Rivotrip

Por Blog
Editora de Arte, Ana Claudia Crispim sai todo dia do sossego de sua casa com pomar para deixar lindonas as edições da VT
Continua após publicidade

12 bairros para conhecer em Berlim

Mitte, Scheunenviertel, Prenzlauerberg, Tiergarten, Schöeneberg, Charlottenburg, Kreuzberg, Neukölln, Friedrichshain: panorama dos bairros da capital alemã

Por Ana Claudia Crispim
Atualizado em 10 jul 2019, 17h49 - Publicado em 17 fev 2016, 22h41

Agora que você já sabe o que esperar (ou não esperar) da sua viagem à Berlim, vai uma lista de 12 bairros pra sair do básico e conhecer a diversidade da cidade.
Acho legal a gente visitar o lugar sabendo se ele fez parte da Berlim Oriental ou Ocidental, mesmo que isso não esteja claro à primeira vista!

Mitte [ex-Oriental] É o mais próximo que a gente poderia chamar de centro, embora este conceito não esteja muito claro na cidade reunificada há apenas 25 anos. É onde estão os pontos turísticos mais visitados, o trivial para uma visita curta: o Portão de Brandemburgo, o Parlamento, a Ilha dos Museus, a Potsdamerplatz, etc. É lá que ficam o Scheunenviertel, artigo bairro judeu, a vilinha Nikolaiviertel – uma surpresa dentro da cidade – e a Postdamerplatz, a Berlim modernosa. 

Mitte

Scheunenviertel [ex-Oriental] Apesar de fazer parte do Mitte, o de-li-ci-o-so Scheunenviertel é uma história à parte! É um dos bairros mais antigos da cidade, já foi o gueto de judeus e até hoje abriga uma comunidade judaica – os restaurantes de comida kosher e as placas em hebraico não me deixam mentir! As ruas arborizadas escondem galerias, becos, lojas de moda exclusiva, restaurantes chiques, galerias de arte, livrarias. É muito, muito moderno, mesmo com os prédios de tijolinhos, herança da Alemanha Oriental. Na minha opinião, o bairro mais bonito de Berlim e ideal pra fazer um tour gastronômico! 

Berlin8

Prenzlauerberg [ex-Oriental] O fenômeno pós-reunificação que aconteceu ali não é diferente do que está acontecendo com outros bairros orientais ou mesmo ocidentais mais mal localizados. Imóveis sobrando, preços baixos e gente de outras partes da Alemanha e do mundo querendo um lugar pra chamar de seu. Os edifícios dos anos 1880, milagrosamente poupados na guerra, foram sendo restaurados e viraram os metros quadrados mais valorizados da cidade. De moradia de operários e estudantes da Berlim comunista se transformou no canto de jovens famílias, suas fábricas de bebês Johnson e um comércio de roupas infantis, mercados free-lactose glutén-gordura trans e estúdios de yoga. Este é o lado chique e yuppie do bairro. Já, do outro lado da Schönhauser Allee, passando por baixo da linha de trem (que ali é suspensa), o bairro muda de cara, fica mais popular, as famílias de comercial de margarina dão lugar à um clima mais jovial cheio de grafites, música e manifestações artísticas.

Berlin7

Continua após a publicidade

Wedding [ex-Ocidental] É lá que fica a Bernauer Straße, principal cenário do drama da construção do muro de Berlim por ter protagonizado as primeiras tentativas de fuga para a Alemanha ocidental. Hoje é um bairro residencial e multicultural, de comércios pequenos, muitas vezes com letreiros em turco e árabe e com arquitetura indecifrável de tão misturada! É um bom lugar pra mergulhar de vez na vida fora do circuito turístico da cidade. É Berlim pra iniciados e curiosos.

Berlin12

Moabit [ex-Ocidental] Uma boa continuação para o Berlim para iniciados. A região mais próxima do centro até faz parte de um roteiro central da cidade, é cosmopolita e tem uma das estações de trem mais lindas da Alemanha! Mas, a medida que você vai se afastando do rio vai ficando mais residencial, mudam os sotaques e aumenta a dificuldade em se comunicar em inglês no comércio local. É um bairro encantador pra gastar tempo e pernas. Eu aconselho para curiosos e gente que se interessa pelo lado B do turismo.

Berlin5

Tiergarten [ex-Ocidental] É nome do bairro e do parque que guarda a segunda maior área verde da cidade. As ruas se resumem numa pequena região urbana, muito tranquila, que fica no entorno do parque. Andar pelas ruas é uma esticada à visita ao parque queridinho dos berlinenses.

