbara Ligero | ago 2025

Do alto do Burj Khalifa, que segue intocável no título de maior prédio do mundo, é possível avistar as ondulações do Deserto da Arábia. Mas a areia alaranjada vai ficando cada vez mais rarefeita à medida que Dubai se expande, espalhando novos empreendimentos de arquitetura arrojada e atraindo um contingente de expatriados de mais de 200 nacionalidades, que já correspondem a mais de 85% da população.

Construído praticamente do zero nos últimos 50 anos, o emirado teve a sua virada de chave na descoberta de petróleo no final da década de 1960. Ciente de que o recurso seria finito, decidiu sabiamente investir em uma fonte inesgotável, o turismo, e de lá para cá não para de anunciar novidades. Muito associado ao luxo, às atrações superlativas e às compras, o emirado pode surpreender enquanto destino cultural. 

Ainda que seja mais liberal e ocidentalizada do que seus vizinhos do Oriente Médio, Dubai imerge na cultura árabe com o colorido dos souks, o cheiro de incenso e os chamados para a reza. Ao mesmo tempo, a quantidade de parques aquáticos e temáticos tem chamado atenção das famílias com crianças, que encontram uma cidade organizada e muito segura. Para ficar perfeito, só falta melhorar o trânsito, bem intenso nos horários de pico.

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QUANDO IR

De outubro a abril, o clima é bastante agradável, com temperaturas entre 15 ºC e 30 ºC. Durante essa época do ano, acontecem vários eventos culturais e esportivos na região e as varandas ao ar livre são boas opções para o jantar ou um café. Como nem tudo é perfeito, as atrações estão mais cheias e pode ser mais difícil fazer reserva nos melhores restaurantes.

De maio a setembro, os termômetros dificilmente marcam menos que 30 ºC e, com certa frequência, batem os 50 ºC. Se por um lado os passeios ao ar livre ficam menos convidativos, os shoppings se tornam ainda mais atrativos. E não é só por causa do ar condicionado: as lojas fazem promoções durante o Dubai Summer Surprises, entre junho e agosto. Além disso, as diárias dos hotéis costumam despencar.

O Ramadã, mês sagrado determinado pelo calendário lunar islâmico, pode ser um período especial para visitar Dubai. Os muçulmanos estarão praticando o jejum do nascer ao pôr do sol, mas isso não atrapalha a experiência do viajante: as atrações e restaurantes continuam funcionando normalmente. A diferença é que você poderá participar de festividades e das refeições de quebra de jejum, verdadeiros banquetes. Em sinal de respeito, porém, é recomendável evitar comer, beber ou mascar chiclete em público durante o dia. Além, é claro, de sempre respeitar as práticas religiosas.

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ONDE FICAR

Há três tipos de hospedagem em Dubai. Os resorts junto à praia, sejam eles voltados para as famílias ou para os adultos, têm amplas áreas de lazer. Igualmente bem equipados, mas em uma escala menor, os hotéis de cinco a quatro-estrelas são voltados para executivos e um público que prioriza o charme. Já o terceiro grupo engloba endereços com oferta mais básica e diárias um pouco mais em conta — que, sim, também existem no emirado.

Na hora de escolher onde ficar, é importante levar em conta as diferentes regiões da cidade. Os resorts e hotéis mais chamativos ficam em Dubai Marina, Palm Jumeirah e Jumeirah. A região corresponde a algumas das principais praias, mas fica um pouco distante de todo o resto da cidade. Downtown Dubai e Za’abeel têm localização central, com boa oferta de lojas e restaurantes: é ali que estão o Burj Khalifa, o Dubai Mall e o Museum of the Future, por exemplo. Já Al Seef e Deira estão bem próximas ao centro histórico e ao aeroporto, mas a vizinhança é mais caótica e há menos opções de lazer. 

Palm Jumeirah

Uma das obras arquitetônicas mais impressionantes do mundo, Palm Jumeirah é um conjunto de ilhas artificiais que formam a figura de uma palmeira: o tronco e as copas são ocupados principalmente por apartamentos e casas residenciais, enquanto o anel circundante guarda hotéis e resorts.

A última novidade por lá é o ultraluxuoso Atlantis The Royal, que virou um grande assunto ao ser inaugurado com show da Beyoncé em 2023. O clima por ali é de badalação, principalmente na piscina de borda infinita Cloud 22, só para maiores de 21 anos, que leva a assinatura da Dolce & Gabbana. 

