Imagem Blog Além-mar Rachel Verano rodou o mundo, mas foi por Portugal que essa mineira caiu de amores e lá se vão, entre idas e vindas, quase dez anos. Do Algarve a Trás-os-Montes, aqui ela esquadrinha as descobertas pelo país que escolheu para chamar de seu
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Escapadas em Lisboa e o prazer de viajar sem (quase) sair do lugar

Já pensou em se hospedar em um hotel bacana na própria cidade? A “viagem” pode ser surpreendente!

Por Rachel Verano
Atualizado em 23 ago 2021, 18h10 - Publicado em 20 ago 2021, 17h27

Confesso que a primeira vez pareceu bem surreal. Mas o dia estava absurdamente quente, as praias estavam absurdamente cheias e o fim de semana com uma criança de 11 anos em casa prometia se arrastar loucamente sem nada muito animador no cenário. Então bastaram dois minutos para uma checada rápida no Booking e em meia hora estávamos na porta do hotel; em uma hora, na piscina. Um sorvete, por favor?

Jardim tropical com plantas exuberantes e uma construção de ares orientais ao fundo, com colunas vermelhas
O jardim exuberante do Pestana Palace (Arquivo Pessoal/Arquivo pessoal)

Curtimos. Aquela escapada para um hotel a menos de 10 minutos de casa teve gostinho de micro férias. Sair à noite para jantar a pé, no centrinho histórico lindo de Paço d’Arcos, à beira-mar, onde quase nunca vamos, foi delicioso. Acordamos de frente para a praia, tomamos um café da manhã que durou quase duas horas, aproveitamos a piscina que era praticamente nossa e ainda demos uns mergulhos nas águas quentinhas da piscina do spa – com hora marcada em tempos de Covid-19. Quando entramos em casa no domingo à noite a sensação era a de ter voltado de uma viagem de verdade – sem cansaço e, melhor ainda, sem mala para desfazer.

Caminho de pedras portuguesas entre plantas tropicais
Os caminhos do jardim do Pestana Palace: nem parece que está na cidade (Arquivo Pessoal/Arquivo pessoal)

Esta semana deu gostinho de quero mais. Desesperados por um dia de descanso e diante de um cenário de hotéis COMPLETAMENTE LOTADOS em todo o litoral português virado para o Atlântico, em pleno mês de agosto, escolhemos rumar para um bairro que eu gosto cada vez mais em Lisboa: o Alto de Santo Amaro, na região de Alcântara. Uma promoção especial no Booking nos levou a um dos hotéis que mais gosto na capital: o Pestana Palace (a diária, a € 190 com café da manhã, incluía upgrade para um quarto vista jardim – justamente o jardim que me faz amar o hotel).

Sala decorada com móveis de época: sofás azuis, poltronas floridas e duas janelas com cortinas até o chão
Um dos salões do palacete do Marquês de Valle-Flôr, o coração do Pestana Palace: viagem no tempo (Arquivo pessoal/Arquivo pessoal)

Já era fim do dia quando fizemos o check-in. Foi engraçado ir jantar no Lx Factory, bem perto, e não voltar para casa. Mas mergulhei nos mil lençóis e travesseiros e só acordei pronta para tomar o café da manhã nos 45 do segundo tempo. Servido no palacete do século 19 que já pertenceu do Marquês de Valle-Flôr, tinha mesinhas ao ar livre com vistas para o jardim e outras do lado de dentro, entre afrescos arrebatadores.  

Uma piscina com uma fonte no meio e algumas espreguiçadeiras com pessoas em volta, uma varanda com arcos ao fundo e, no alto, plantas e uma construção com colunas vermelhas
A piscina ao ar livre o Pestana Palace: para ouvir o barulho das cigarras (Arquivo pessoal/Arquivo pessoal)

O dia passou lentamente à beira da piscina, cercada pelo verde exuberante do jardim. De vez em quando, alguns mergulhos nas águas quentinhas do spa. Até considerei fazer uma massagem, mas estava tudo tão perfeito que fiquei com medo de estragar. De livro na mão, só ouvia o barulho das cigarras, que nunca tinha ouvido na cidade. Não saí do lugar nem para almoçar: aproveitei o serviço do bar e pedi uma massa com cogumelos bem gostosa. E fiquei tomando café por quase uma hora sob a sombra das palmeiras.

Gramado com árvores e, ao fundo, um palacete verde-água de três andares, com telhado cinzento
O palacete do Marquês de Valle-Flôr, do século 19, onde é servido o café da manhã do Pestana Palace: monumento nacional (Arquivo pessoal/Arquivo pessoal)

Só fomos embora quando anoiteceu. O “boa viagem” da recepcionista que nos atendeu no check-out fez novamente tudo soar meio surreal. Deliciosamente surreal. Descemos a rua com calma, passamos pela pracinha que tanto amamos (um dia ainda quero morar nela!) e em 10 minutos, mais uma vez, estávamos em casa. Sem mala, sem estrada, sem stress. Mas com a sensação de ter feito uma viagem maravilhosa.

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