Já disse aqui (e apanhei bo-ni-to), mas repito: nem só de Mercado Municipal vive o turismo gastronômico do Centro da cidade.
Tem coisa nova, velha, escondidinha, escancarada, manjada… Tem pedaço de abacaxi pra comer na rua, churrasco grego que todo mundo jura que nunca comeu mas é mentira, tem PF rico e PF pobre, tem salgadinhos, tem zona cerealista pra comprar coisas de monte, tem sorvete de casquinha e churros, e tem comida de imigrante de todo jeito. Conta o seu lugarzinho pra gente, conta? Aquele que tem um cantinho especial dentro do teu coração, óim.
Largo do Café (ou Praça Antônio Prado)
Cervejaria Salve Jorge Boteco chique. Comida, bebida, frequência eclética e shows legais. Não precisa explicar mais, precisa? Praça Antônio Prado, 33
Engraxate Não é de comer, mas cai bem depois do almoço. Bem em frente ao prédio da Bovespa (Praça Antonio Prado, 48) o charmoso coreto é o lugar de trabalho de uma turma de engraxates. Se você nunca experimentou, não sabe o que está perdendo. É um supertrato no sapato, um papo bom, um sossego da muvuca da rua… E da última vez o Fernando deu uma bela engraxada com tinta e tudo na minha bota; paguei 14 reais.
Almoço árabe no Jacob
Chegou a hora do almoço? Sanduba de mortadela? Nananinanão. Almoço árabe no Jacob! A comida é tradicional, deliciosa, simples e barata. Mate e morra pela kafta de cordeiro. No Centro tem dois endereços (prefiro o da rua Rua da Quitanda, 148). Ah! Três vezes por semana tem dança do ventre (bem mais ou menos). Há quem goste, atrapalhar não atrapalha.
Empório Syrio
Numa paralela à 25 de Março (Rua Com. Abdo Schahin, 136). Tem damasco fresquíssimo, tâmaras, azeitonas, grãos, temperos… Mas eu morro mesmo é pelo fatair recheado de nozes ou ricota.
Raful, cozinha árabe
Bem perto do Empório Syrio (Rua Com. Abdo Schahin, 118). Tudo é bom, mas o que move meu coração são as esfihas de massa folhada: carne e ricota, simples assim.
Confeitaria Pagé
Mais comida árabe, mais doces, mais de tudo que é gostoso e fresquinho. (Rua Com. Afonso Kherlakian, 63)
Doces portugueses
A gente já sabe, mas não custa lembrar: Casa Matilde (Praça Antônio Prado, 76), o melhor jeito de comer doces da Terrinha com sabor autêntico. Ironicamente chamada de Casa da Dieta, a antigona Mercearia La Romana (Praça da Sé, 96) vende uma enorme variedade de produtos diet e light, mas o diabético terá que passar pela provação de ver desfilando sob seu nariz os doces portugueses (fio de ovos fresquinhoooo!), árabes, italianos… Delicioso, porém infame.
Uma lembrança infantil: tem um doce feito de gemas e açúcar que eu chamo carinhosamente de “tocha”; veja e entenderá o porquê.
Ponto 13
Cada sucão ou vitamina corresponde a uma refeição. Frutas frescas, atendimento brother. Tem manga com limão, côco com leite, bomba de açaí, e por aí vai.
Pra quem não dispensa: pão de queijo do bom. Pra quem tá com muita fome: PF honesto como a comidinha da mamãe e bem servido, (R. Três de Dezembro, 65)
Cafés
A fama do lindão Café Gerondino é justa. Frequentado por arrumadinhos, é um bom lugar pra se sentir fino tomando café. O serviço é bom, e o banheiro, um alívio naquele Centrão de meu Deus (Rua Boa Vista, 365). Mais frequentado pela gente que valoriza um ótimo café rápido, pra tomar de pé, e odeia pagar mais “dilmas” por isso, o Tokio Café é a solução. Charme mesmo, não tem, mas quem frequenta não liga. (Rua São Bento , 545)
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