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Nova rota: um rolê pelo sítio arqueológico italiano de Pompeia

É incrível, mas a cidade inundada pelo Vesúvio em 79 d.C. é mais acessível que a paulistana Pompeia

Por Bruno Favoretto
Atualizado em 17 mar 2021, 14h06 - Publicado em 20 jul 2017, 17h36
As ruínas antigas de Pompeia e o Vesúvio ao fundo (iSailorr/iStock)
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Claro, a Itália, em linhas gerais, é deveras histórica arquitetonicamente, então o deficiente tem de ser paciente e não se fazer de rogado na hora da necessidade de ajuda, como pedir empurrões na toscana Siena, solicitar uma forcinha no metrô de Roma.

Vítima do vulcão no Orto dei Fuggiaschi
Vítima do vulcão no Orto dei Fuggiaschi (Pompei per Tutti/Divulgação)

Na Campanha, região sulista célebre por sediar Napoli (não consigo escrever Nápoles) e Ilha de Capri, Pompeia é daqueles lugares que funcionam como um soco na cara de alguns seres humanos um tanto hipócritas que estão por aí, muuuitos deles no Brasil, que dizem que tal lugar “é muito antigo” pra ter rampa, pra ter um banheiro com uma porta de largura aceitável (arquitetos, cadê vocês?), ser uma cidade linda para minorias.

O percurso acessível tem 3 km
O percurso acessível tem 3 km (Pompei per Tutti/Divulgação)

Assim como a turca Éfeso relatada aqui, que data de 1 000 a.C. e tem pallets como calçamento e como rampas para possibilitar o ir e vir, a cidade de Pompeia italiana tem mais ir e vir para deficientes que o muito agradável bairro paulistano da Pompeia, terreno que germinou os Mutantes, para mim a maior banda da história desse país.

Melhor que na Avenida Pompeia
Melhor que na Avenida Pompeia (Pompei per Tutti/Divulgação)

Na Itália, Pompeia agora tem um itinerário para pessoas com mobilidade reduzida visitarem parte das escavações. É o programa Pompei per Tutti (Pompeia para Todos), que faz parte de uma restauração de € 105 milhões financiada pela UE. O trabalho de construção descobriu 1700 achados arqueológicos, que estão sendo catalogados em preparação para uma exposição.

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Com 3 quilômetros, a rota acessível cobre quase a totalidade da Via dell’Abbondanza al Foro. Há dois pontos de largada: no lado leste, a entrada da Piazza Anfiteatro; a oeste, a Porta Marina.

No caminho, veem-se ao menos 20 pontos dos mais importantes da cidade que foi soterrada pela erupção do Monte Vesúvio em 79 d.C. É que, com a descoberta da cidade “congelada no tempo” ainda no século 16, foram encontrados prédios, esculturas, pinturas e até grafites, vejam vocês.

Afresco da Vênus na Casa della Venere in Conchiglia
Afresco da Vênus na Casa della Venere in Conchiglia (Divulgação/Wikimedia Commons)

Dentre esses pontos vistos pela rota, a Casa della Venere in Conchiglia, com o seu embasbacante afresco da Vênus, e o Orto dei Fuggiaschi, cheio de moldes das vítimas do Vesúvio.

Nem que precisar de ajuda, mas o cadeirante vai e vem
Nem que precisar de ajuda, mas o cadeirante vai e vem (Pompei per Tutti/Divulgação)
Napoli é logo ali
Napoli é logo ali (Pompei per Tutti/Divulgação)
O terremoto aqui rolou em 62 d.C.
O terremoto aqui rolou em 62 d.C. (Pompei per Tutti/Divulgação)
Olha a chuuva! Já passou…
Olha a chuuva! Já passou… (Pompei per Tutti/Divulgação)
Rampa aqui e acolá
Rampa aqui e acolá (Pompei per Tutti/Divulgação)

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