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O Atlantis The Royal divide a ponta da Palm Jumeirah com o seu “irmão mais velho”, o Atlantis The Palm. Ícone de Dubai desde a sua abertura em 2008, ele parece um palácio das Arábias quando visto de longe e possui uma das melhores infraestruturas para famílias com crianças, incluindo um kid’s club gigantesco aberto no fim de 2024. Além disso, os hóspedes do The Royal e do The Palm têm acesso ao Aquaventure, um dos maiores parques aquáticos do mundo.

Outras marcas de luxo presentes em Palm Jumeirah são One & Only, W, Raffles, Sofitel, Waldorf Astoria, Anantara, Taj, St Regis e Fairmont. Para quem quer badalar, a pedida é o FIVE: o agito começa ainda de manhã nas pool parties e continua madrugada adentro nas baladas do complexo.  

Uma das opções mais econômicas dentro da palmeira é o Aloft, com uma bela vista e piscina no rooftop. Fora do arquipélago, mas ainda bem próximo dele, o Zabeel House The Greens é uma ótima pedida, com decoração charmosa.

Jumeirah

O longo trecho à beira-mar que se inicia a partir de Palm Jumeirah guarda diferentes praias, mas é conhecido de forma geral como Jumeirah. Ao mesmo tempo, Jumeirah também é o nome do grupo hoteleiro que mantém várias propriedades na região. 

Seu último lançamento foi o ultraluxuoso resort Jumeirah Marsa Al Arab, que em março de 2025 completou a ‘trilogia do oceano’ da marca, composta pelo icônico e opulento Burj al Arab, em formato de vela, e pelo Jumeirah Beach Hotel, que tem formato de onda. Esse último atrai as famílias pelas várias opções de lazer e localização à beira-mar.

O trio é vizinho de outros quatro hotéis do grupo — Jumeirah Mina Al Salam, Jumeirah Al Naseem, Jumeirah Dar Al Masyaf e Jumeirah Al Qasr —, todos espetaculares, que estão distribuídos em torno de um lago com canais. Nesse mesmo complexo fica o Souk Madinat Jumeirah, um shopping muito charmoso que imita um souk (só que com ar condicionado e menos barganha).

Um pouco mais adiante, o Four Seasons Resort at Jumeirah Beach e o Mandarin Oriental Jumeira têm suas próprias praias privativas. Já o Bulgari Resort ocupa praticamente toda uma baía artificial, conectada ao continente por uma ponte.

Com bom custo/benefício, o Beach Walk Boutique Hotel fica a uma quadra da praia pública de Jumeirah, enquanto o descolado Rove La Mer Beach tem praia privativa.

Dubai Marina

Também ao lado de Palm Jumeirah, mas na direção oposta de Jumeirah, a região de Dubai Marina é onde vivem muitos expatriados. Ali estão a roda-gigante Ain Dubai, o calçadão à beira do canal Marina Walk e algumas das baladas mais fervidas do emirado, como a Bla Bla Dubai.

Um dos hotéis mais famosos do pedaço é o Delano, que se destaca pela elegância mais moderna e casual. A propriedade é irmã e vizinha do Banyan Tree, dono de um espaçoso e muito elogiado spa. 

Mais tradicional, o Grosvenor House continua conquistando os hóspedes pelo serviço impecável. Os quartos estão distribuídos entre dois arranha-céus, o que garante ótimas vistas. Alguns quartos estão voltados justamente para a marina.

Tem diárias mais em conta o moderninho Rove Dubai Marina  e o Marina Byblos Hotel.

Downtown

Com localização central, entre as praias e o centro histórico, Downtown corresponde à região onde estão o Dubai Mall e o Burj Khalifa. Esse último, mais alto edifício do planeta, guarda em seus primeiros 39 andares o hotel Armani: o refinamento que o nome da famosa grife traz à mente foi aplicado em cada canto deste elegante hotel, onde mesmo o quarto mais básico inclui serviço de mordomo. 

Outra hospedagem que tem localização sem igual é o Address. Tanto da piscina de borda infinita como de alguns quartos têm-se vistas não só do Burj Khalifa, mas também dos shows da Dubai Fountain. Levando-se em conta ainda que está a poucos passos do Dubai Mall, a localização beira a perfeição. 

Ainda a uma caminhada de distância do shopping, o Hotel Boulevard, Autograph Collection é uma ótima pedida. A hospedagem boutique incorpora elementos árabes na decoração de forma muito charmosa e tem uma convidativa piscina no pátio central.

Uma inauguração importante nesse pedaço dessa cidade foi o The Lana da Dorchester Collection, mesmo grupo do icônico Plaza Athénée em Paris. O hotel guarda um spa da Dior e piscina no rooftop. 

Outras opções de hospedagem próximas do Dubai Mall, mas não o suficiente para ir andando, incluem o ME Dubai, o St Regis Downtown e V Hotel – os três instalados em edifícios modernosos. O Al Habtoor Palace, em contrapartida, é um suntuoso palácio com mobiliário clássico. 

Mas não é preciso investir rios de dinheiro para se hospedar na região. As diárias são menos extravagantes o JW Marriott Marquis e ainda mais em conta no Rove Downtown e no Rove City Walk.

Za’abeel

Downtown é colada no distrito de Za’abeel, onde estão muitos edifícios comerciais, mas também o Museum of the Future e a Dubai Frame

Com uma pegada diferente da maioria dos hotéis em Dubai, o 25hours Hotel One Central é descolado e prafrentex: tem sauna mista; lobby centralizado em torno de uma estante redonda cheia de livros; espaço de coworking e estúdios de cerâmica e podcast. É a prova da abertura do emirado: na Europa, a marca 25hours é conhecida pelo hedonismo e apoio à comunidade LGBT+.

O SIRO One Za’abeel, quase futurista, é outro destaque na região, seja pela academia com tecnologia de última geração ou pela piscina que parece estar pendurada para fora do prédio. No mesmo edifício está o One & Only Za’abeel, primeiro resort vertical da rede. 

O básico Ibis One Central é uma das opções de hotéis econômicos em Za’abeel.

Old Dubai

O Dubai Creek, braço de água salgada, separa Al Seef de Deira. Deira é o distrito histórico de Dubai, onde estão os souks. Para compensar a distância do restante da cidade, vale se hospedar perto de uma estação de metrô, como é o caso do Hyatt Place Dubai Baniyas Square.

Al Seef, por sua vez, é um bairro construído com o objetivo de parecer antigo, que guarda lojas e restaurantes. Apesar da veracidade histórica ser questionável, o lugar tem seu charme, além de hotéis que podem agradar quem busca algo em estilo árabe tradicional. Nesse caso, considere os lindos Al Seef Heritage Hotel e XVA Art Hotel. Se a preferência é por um design mais moderno, veja os hotéis Hampton by Hilton Dubai Al Seef e Canopy by Hilton, Al Seef, vizinhos entre si.

Diferente de tudo (e surpreendentemente em conta) é se hospedar no Queen Elizabeth 2. Trata-se de um antigo navio de passageiros britânico, desenhado para fazer a travessia entre Inglaterra e os Estados Unidos, que navegou entre 1969 e 2008. Depois de ser aposentado, ele foi transformado em hotel flutuante pela Accor em 2018.

Deserto

Também é possível pernoitar no Deserto de Dubai: o hotel boutique Al Maha possui quartos de inspiração beduína e até um spa. A estadia inclui duas atividades, sendo que é possível escolher entre apresentação de falcoaria, passeio de carro pelas dunas e uma caminhada no deserto. 

Outra opção é o Bab Al Shams, com design mais contemporâneo, aberto em 2023. O hotel entretém os hóspedes com jantar ao ar livre com shows, hammam e passeios de camelo ou cavalo árabe.

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ONDE COMER

Dubai abriga uma porção de restaurantes de chefs mundialmente famosos que não raro figuram no Guia Michelin. Mas a cena culinária vem ganhando novas texturas com a abertura de cozinhas mais autênticas, em espaços pequenos e cheios de personalidade. Dica: se pretende conhecer alguns dos melhores restaurantes, saiba que o código de vestimenta de certas casas é mais exigente. Vale ainda reservar com antecedência.

Palm Jumeirah

Detentor de duas estrelas pelo Guia Michelin e 27º na lista do melhores restaurantes do mundo do 50 Best, o Trèsind Studio possui um salão para apenas vinte comensais dentro do hotel St. Regis Gardens. Todas as mesas ficam voltadas para a cozinha, onde são preparados os pratos do menu degustação de culinária indiana.

O Dinner by Heston Blumenthal, por sua vez, fica no novo Atlantis The Royal e já conquistou uma estrela pelo Guia Michelin com seu menu, que é uma viagem pela história da cozinha britânica. Não deixe de provar a famosa “meat fruit” e o “pineapple tipsy cake”.

No hotel vizinho Atlantis The Palm, o destaque é o Ossiano, que também figura no Guia Michelin com uma estrela. Enquanto degustam um menu degustação de dez etapas que conta a história de navegadores que exploraram o Oceano Atlântico, os clientes assistem peixes, raias e tubarões passaram diante da mesa: apenas um vidro separa o restaurante do aquário com 65 mil animais marinhos.

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Também merece atenção o Ibn AlBahr, que há vários anos recebe a distinção Bib Gourmand, concedida pelo Guia Michelin aos restaurantes que servem refeições de alta qualidade a preços mais acessíveis. Comandado por um pescador libanês, é um dos melhores restaurantes de frutos do mar do emirado.