Continua após a publicidade

Berlin10

Schöeneberg [ex-Ocidental] Foi a morada de Davi Bowie nos anos 1970, vejam só. É também onde tremulam mais bandeirinhas LGBTQ em toda Berlim, principalmente a medida que nos aproximamos da estação Nollendorfplatz. A lindeza é que os moradores do bairro misturam harmoniosamente vitrines de sex-shops, baladas gays, lojas de roupas vintage, tradicionais feirinhas de alimentos que rolam sob a sombra das árvores e prédios do pré-guerra e arquitetura moderna dos anos 1950 e 60.  

Berlin9

Charlottenburg [ex-Ocidental] Símbolo mor do ocidentalismo, da Berlim capitalista, templo do consumo, casa da rua de compras Kurfürstendamm (Kudamm para os locais) da tradicional loja de departamentos KaDeWe e de shoppings recém-construídos. As ruas de Charlotthenburg são o cenário visto pela TV, em 1989, palco da euforia dos recém-saídos da Berlim oriental, doidos pra experimentar o capitalismo e possibilidade de gastar seus marcos. Consumir não é tua praia? Corre pro Palácio de Charlottenburg. Você vai esquecer que está dentro de uma cidade cosmopolita e será transportadoláááááá pro reino da Prússia.

Berlin

Continua após a publicidade

Kreuzberg [ex-Ocidental] Era a região mais a leste do lado oriental e tinha três dos seus lados limitados pelo Muro de Berlim. Por isso foi marginalizada, esquecidinha e redescoberta por artistas, imigrantes e todo tipo de gente em busca de uma morada central e baratinha. O baratinho não é exatamente o melhor adjetivo para os dias de hoje, prevê-se uma gentrificação, já iniciada e avançando a passos largos. Kreuzberg é o exemplo de uma cidade em constante transformação, reduto de punks, bichos-grilo, artistas e turcos. É um lugar boêmio, ideal pra encontrar restaurantes aberto até tarde e muito street-art.

Neukölln [ex-Ocidental] Coladinha a Kreuzberg. Tão colada e com características tão próximas que existe um trecho, às margens do canal Landwehrkanal onde as duas se misturam e levam o apelido de Kreuzkölln. É lá que fica De Neukölln você pode acessar o aeroporto que desde 2010 virou a maior área de lazer (380 hectares) da cidade, o enorme Tempelhof! Mas, apesar de uma das entradas ser do lado de Neukölln, o aeroporto fica tecnicamente no distrito de Tempelhof.

Berlin6

Friedrichshain [ex-Oridental] Separada de Kreuzberg pela ponte lindona Oberbaumbrücke, guarda um dos cartões postais mais populares da cidade; é ali, às margens do rio Spree que fica o East side Gallery, trecho do muro que virou galeria de arte de renomados grafiteiros do mundo todo. Não vou mentir, o bairro tem aquele jeitinho caído, com prédios velhos, lambe-lambes colados nas paredes, muito grafite e bares esquisitões com gente esquisitona (tire suas próprias conclusões do que seria isso). Pela quantidade de lugares ali fica claro como os galpões abandonados se converteram em manifestações culturais, gastronomia e baladas. É o que eu chamaria de cool! Não é um bairro lindo – e eu adoro!

Continua após a publicidade

Berlin2

Alt-Treptow [ex-Oridental] Por falar em cool, termino a minha lista com o Alt-Treptow. É um bairro pra ver coisas esquisitas, deliciosas e inusitadas. Imagina uma piscina flutuando no meio de um rio, cujo acesso é feito por armazéns de antigas docas. Imaginou? É a Badeschiff, a badalada piscina que bomba nos verões berlinenses, um lugar onde biquini e bota podem ser usados ao mesmo tempo, sem olhares esquisitos. No canal Landwehrkanal, barzinhos e baladas, cujos terraços de madeira avançam sobre a águas do canal, dão um ar underground com um certo charme.

Berlin11

+ SOBRE BERLIM

Berlim, o que esperar e não esperar

Berlim, 15 coisas que não a cara da cidade

Continua após a publicidade

Berlim, 3 Memoriais

Berlim, um spa pra ir antes de morrer

Berlim, aplicativo de viagem super legal

Berlim, 5 hambúrgueres imperdíveis

 

Se você quiser ver mais fotos e dicas, siga-me no INSTAGRAM!

Publicidade
Publicidade