Se você não estava vagando pelo espaço dentro de uma bolha, deve se lembrar da notícia do golfinho que supostamente teria sido morto por banhistas tarados por selfies.
Era mentira – ou isso. As fotos (não sei se selfies com dedinhos em “v” e carão) existiram, mas o bichinho já estava morto quando apareceu na praia.
Já se perguntou por que será que a gente acreditou sem pestanejar? Não? É porque nós, seres humanos, costumamos fazer este tipo de coisa.
Em troca de likes, a gente topa – e paga caro – pra fazer selfies com golfinho sequestrado das Ilhas Salomão, e outros paraísos, direto para parques temáticos.
Em nome do título de viajados, a gente monta em elefante que foi torturado pra aceitar algo tão anti-natural para sua espécie.
Em nome da aventura, a gente passa de quadriciclo por cima de área de desova de tartaruga marinha acabando com anos de esforço em pesquisas.
Em nome da diversão, a gente paga pra ver baleia saltando em espaços ínfimos e sendo criadas em ambientes inadequados.
Em nome das crianças, a gente vai se divertir no zoológico pra ver tigre deprê, leão deprê, girafa deprê, todo mundo deprê.
Pra ficar bem na foto, a gente faz qualquer coisa. Por isso, acreditamos em qualquer notícia, ela pode ser verdade. Mesmo.
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