Imagem Blog Além-mar Rachel Verano rodou o mundo, mas foi por Portugal que essa mineira caiu de amores e lá se vão, entre idas e vindas, mais de dez anos. Do Algarve a Trás-os-Montes, aqui ela esquadrinha as descobertas pelo país que escolheu para chamar de seu
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Lisboa: os melhores bairros para se hospedar

A região do centro histórico próxima ao Tejo reúne as melhores condições para receber turistas

Por Rachel Verano
Atualizado em 20 ago 2018, 19h52 - Publicado em 26 abr 2018, 18h28
Os bairros mais centrais de Lisboa são também os melhores para se hospedar
Os bairros mais centrais de Lisboa são também os melhores para se hospedar (Anita Cortizas/Reprodução)

Cada vez que alguém me conta que vem pela primeira vez em Lisboa e vai se hospedar na Praça de Espanha eu quase desmaio de desgosto. Avenida de Roma? Idem. São dois lugares queridíssimos das agências de viagens, mas que, na minha modesta opinião, não contribuem em nada para uma autêntica experiência lisboeta.

E por que as agências insistem em levar seus queridos clientes para essas regiões? Simples: porque nelas abundam hotéis medianos e relativamente baratos, que certamente são bons de negociações e comissões. Faça um favor para você mesmo: não caia nesta roubada.

Os dois são lugares mais afastados do centro histórico, com uma arquitetura mais recente, avenidas largas… Ou seja, tudo o que (provavelmente) fez você morrer de amores por Lisboa – as ruelas estreitas, os bondinhos, os prédios de fachadas coloridas, as vistas do Tejo e do castelo – estarão a alguns quilômetros ou estações de metrô de distância.

Aproveitando o calorzinho que, pelo visto, chegou para ficar, aqui vai a minha lista dos melhores bairros para se hospedar e curtir a cidade a pé, com o melhor que ela tem a oferecer:

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PRÍNCIPE REAL
Logo que me mudei para Lisboa pela primeira vez, vim morar aqui. E foi paixão à primeira vista. A combinação era irresistível: ruelas cheias de charme, pracinhas bucólicas, ao lado do Bairro Alto. Recentemente o bairro deixou de ser estritamente residencial, como era naquela época, e, da noite para o dia, virou a bola da vez. Há bares animados, restaurantes bacanas, lojinhas de design… e as mesmas ruas e pracinhas de tempos atrás.
Desvantagem: as ladeiras. Tudo converge para o Jardim do Príncipe Real, que fica no topo. E todas as ruas descem a partir dele.

BAIRRO ALTO
É o bairro boêmio por excelência. Uma mistura de bares, restaurantes, quitandas com cara de antigamente e lojinhas. Muitas ruas são fechadas ao trânsito de carros, o que faz dele um gostoso lugar para passear.
Desvantagem: o barulho. Aqui todo dia é dia de festa.

CHIADO
Elegante, colado ao Bairro Alto e ao Príncipe Real. Por aqui passam os famosos eléctricos. E aqui estão alguns ícones da cidade, caso do café A Brasileira, onde fica a estátua de Fernando Pessoa. Bom destino para compras, tem de H&M e Zara a lojas descoladas, caso da imperdível Vida Portuguesa, que vende artigos típicos do país que são verdadeiros achados para levar de lembrança.
Desvantagem: a muvuca. Desde que Lisboa virou a queridinha do turismo internacional as ruas do Chiado vivem simplesmente lotadas. E o preço de tudo foi nas alturas.

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BAIXA
É o centro do centro, onde fica uma sucessão de praças: Restauradores, Rossio, Terreiro do Paço (a Praça do Comércio)… Reúne aquele bulício típico de centro de cidade, com penas de lojas de suvenires, restaurantes que disputam os turistas nas calçadas e vendedores ambulantes.
Desvantagem: é uma região barulhenta e confusa, onde o trânsito está quase sempre congestionado.

AVENIDA DA LIBERDADE
A principal artéria do centro lisboeta é também a sua avenida mais elegante. Ela liga a Praça Marquês de Pombal à Baixa e está recheada de restaurantes, hotéis e lojas de grife – estão lá de Prada a Gucci, de Burberry a Louis Vuitton. Fica lá também uma das melhores novidades do ano: o salão de chá da pâtisserie francesa Ladurée, com seus macarons maravilhosos.
Desvantagem: aqui os hotéis costumam ser hotelões de rede. Quem prefere hospedagens boutique não tem muitas opções.

ALFAMA
O bairro mais tradicional de Lisboa é uma graça. Ruelas estreitas, becos sinuosos, roupas secando nas janelas, mercadinhos antigos… E ainda alguns dos principais cartões-postais portugueses: o Castelo de São Jorge, a Sé, a igrejinha de Santo António, o eléctrico 28, alguns dos mais famosos miradouros… É a chance de mergulhar de cabeça no lado mais tradicional da cidade.
Desvantagem: a maioria das ruas é fechada para o trânsito não só de carros particulares, mas também de táxis (que precisam parar e pedir autorização a cada “pino” no meio da rua). Está com muita bagagem? Tenha em mente que você pode não conseguir chegar até a porta…

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