Para uma refeição mais econômica, o Rossovivo Artisan Pizza possui uma unidade perto de Palm Jumeirah.

Jumeirah

Em Jumeirah está o Orfali Bros, eleito o melhor restaurante do Oriente Médio e Norte da África pelo 50 Best em 2025 e detentor de uma estrela pelo Guia Michelin. Comandado por três irmãos imigrantes sírios, o restaurante tem acento mais árabe, sem deixar de olhar para o mundo: do menu-degustação, meu favorito foi o shish barak à la gyoza, uma combinação das receitas árabe e asiática.

Serve clássicos dos países do Levante o Sufret Maryam, restaurante Bib Gourmand que possui um salão aconchegante com arcos de pedra. 

Para culinária japonesa, o Mimi Kakushi é um dos mais celebrados e chama atenção pelo salão inspirado no Japão dos anos 1920. A conta sai menos cara no 3Fils, que tem sushis, e no Wokyo, especializado em noodles ao estilo de Tóquio.

O Bu Qtair, próximo da Public Beach, é um daqueles lugares tradicionais frequentados principalmente por locais. O menu é compacto: a casa serve o peixe do dia acompanhado de molho curry, arroz e pão. Já a Bosnian House convida a conhecer os sabores da Bósnia, com destaque para o ćevapi, que lembra o kebab.

O High Joint tem um dos melhores hambúrgueres de Dubai.

Dubai Marina

Região gostosa para passear no fim do dia, Dubai Marina tem muitas opções de restaurantes. Entre os mais refinados está o Row on 45, que conquistou duas estrelas pelo Guia Michelin logo no primeiro ano de abertura. No menu degustação em 17 etapas, o chef britânico Jason Atherton usa ingredientes de seu país origem ao mesmo tempo que adota sabores e técnicas japonesas.

A refeição é mais casual no peruano Fusion Ceviche, onde os clientes compartilham longas mesas, e no grego Mythos Kouzina and Grill.

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Entre as opções econômicas estão o Allo Beirut, que se inspira nos diners americanos, ainda que sirva comida libanesa – o destaque são os shawarmas. Também é possível experimentar, por bons preços, a culinária indonésia no Betawi Café e a indiana no Bombay Bungalow.

Downtown

Em Downtown, é impossível não mencionar o At.mosphere. Restaurante mais alto do mundo, ele fica no 122º andar do Burj Khalifa e serve culinária francesa. E a vista, claro, impressiona. 

Aos pés do arranha-céu, há restaurantes que são pontos estratégicos para assistir ao show da Dubai Fountain. Para garantir uma mesa externa com vista, é preciso reservar. Algumas opções são o tailandês Thiptara, o libanês Abd El Wahab e o turco Günaydin.

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Também fica nas margens da fonte o Time Out Market Dubai, com 17 restaurantes e 3 bares. Destaque para o Bib Gourmand Reif Japanese Kushiyaki, que se inspira nos izakayas japoneses para servir pequenos pratos.

A algumas quadras dali, há uma unidade do Jailbird, fast food de sanduíches de frango frito bem popular em Dubai

Za’abel

O La Petite Maison, mais conhecido pela sigla LPM, é um restaurante bastante consagrado em Dubai que foca na cozinha do sul da França. Outra casa badalada na região, o Gaia é de culinária grega.

Próximo à Dubai Frame, uma opção é o despretensioso Sallet Al Sayed, de frutos do mar.

Old Dubai

Em Al Seef, vale provar os kebabs do iraniano Al Ustad Special Kebab, na ativa desde 1978. Do outro lado do Dubai Creek, em Deira, o Dampa convida a comer frutos do mar por um preço camarada e sem frescuras: camarões, mexilhões e afins são servidos em um papel direto na mesa. 

O QUE FAZER

Por causa do programa da boa conectividade da Emirates com destinos do outro lado do planeta, muitos brasileiros acabam passando só um ou dois dias em Dubai antes de seguir viagem para o seu destino final. Com esse tempo à disposição, o roteiro costuma incluir cartões-postais como o Burj Khalifa e a área em torno dele, que inclui o Dubai Mall e a Dubai Fountain. Além, é claro, de um pulinho na porção mais histórica para fazer compras nos famosos souks. Mas Dubai tem potencial para preencher uma semana inteira de viagem, com outros bairros a serem explorados, excursões para o deserto e, para quem viaja com crianças, parques temáticos e aquáticos superlativos. Seja qual for o tempo à disposição, a melhor estratégia é organizar o roteiro por regiões. Assim, perde-se menos tempo em deslocamentos: Dubai é bem espalhada e o trânsito pode ser mais caótico que o de São Paulo.

