Imagem Blog Vou Estudar Fora Por Blog Raquel Marçal ama viajar e aprender línguas e acha melhor ainda quando pode combinar os dois. Acredita que intercâmbio não tem idade e pretende continuar fazendo até os 80 anos

Intercâmbio para adultos cresce em 2014

Intercâmbio para adultos cresce em 2014

Por Julia Latorre
Atualizado em 1 jul 2019, 18h59 - Publicado em 27 jun 2014, 19h45
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Em pleno século 21, o intercâmbio ainda é visto por muitos como algo exclusivo para o público jovem. Simbora desmistificar esse “tabu” turístico…

A venda de pacotes para estudantes com mais de 40 anos teve um crescimento significativo em 2014. Segundo o diretor comercial da Egali Intercâmbio, Guilherme Reischl, o número de embarques de alunos em idade avançada aumentou 10% em relação ao ano passado.

De acordo com a Egali Intercâmbio, os destinos mais procurados por estudantes acima dos 50 anos são Inglaterra, Canadá e Irlanda.

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A enfermeira Hercília de Mattos, 57, em setembro do ano passado, realizou um sonho de sua juventude: fez um intercâmbio de um mês em Toronto, no Canadá. Dalfeu Vaz, 58, também passou por uma experiência bem parecida, mas preferiu passar três meses em Londres, na Inglaterra.

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Ambos tiveram um empurrãozinho dos filhos, que estudaram fora e recomendaram a experiência. Tanto Hercília, quanto Dalfeu, tinham um conhecimento básico da língua inglesa e foram para estudar em curso intensivo.

Sem medo, eles partiram!

foto33Dalfeu em frente ao Big Ben, em Londres, um dos pontos turísticos da cidade em que ele escolheu estudar
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Hercília optou por se hospedar em uma residência estudantil bem em frente ao curso em que ela frequentava, tinha um quarto individual e dividia os outros cômodos com estudantes do mundo todo. Já Dalfeu achou melhor ficar em uma casa de família. Ele preferiu essa acomodação para ter mais contato com o inglês. O aposentado não se arrepende da escolha feita, conta que a convivência na casa ajudou muito no aperfeiçoamento da língua.

Quando questionados sobre os diferenciais de uma temporada no exterior para aprender outra língua, ambos ressaltaram a segurança na hora de falar e o fato de conhecer o lugar sem “tempo marcado”. Nas palavras de Hercília, “Fazer um intercâmbio é descobrir a cidade com calma e conseguir se comunicar sem stress”.

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Foto tirada por Hercília. Em seu tempo livre ela saia pela cidade para fotografar.Foto tirada por Hercília. Em seu tempo livre ela saia pela cidade para fotografar.

Mas vamos ao que realmente interessa, e os outros estudantes? Só “gente mais nova”?

SIM! Hercília e Dalfeu não mentiram quanto à idade dos seus colegas de turma: a maioria era mais jovem. Entretanto, para eles isso passou longe de ser um problema.  Na hora de se relacionar com os colegas de turma, a interação com pessoas do mundo todo conta muito mais do que a idade. “É uma torre de babel, cada um de um lugar, muito legal”, essa é a definição do relacionamento de Dalfeu com seus colegas de turma.

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dalfeuamigosDalfeu (o segundo da direita para a esquerda), e seus colegas de turma

De acordo com Hercília, em nenhum momento faltou companhia para os passeios. Dalfeu também acrescenta que sempre tinha alguém para ir ao pub, trocar uma ideia sobre o futebol de cada país e experimentar a cerveja local (que ele adorou!).

É, o público jovem ainda é maioria nas escolas de línguas ao redor do mundo. Mas Dalfeu e Hercília deixaram bem claro que isso não é problema. Muito pelo contrário, enquanto Dalfeu considera que o único ponto negativo de sua viagem foi ter que voltar, Hercília resumiu sua experiência em uma palavra: maravilhosa! 

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