Unesco acrescenta 21 novos lugares à lista de Patrimônios Mundiais da Humanidade
Todos os anos, o comitê da Unesco responsável por definir as atrações do Patrimônio Mundial se reúne para decidir quais serão as novas aquisições da lista. A última sessão, a 40ª edição do encontro, realizada na Turquia, adicionou 21 locais ao repertório.
Desses, seis são caracterizados como naturais, três são mistos – combinando atributos humanos e naturais – e 12 são qualificados como culturais. Conheça um pouquinho sobre cada integrante desta meia dúzia de relíquias:
Dólmens de Antequera, Espanha
Este lugar foi escolhido por guardar os Dólmens de Menga e Viera e os Túneis de El Romeral. Exímios resquícios da pré-história europeia (do Período Neolítico e da Idade do Bronze), os monumentos constituem tumbas funerárias coletivas, feitas com largos blocos de pedra.
Estaleiro de Antígua, Antígua e Barbuda
Construído pela marinha inglesa, através da força de escravos africanos, esse estaleiro do século 18 é uma notável relíquia arquitetônica georgiana.
Sítio Arqueológico de Ani, Turquia
Este espaço nada mais é do que uma antiga cidade medieval que, durante sua época de ouro, foi a capital do Império Armênio e parte da Rota da Seda. Também há vestígios arquitetônicos dos impérios bizantino e seljúcida.
Sítio Arqueológico de Nalanda Mahavihara, Índia
Trata-se do complexo monástico e acadêmico mais antigo da Índia, utilizado entre os século 3 e 13. Na área, existem estupas e santuários. Acredita-se que o espaço foi muito importante para o desenvolvimento do budismo como uma religião.
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Sítio Arqueológico de Filipos, Grécia
Esta cidade grega, fundada no século 4 a.C. pelos macedônios e tomada pelos romanos no século 1 a.C., reúne teatros helenísticos, templos funerários, basílicas e fóruns romanos.
Cavernas de Gorham, Reino Unido
Quatro grutas do Rochedo de Gibraltar reúnem evidências dos neandertais com mais de 125 mil anos. Esses desenhos, rochas e outros tipos de objetos foram importantes para estudos científicos sobre a evolução.
Ruínas de Nan Madol, Micronésia
Com risco de desabamento, esses destroços megalíticos são resquícios de prévios palácios, templos, tumbas e casas da dinastia Saudeleur, uma importante cultura que dominou algumas das ilhas do Pacífico.
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Conjunto arquitetônico da Pampulha, Belo Horizonte
Único componente brasileiro da lista, a Lagoa da Pampulha foi escolhida por reunir prédios de arquitetura moderna, projetados por Niemeyer, que conversam de forma harmoniosa com a paisagem natural da capital mineira.
Cemitério medieval de Stećci, Bósnia e Herzegovina
Raros exemplares de lápides calcárias, com inscrições e motivos da Baixa Idade Média, estão enfileiradas em regiões da Sérvia e de Montenegro ocidentais e no sul da Croácia.
Obras do arquiteto Le Corbusier, Argentina, Bélgica, França, Alemanha, Índia, Japão e Suíça
O trabalho arquitetônico do francês Le Corbusier foi tão importante para a arte moderna que 17 locais projetados por ele, espalhados por sete países, foram escolhidos para compor a lista de patrimônios.
Qanat pérsico, Iraque
Esta atração não passa de um sistema de irrigação, com uma série de dutos e túneis, construída com o intuito de distribuir água de forma eficaz por civilizações de regiões áridas.
Arte rupestre de Zuojiang Huashan, China
Os únicos resíduos do povo Luoyue são 38 rochas com pinturas rupestres, originárias do século 5 a.C. ao 2 a.C. Os desenhos são essenciais para entender a cultura e as tradições dessa tribo.
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Ennedi, no Sahara, devido a sua diversidade natural e de antigas gravuras rupestres, é definida como mista. Assim como o Parque Khangchendzonga, na Índia, que é cercado de lendas budistas, e de Ahwar, no Iraque, onde há sítios arqueológicos mesopotâmicos, com resquícios das primeiras cidades do mundo, ao lado dos deltas dos rios Eufrates e Tigre.
Entre os Patrimônios Naturais, classificados graças a diversidade da fauna e da flora, estão: as Ilhas Revillagigedo, um arquipélago com quatro ilhas vulcânicas no México; a área de preservação natural de Hubei Shennongjia, na China; o Deserto de Lut, no Irã, conhecido como o mais quente do planeta; a Reserva Ecológica de Mistaken Point, no Canadá; o Parque Marinho de Sangened e a Baía de Dungonab, no Sudão e, por fim, a parte ocidental das Cordilheiras de Tian Shan, no Uzbequistão.
A lista, agora, passa a contar com 1052 lugares, em 165 países.
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