 

Downtown e Za’abeel

Dubai, Emirados Árabes

Torcicolo e vertigem fazem parte da experiência de conhecer o Burj Khalifa, em Downtown. Nas alturas ou aos seus pés, a enorme agulha impressiona. Por décadas, arranha-céus mundo afora viveram uma briga palmo a palmo para ver quem seria coroado o mais alto edifício do mundo. Aí Dubai entrou na disputa e soterrou a concorrência por completo. Do alto de seus 828 metros de altura, passou a ser a mais alta obra da humanidade. É maior que o Corcovado com o Cristo Redentor, por exemplo. A sensação de ouvido tampado é certa ao subir de elevador rumo ao deque de observação At the Top, que fica no 124º e 125º andares, 456 metros acima do solo. 

O arranha-céu tem aos seus pés a Dubai Fountain, com poderosos jatos de água que chegam a até 150 metros de altura enquanto “dançam” graciosamente ao som de uma trilha musical. Os shows acontecem a cada 30 minutos das 18h às 23h e podem ser apreciados de vários pontos, como a ponte do Souk Al-Bahar e restaurantes do entorno. Cada sessão tem música e coreografia diferentes.

Anexo a essas atrações está o Dubai Mall, o maior shopping do mundo: para não andar a esmo pelo seus um milhão de metros quadrados, é imprescindível baixar o aplicativo (disponível para Android e iOS), que traça uma rota até a loja de seu interesse. Praticamente todas as grandes grifes estão ali, além de atrações como o ARTE Museum, com instalações de arte imersivas, e o Dubai Aquarium & Underwater Zoo, com 10 milhões de litros d’água e 300 espécies. Um dos destaques é o túnel de acrílico de 48 metros em sua base, de onde se veem tubarões e arraias.

Também fica por ali o Souk Al-Bahar, que mimetiza a ambientação de um souk tradicional, só que com ar condicionado e menos muvuca. À venda, estão principalmente objetos de arte e decoração. Pena que algumas das melhores peças não cabem dentro da mala.

Colado em Downtown, o distrito de Za’abeel guarda muitos edifícios comerciais, mas também o Museum of the Future e a Dubai Frame

Atração incontornável desde sua abertura em 2022, o Museum of the Future não passa despercebido na Sheikh Zayed Road: a estrutura metálica, com um furo no meio, é revestida por palavras em árabe. A exposição propõe soluções para os problemas que o mundo deve enfrentar nas próximas décadas. 

Já a Dubai Frame é uma estrutura em formato de moldura, de 150 metros de altura e 95 metros de largura, que funciona como mirante: de um lado, os visitantes observam a parte nova do emirado e, do outro, a antiga.

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Old Dubai

Old Dubai, Dubai, Emirados Árabes
(SalvadorNavarroMaldonad/Pixabay)

As raízes de Dubai estão intimamente ligadas ao sinuoso braço de mar chamado de Dubai Creek. Foi aqui que floresceu o comércio dos souks, alimentados pelos dhows, veleiros que ligavam o emirado com destinos do Golfo Pérsico e além. O canal separa Al Seef de Deira. Juntas, essas duas áreas são chamadas conjuntamente de Old Dubai, ou seja, “Dubai Antiga”. 

Mas vale dizer que Al Seef foi quase toda construída entre 2016 e 2017, com o objetivo de parecer com a Dubai do passado, ou seja, um pequenino vilarejo de pescadores de pérolas do Golfo. Essa história costumava ser contada no Dubai Museum, que funcionava dentro do antigo forte Al Fahidi, mas a atração está fechada por tempo indeterminado. Uma alternativa é o museu Al Shindagha, que utiliza tecnologia para contar a trajetória do emirado. 

Apesar da habilidade dos emirates na área de construção civil ser impressionante, os tapetes árabes e as casinhas cor de ocre não são suficientes para esconder os logos das lojas e restaurantes de grandes marcas internacionais em Al Seef. Ainda assim, o lugar tem seu charme. 

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O que há de mais autêntico para ver por ali fica no Al Fahidi Historic District, também conhecido como Al Bastakiya. Na década de 1970, quando Dubai passou por seu primeiro grande salto de modernização, as tradicionais casas com torres de vento estavam na lista de demolição. Com muita insistência por parte dos movimentos pró-conservação, os edifícios desse quadrilátero foram preservados. Passear por seus corredores e descobrir agradáveis pátios é retomar parte das raízes da metrópole. 

