Quem deslumbra a imensidão da paisagem do deserto, mal pode imaginar os inúmeros segredos que suas areias podem esconder. É assim (acredito eu) que os pesquisadores que trabalham escavando o território egípcio devem pensar. E, recentemente, uma dessas equipes de exploradores finalmente fez uma nova descoberta arqueológica importante na região.
De acordo com o Ministro das Antiguidades do Egito, foram encontrados um cemitério e uma cidade com cerca de 7 mil anos de idade. Pela datação, ambos devem ter feito parte da Primeira Dinastia do Antigo Egito, em torno do de 5 mil a.C.
Através dos resquícios materiais escavados, acredita-se que o local servia de moradia para construtores de túmulos e autoridades de alta estirpe. Além dos vestígios achados fornecerem informações sobre a história do próprio local, os pesquisadores esperam encontrar sinais e informações novas que possam ajudar no estudo da cidade de Abidos, capital durante o período pré-dinástico e uma das mais importantes do começo do Egito.
Os achados mais importantes, porém, foram os túmulos. Pelo tamanho (14×5 metros), as 15 tumbas encontradas são maiores do que algumas sepulturas de reis situadas em Abidos. Esse aspecto indica que as pessoas ali enterradas deviam exercer um importante cargo ou papel na sociedade da época.
Além dos aspectos arqueológicos e históricos de grande importância, a descoberta promete estimular e renovar o turismo no Egito, que se encontra em crise desde 2010, quando começaram os conflitos da Primavera Árabe. Em outubro de 2015, um avião russo foi alvo de ação terrorista, matando mais de 200 pessoas e piorando a situação do turística do país.
Veja outras fotos das escavações: