Lisboa: 5 lugares para comer um bom bacalhau
Quase todo restaurante português que se preze serve o peixe que é a marca registrada da gastronomia local. Nestas casas é pedir sem pensar!
Dizem que, em Portugal, há mil e uma maneira de preparar bacalhau. O fato é que o “fiel amigo”, como o peixe originário das águas gélidas do Atlântico Norte é conhecido por aqui, está presente no cardápio de quase todo restaurante de comida típica desde tempos imemoriais. Os primeiros registros de acordos de pesca na região da antiga Terra Nova (hoje Canadá) datam do século 14 – mas, oficialmente, foi no século seguinte que ele começou a ser comercializado e caiu nas graças dos portugueses, hoje os maiores consumidores mundiais do peixe. Nestes cinco restaurantes de Lisboa as receitas são realmente especiais:
Sinal Vermelho
Um clássico dos meandros do Bairro Alto, esta casa de esquina de portas vermelhas e paredes recheadas de azulejos azuis e brancos serve receitas de ares caseiros preparadas com esmero. Para começar, tem as “maravilhosas pataniscas de bacalhau com arroz de tomate e mistos de alface” (€ 9,90). Entre os pratos principais, reina o magusto de bacalhau: tenras lascas sobre uma cama de migas de broa com couve (€ 13,90). Quem não abre mão da posta vai gostar da versão à lagareiro, com batatas a murro (€ 13,90). Está sempre cheio, vale reservar.
Cantinho do Avillez
O chef onipresente José Avillez comanda mais de uma dezena de endereços em Portugal, inclusive o Belcanto, restaurante que, durante anos, foi o único duas estrelas Michelin da cidade (posto que agora divide com o Alma, de Henrique Sá Pessoa). Aqui a proposta é a comfort food. O bacalhau é muito bem representado com a sua versão em lascas do lombo confitadas servidas com migas de pão de Mafra, ovo cozido a baixas temperaturas e as famosas esferas de azeitonas que fizeram fama e estão no menu de outras casas de Avillez também (€ 18,25). Para encerrar, peça o copinho de avelãs. Há duas unidades: no Chiado e no Parque das Nações.
Tasca da Esquina
A primeira esquina de Vitor Sobral fica no Campo de Ourique e tem uma deliciosa varanda. O conceito da casa que inclusive espalhou filhotes pelo Brasil é o da comida portuguesa tradicional com toques moderninhos e criativos, servida em porções para partilhar. Há diferentes receitas de bacalhau (lascas com batata e ovo, com ovo e ervas, à Bráz…), mas o carro-chefe é mesmo o lombo no forno, uma posta alta e macia, que desmancha ao simples toque do garfo. Quem quiser ficar nas mãos do chef pode escolher menus degustação de 4, 5, 6 e 8 porções (de € 12 a € 22, com vinho).
A Casa do Bacalhau
Ela fica ligeiramente longe e fora do circuito turístico, mas tem o bacalhau como especialidade máxima: são mais de 20 receitas. Tem raridades como carpaccio, língua, caras, empada… e mais todas as receitas mais famosas, caso do Zé do Pipo, Brás, Gomes de Sá, à lagareiro… Adorei principalmente o bacalhau à minhota, com muita cebola e batatas fritas sequinhas, em rodelas. Ocupa as antigas cavalariças de um palacete do século 18, no Beato, com duas salas elegantes de tetos abobadados.
Solar dos Presuntos
Tradicional restaurante da Baixa Lisboeta, abriu as portas em 1974 e segue um clássico da Rua das Portas de Santo Antão. A grande especialidade é o bacalhau assado à portuguesa (€ 24,50), mas a versão à lagareiro, feita na brasa e acompanhada de batatas a murro e legumes (€ 24), não fica atrás. Completa o menu com pastéis de bacalhau para abrir os trabalhos (€ 5) e uma boa versão de pataniscas (lascas fritas com uma massinha de farinha e ovos), acompanhadas de arroz de feijão (€ 16).
Reserve a sua hospedagem em Lisboa aqui.