Uma dessas construções antigas é ocupada pelo Sheikh Mohammed Centre for Cultural Understanding, onde os visitantes podem tirar suas dúvidas sobre a história e a cultura emiradense enquanto desfrutam de um brunch ou almoço típico. 

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Pequenos barcos de madeira, chamados abra, fazem a travessia do Dubai Creek de Al Seef para Deira por apenas um dirham. O passeio dura cerca de cinco minutos, mas é bem bacana, já que permite ver as construções da água. 

É em Deira que estão os famosos souks, mercados tradicionais árabes onde a regra número um é pechinchar. Interligados, o Dubai Spice Souk e o Gold Souk são os mais famosos, mas também os mais tumultuados. 

Sabendo negociar, dá para encontrar no Dubai Spice Souk lenços, lanternas, perfumes árabes, especiarias e tâmaras por bons preços. Na Loja do Yousef, o atendimento é em português: o dono da loja aprendeu a falar a língua sozinho, para atender a clientela brasileira, e já até apareceu no programa da Ana Maria Braga, como ele mesmo se orgulha de contar.

O Gold Souk, por sua vez, é um longo bulevar que abriga mais de 200 lojas especializadas em ouro e joias. Há desde correntinhas até peças que são pura ostentação, como é o caso do maior anel de ouro do mundo, que fica exposto em uma vitrine com 64 kg de ouro e mais 5,1kg de cristais Swarovski. Repare também nos painéis espalhados pela rua, dando a cotação do ouro.

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Jumeirah e Palm Jumeirah

Jumeirah Beach, Dubai, Emirados Árabes
(Aleksandar Pasaric/Pexels)

Dubai possui praias públicas e privadas, em geral concentradas na região de Jumeirah. As públicas são de acesso gratuito e oferecem infraestrutura excelente, com duchas, banheiros e quiosques. Já as praias privadas, na maioria das vezes vinculadas a hotéis, podem cobrar pelo acesso, mas garantem uma experiência mais exclusiva. 

O mar é do tipo piscininha, com águas calmas e mornas. Quanto ao dress code, os trajes de banho são liberados na areia, onde se vê desde burkinis até fio-dental. O único cuidado que o visitante deve ter é o de não circular com trajes de banho no calçadão, ainda que, na prática, eu tenha visto muitos homens andando sem camiseta.

Algumas das praias públicas mais famosas de Dubai são a Jumeirah Public Beach, que é um dos melhores pontos para avistar o icônico hotel Burj al Arab, e a Kite Beach, uma das mais visitadas do emirado e ideal para praticar esportes aquáticos.

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Em Jumeirah também está Palm Jumeirah, o conjunto de ilhas artificiais que formam a figura de uma palmeira. O tronco e as copas são ocupados principalmente por apartamentos e casas residenciais, enquanto o anel circundante guarda hotéis e resorts. O observatório The View, a 240 metros de altura, permite observar o arquipélago de cima.

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Bem na ponta de Palm Jumeirah está o Aquaventure, maior parque aquático do mundo. A atração faz parte do complexo dos hotéis Atlantis The Palm e Atlantis The Royal, mas não-hóspedes também podem visitá-lo. Para os radicais, o tobogã Leap of Faith os jogará de uma altura correspondente a seis andares, praticamente na vertical, dentro de um tanque de tubarões – mas devidamente protegidos por um tubo de acrílico. Quem quer menos adrenalina pode curtir 1 600 metros de corredeiras, ora calmas, ora mais rápidas, que circundam o parque. Crianças pequenas também não sairão desapontadas ao curtir as piscinas rasas e os escorregadores reservados para elas. 

Outro parque aquático superlativo é o Wild Wadi Waterpark, que fica de frente para o hotel Burj Al Arab. Tem piscina de ondas, dois simuladores de surfe e toboáguas de todos os tipos.

Também vale levar as crianças ao Ski Dubai. O espaço de 22 mil m², com neve e temperaturas negativas, possui pistas de esqui de diferentes níveis e até encontros com pinguins. Fica dentro do Mall of The Emirates, segundo maior shopping do emirado.

Mais charmoso, o Souk Madinat simula um souk tradicional, mas com ar condicionado, sombra e um canal por onde passeiam barquinhos. Produtos lindíssimos são vendidos por lá, entre lenços, narguilés e objetos de decoração.

Por fim, em Jumeirah fica a Mesquita Jumeirah, uma das poucas dos Emirados Árabes aberta aos não seguidores do islamismo. As visitas, de cerca de 75 minutos, são guiadas por membros do Sheikh Mohammed Centre for Cultural Understanding, que explicam de forma clara e bem-humorada os pilares da fé islâmica, o mês sagrado do Ramadã e até mesmo o uso da burca. É preciso se vestir de forma modesta para a visita, sendo que as mulheres devem levar um lenço para cobrir o cabelo.

