Além-mar

Rachel Verano rodou o mundo, mas foi por Portugal que essa mineira caiu de amores e lá se vão, entre idas e vindas, mais de dez anos. Do Algarve a Trás-os-Montes, aqui ela esquadrinha as descobertas pelo país que escolheu para chamar de seu
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Lisboa: o hit da vez é o sushi de sardinha

A nova Taberna do Mar, na Graça, une o melhor de dois mundos - a culinária da Terrinha e as técnicas orientais

Por Rachel Verano
Atualizado em 6 mar 2020, 13h53 - Publicado em 30 nov 2018, 18h23
Dupla de niguiri de sardinha com flor de sal: momento uau
Dupla de niguiri de sardinha com flor de sal: momento uau (Bruno Barata/Reprodução)

Desde o ano passado que o Largo da Graça está de cara nova. Depois das obras de reabilitação urbana, que deixaram um dos cantos mais agradáveis da cidade ainda mais bonito, vieram saborosas novidades para fazer companhia a um dos bares mais simpáticos de Lisboa (na minha humilde opinião): o Botequim.

Mais sardinha: agora sobre pão, uma agradável surpresa
Mais sardinha: agora sobre pão, uma agradável surpresa (Bruno Barata/Reprodução)

A mais recente delas atende pelo nome de Taberna do Mar e uniu com maestria o útil ao agradabilíssimo – os sabores portugueses do mar às receitas e técnicas japonesas. O resultado? Niguiri de sardinha. Sashimi de peixe da costa defumado. Bun de alfarroba recheado com carapau seco.

Bun de alfarroba e carapau seco e dim sum de língua de vitela: o Oriente é aqui
Bun de alfarroba e carapau seco e dim sum de língua de vitela: o Oriente é aqui (Bruno Barata/Reprodução)
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Com apenas 23 lugares (incluindo os do balcão) em uma salinha minúscula, onde se senta em bancos de madeira, a Taberna do Mar tem um menu composto por pequenas porções perfeitas para compartilhar. Entre a dúvida do que pedir e a curiosidade de experimentar absolutamente tudo, embarquei em um menu degustação que, na verdade, é a síntese do cardápio, com 10 pratos à escolha do chef.

Toque final no sashimi: dá-lhe maçarico
Toque final no sashimi: dá-lhe maçarico (Bruno Barata/Reprodução)

Munidos de taças de um despretensioso e saboroso vinho branco, vimos o desfile de pratinhos chegar: tortilha defumada com creme de tremoço e hortelã; o tal pãozinho de alfarroba e carapaus, junto com dim sums de língua de vitela e algas; sashimi.

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Atum curado seco: delicioso
Atum curado seco: delicioso (Bruno Barata/Reprodução)

Na sequência, um ótimo atum curado seco e a uma bela surpresa: uma releitura do tradicional pão com sardinha tão típico do verão, feito à perfeição e super molhadinho. O niguiri de sardinhas fez então a sua entrada triunfal, escoltado por grãozinhos de flor de sal. É delicioso – mas àquela altura eu já dispensava o excesso de pratos defumados (sem exagero, o menu abusa do maçarico em mais da metade dos pratos).

Arroz malandrinho de caras de bacalhau: momento comfort food
Arroz malandrinho de caras de bacalhau: momento comfort food (Bruno Barata/Reprodução)
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Provamos ainda um arroz malandrinho de caras de bacalhau com coentros e o xerém, que lembra a canjiquinha mineira de milho, com choco (uma espécie de lula gigante) e berbigão (um tipo de marisco). E encerramos a orgia com um leve pudim de pão.

Xerém de frutos do mar
Xerém de frutos do mar (Bruno Barata/Reprodução)

O preço do menu degustação é bem amigo do bolso: € 25 por pessoa. Com vinho a refeição fica entre € 70 e € 80 para duas pessoas. Já estou com vontade de voltar só para mergulhar no sushi de sardinha (à la carte custa € 5).

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