Imagem Blog Piacere, Itália! Depois de passar um mês rodando a Toscana, Bárbara Ligero caiu de amores pela terra da bota e se matriculou em um curso de italiano. Atualmente, está aprendendo a gesticular com perfeição
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Sicília: roteiro a pé pelas atrações essenciais de Catânia

Reconstruída no estilo barroco após um terremoto, Catânia é uma das portas de entrada da Sicília e pode ser facilmente visitada em um dia

Por Barbara Ligero
Atualizado em 3 jun 2019, 00h26 - Publicado em 21 Maio 2019, 20h07
Catedral de Catânia com o fumegante vulcão Etna ao fundo
Catedral de Catânia com o fumegante vulcão Etna ao fundo (Ingus Kruklitis/Getty Images)
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Por ser dona do maior aeroporto da Sicília, Catânia costuma ser o ponto de partida dos roteiros pela ilha. De lá, os viajantes geralmente seguem para Taormina ou Siracusa, mas a cidade merece ao menos um pernoite. Primeiro, porque as opções de hospedagem lá são mais econômicas do que nas suas vizinhas. Segundo, porque sua história é no mínimo interessante.

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Catânia já foi destruída diversas vezes ou por invasões inimigas, ou por terremotos ou por erupções do Vulcão Etna, que fica bem próximo. A versão que vemos hoje da cidade é pós-1693: depois que, naquele ano, um terremoto fortíssimo colocou quase tudo ao chão, a cidade foi reconstruída em um novo estilo, o barroco.

Catânia, Sicília, Itália
(Herbert 2512/Pixabay)

Uma das poucas obras medievais que ainda estão de pé é o Castello Ursino, que foi construído em 1250. Mas isso também não significa que ele tenha passado por todos os desastres naturais da história de Catânia sem nenhuma rasura. Na verdade, esse castelo costumava ficar à beira-mar até uma enorme erupção vulcânica mudar completamente a paisagem da região em 1669. É difícil de imaginar, mas hoje tudo o que você vai ver em torno do castelo é grama e asfalto – e nem uma gotinha d’água. De resto, a construção é a mesma: por sorte, a lava escorreu em volta dos muros sem danificá-los.

Castello Ursino, Catânia, Sicília, Itália
(Mia Battaglia/Flickr)

Uma vez no castelo, a melhor coisa é sair caminhando. Até porque no meio do caminho você vai se deparar com várias oportunidades de experimentar as delícias sicilianas, que incluem cannoli, arancini e granite. Os sucos de laranja e de romã também são particularmente gostosos – e a minha sugestão é iniciar o dia tomando um desses refrescos nas barraquinhas do Mercato del Pesce.

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Mercato del Pesce, Catânia, Sicília, Itália
(Amandathibaut/Pixabay)

Antiguíssima, essa feira acontece todos os dias, começando de manhãzinha e terminando mais ou menos na hora do almoço. Não há experiência mais autêntica: em meio à vendedores falando (ou melhor, berrando) no dialeto siciliano, você verá um colorido de frutas, legumes, peixes e frutos do mar quase vivos, de tão frescos.

Mercato del Pesce, Catânia, Sicília, Itália
(Silvia Foglia/Flickr)

Chega até a ser estranho que, logo ao lado, se encontre a elegante Piazza del Duomo, o coração da cidade. Ali fica a barroquíssima Cattedrale di Sant’Agata, que homenageia a santa padroeira da cidade, e também o Liotro, uma escultura em formato de elefante que os sicilianos acreditam proteger Catânia do Vulcão Etna.  A combinação santa + elefante parece estar dando certo: depois de dez anos de inatividade, houve apenas uma erupção em dezembro de 2018 que não causou danos ao centro histórico.

Piazza del Duomo, Catânia, Sicília, Itália
(Tee-Tina/Flickr)

Graças à isso, ainda é possível apreciar as construções barrocas de Catânia. Os principais exemplos desse estilo estão na Piazza Università, cujos belos palácios emolduram um pavimento todo feito de pedra de lava vulcânica, e na Via dei Crociferi, que possui quatro igrejas em um espaço de apenas 200 metros.

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(EricFabernyc)

Depois de riscar esses lugares da lista, pegue a Via Etnea. Ao longo dos quase três quilômetros dessa avenida, que é a principal artéria do centro, lojas de marca se intercalam com prédios históricos, pasticerias, bares e restaurantes. A atmosfera chega a ser jovial até você alcançar a Piazza Stesicoro onde, ao ar livre, se encontram as ruínas do Anfiteatro Romano. Em tempo: em Catânia também existe o Teatro Romano, que é mais bem-preservado, porém tem entrada paga.

Anfiteatro Romano, Catânia, Sicília, Itália
(Jesus Cabrera/Flickr)

A Via Etnea e o seu passeio terminam no Giardino Bellini, que com 72 mil metros quadrados é o parque mais antigo de Catânia. Ali, os jardins são embelezados por estátuas e fontes.

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Para o jantar, a dica é circular pela própria Via Etnea ou então seguir para os arredores do Mercato del Pesce e do Castello Ursino. Esse segundo se tornou uma espécie de polo cool, com vários restaurantes descolados servindo pratos à base de peixe e frutos do mar em mesas colocadas na calçada. Aproveite: aqui, os preços no menu costumam ser mais baixos do que no restante da Itália.

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Mostrei minha viagem pela Sicília no Instagram: @barbara.ligero

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