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Dubai Marina

Dubai, Emirados Árabes Unidos

Dubai Marina concentra grande parte da comunidade de expatriados do emirado. Por lá, o programa consiste em caminhar ao longo do The Walk, calçadão de quase dois quilômetros que interliga edifícios, restaurantes, lojas e a praia pública Marina Beach. Flutuando no mar está o Aquafun Waterpark, maior parque aquático inflável do mundo, com um circuito de rampas e escorregadores.

Também vale bater perna na Marina Promenade, à beira da marina propriamente dita, para ver os prédios de luxo e os yachts ancorados.

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Extensão de Dubai Marina, a ilha artificial Bluewaters guarda a Ain Dubai, que reabriu em dezembro de 2024, depois de passar quase três anos fechada para melhorias. Maior roda-gigante do mundo, a atração tem 250 metros de altura, quase o dobro da London Eye, que possui 135 metros. Além disso, sua estrutura leva mais de 11 mil toneladas de aço – a Torre Eiffel, para efeito de comparação, tem 7.300 toneladas de aço.

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Em Dubai Marina, há ainda a Bla Bla Dubai, onde a festa começa ainda durante o dia, no beach club, e segue noite adentro na balada, onde praticamente todos são estrangeiros.

Deserto

Deserto de Dubai, Emirados Árabes
(Stephane Hurbe/Pexels)

Nem só de hotéis luxuosos e restaurantes badalados vive Dubai. Uma bem-vinda escapada para o vazio do deserto é um dos passeios imperdíveis para quem deseja conhecer um pouco sobre a cultura beduína. 

O mais comum é fazer um passeio de bate e volta, com saída no meio da tarde para estar no deserto a tempo do pôr do sol. As picapes 4×4 sacolejam entre dunas alaranjadas até chegar em um acampamento, onde é servido o jantar. Geralmente, ali também acontecem outras atividades, como passeio de camelo, pintura de henna, sandboard, apresentação de dança, show de falcoaria e observação de estrelas. Algumas agências que realizam o passeio são a Platinum Heritage e a Arabian Adventures

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Outros passeios

Hatta, Dubai, Emirados Árabes
(Carlvic Lim/Unsplash)

A lista de atrações continua em regiões mais afastadas do emirado, como é o caso dos parques temáticos. No IMG Worlds of Adventure, o calor e o sol não são um problema. Considerado o maior parque aquático totalmente indoor do mundo, ele tem 1.5 milhão de metros quadrados e se divide em seis áreas temáticas, sendo uma dos heróis da Marvel e outra dos personagens do Cartoon Network.

Outra opção é o Dubai Parks and Resorts. O complexo é composto por três parques: o Legoland, com atrações voltadas para crianças menores; o Motiongate, com atrações de Shrek, Madagascar e Jogos Vorazes; e o Real Madrid World, aberto em 2024. Primeiro parque temático do mundo dedicado a um clube de futebol, ele combina atrações que contam a história do time espanhol e brinquedos mais clássicos, incluindo uma montanha-russa de madeira. 

E quem disse que Dubai não tem verde? Uma colônia de flamingos vive no Ras Al Khor Wildlife Sanctuary, enquanto o The Green Planet é um zoológico que abriga pássaros, répteis e outros animais em um ambiente que recria uma floresta tropical.

Já a água é abundante no Deep Dive Dubai, a piscina de mergulho mais funda do mundo. Em seus 60 metros de profundidade, foi construída toda uma cidade submersa cheia de adereços que servem de cenário para fotos, como tabuleiros de xadrez, mesa de pebolim, estante de livros, grafites, moto e carrinho de compras. 

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Hatta, por fim, é uma opção de passeio de bate e volta. Ainda que oficialmente faça parte de Dubai, Hatta é um enclave que fica a 140 km do emirado, já perto da fronteira com o Omã. Ali, os visitantes podem fazer passeios de caiaque e pedalinho na bonita represa (coloque “Hatta Dam” no Google Maps) e se aventurar no Hatta Outdoor, um parque com atividades radicais para todas as idades.

Chocolate de Dubai

Sensação global desde que viralizou no Instagram e no TikTok, o “chocolate de Dubai” é uma barra de chocolate ao leite recheada com creme de pistache, kataifi crocante e tahine — a inspiração veio do knafeh, sobremesa tradicional no Oriente Médio. 

O chocolate, que oficialmente se chama “Can’t Get Knafeh of It”, é vendido pela Fix Dessert Chocolatier desde 2022. Ou seja, já existia há algum tempo quando inundou os feeds com vídeos da barra sendo quebrada ao meio.

