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Como não se comportar no avião

Por Ana Claudia Crispim
Atualizado em 27 fev 2017, 15h24 - Publicado em 20 mar 2015, 08h00
Crianças possessas [crédito: Thinkstock]
Crianças possessas [crédito: Thinkstock] (/)
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Seguindo o @passengershaming, no Instagram, pensei em quanta gente folgada já voou pertinho de mim e chego à conclusão que também já deixei a finesse de lado, porque ninguém é de ferro.
Eu tenho muita (mas muita) paciência. Mas, num certo vôo entre Bogotá e Havana cheguei ao meu limite.

Atrás de mim um pai chega com duas crianças de mais ou menos 10 e 12 anos. Acho muito legal pais que dão esta experiência pros filhos. Acho até que fui fofa e sorri pra eles.
O problema é que aquelas duas criaturas estavam com o capeta no corpo e o pai não tinha domínio sobre eles; e do outro lado do corredor a mãe já estava com fone de ouvido e com o seu livrinho aberto.

Em dez minutos de vôo saquei que minha cervical não aguentaria tantos chutes e que ficaria careca de tanto que eles enfiavam a mão pela poltrona puxando o meu cabelo. Sem contar que eles gritavam.

O que fazer? A opção mais fácil descartei de cara: terceirizar meu problema pro comissário (nunca peça pros comissário resolverem este tipo de pendenga pra você, eles odeiam e este não é o trabalho deles).

Melhor tentar resolver com jeitinho. Nem sempre dá certo, lógico. Tenho uma experiência que ilustra o caso:

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  1. Vendo que minhas próximas horas seriam difíceis dei aquela clássica olhada pra trás, demonstrando pro pai que estava incomodada. Vai que cola. Não, não foi desta vez.
  2. Avisei, com jeito, que eles estavam me incomodando com tanto chutes. Nada.
  3. Avisei de novo. Nada.
  4. Esperei os comissários servirem as bebidas (e os pequenos estarem com suas cocas com gelo na mesinha) e, puft, levantei o encosto do assento de uma só vez pro líquido derramar e refrescar a duplinha. Nem olhei para trás.
    Sim, foi um ato desesperado de vingança. Não! Não fui civilizada. Julgue-me.
    Só sei que funcionou, os pais trocaram de lugar e acabou a baderna.

Pais, não se zanguem, a culpa não é das crianças. Vocês precisam dar exemplo e ajudá-los na missão de se tornarem bons viajantes. E, ó, ter filho dá trabalho – e viajando mais ainda! Aceite isso. Sem mais. Obrigada pela atenção.

Se você quiser ver como enxergo minhas viagens, siga-me no Instagram: @anaclaudiacrispim

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Por um mundo com mini viajantes melhores [crédito: Thinkstock]

Por um mundo com mini viajantes melhores [crédito: Thinkstock]

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