Hoje, comprar o autêntico “Can’t Get Knafeh of It” é uma tarefa difícil, já que a Fix Dessert Chocolatier produz poucas unidades por dia. A marca, que não tem uma unidade física, vende somente através do aplicativo Deliveroo, das 14h às 17h. Para conseguir o seu, é preciso entrar no app logo às 14h e fazer o pedido antes que os chocolates se esgotem.

Mas, com o sucesso da receita, muitas marcas criaram suas próprias versões do “chocolate de Dubai”. Desde a suíça Lindt até chocolaterias do emirado, como a Chocoart UAE, a Chocovana e a Kadayifzade.

Só cuidado para não comprar gato por lebre. No Dubai Spice Souk, encontrei várias imitações do “Can’t Get Knafeh of It” da Fix. As embalagens eram bem parecidas, mas basta reparar bem no nome para perceber que se trata de uma falsificação: ao invés de “Fix”, os “fakes” se intitulam “Fax”, “Fox”, “Fux”…

Como chegar

A Emirates opera voos diretos para Dubai saindo de São Paulo e do Rio de Janeiro. É comum que o emirado sirva como parada intermediária para destinos da Ásia. Também é possível chegar em voos com conexão, de companhias aéreas como AirFrance (via Paris), Qatar (via Doha) e Ethiopian (via Adis Abeba).

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Como circular

Dubai é uma cidade longa (são cerca de 35 quilômetros, de ponta a ponta), espremida entre o deserto e o mar. Para orientar-se melhor, vale tomar como referência a rodovia Sheikh Zayed Road, a artéria viária que une os diferentes bairros. Atrações turísticas, centros de compras e hotéis podem estar a uma boa distância uns dos outros, o que exige demorados deslocamentos. 

Com avenidas que chegam a ter oito faixas, Dubai foi projetada para os carros. Ainda assim, o trânsito pode ser um pesadelo nos horários de pico. Brasileiros podem alugar carro mediante apresentação da CNH e da PID. 

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Para quem não pretende dirigir, o primeiro passo é baixar o aplicativo S’hail (disponível para Android e iOS), que ajuda a planejar rotas de transporte coletivo.

Os táxis funcionam com taxímetro. Basta sinalizar para um veículo vazio ou chamar o táxi disponível mais próximo pelo S’hail. Entre os aplicativos de transporte, funcionam bem no emirado o Uber e a marca local Careem (disponível para Android e iOS).

A forma mais barata de se locomover é pelo metrô. Antes de embarcar, é preciso comprar um Nol Card nos pontos de venda de uma das estações e carregá-lo. A rede de metrô é dividida em sete zonas e o valor da tarifa varia de acordo com o número de zonas que serão percorridas. É possível consultar o saldo do cartão através do S’hail.

São apenas duas linhas de metrô, a Vermelha e a Verde, sendo que você provavelmente usará mais a Vermelha, que tem paradas próximas das principais atrações ao longo da Sheikh Zayed Road e dos bairros de Old Dubai e Deira. A linha Vermelha chega também aos terminais 1 e 3 do aeroporto.

Todos os trens possuem um vagão exclusivo para mulheres e um vagão “VIP”, com carpete e assento de couro. Para viajar nesse último, é preciso comprar um passe especial que custa o dobro.

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Os ônibus podem ajudar a chegar mais perto do destino final, mas em geral são lentos. Para pagar, é preciso usar o Nol Card

Outros transportes públicos são usados em contextos mais pontuais. Os abras são pequenos barcos que fazem a travessia do braço de mar chamado de Dubai Creek, de Deira para Old Dubai. Custa baratinho e o trajeto leva poucos minutos.

Em Dubai Marina, existe o bonde que circula pelo bairro e o monotrilho que leva até a ponta de Palm Jumeirah.

Documentos

Dubai não exige visto de brasileiros para estadias de turismo ou negócios de até 90 dias. Basta o passaporte válido por pelo menos seis meses a partir da data de entrada no emirado.

Dinheiro

A moeda corrente nos Emirados Árabes Unidos é o dirham, que costuma ter uma cotação bem próxima do real (consulte a cotação do dia). Vale levar uma quantia em dólar para trocar nas casas de câmbio locais. Cartões de crédito e débito internacionais são bem aceitos.

Língua

O árabe é a língua oficial, mas o inglês é amplamente difundido. Motoristas de táxi, garçons, recepcionistas e lojistas, todos saberão se comunicar com você nesse idioma, mesmo que seja o básico. Placas indicativas nas atrações, shoppings, estradas e transporte público estão sempre árabe e em inglês.

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