Imagem Blog Piacere, Itália! Depois de passar um mês rodando a Toscana, Bárbara Ligero caiu de amores pela terra da bota e se matriculou em um curso de italiano. Atualmente, está aprendendo a gesticular com perfeição
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O que você precisa saber para se casar na Itália

Como organizar uma festa no exterior? Posso casar no religioso? A cerimônia terá valor legal? Veja como realizar o casamento dos sonhos

Por Barbara Ligero
Atualizado em 5 fev 2020, 16h25 - Publicado em 29 out 2018, 19h18

A proposta de casar na Itália soa um tanto extravagante – e ela realmente pode ser, considerando que há castelos medievais que sediam festas suntuosas. Mas o sonho também ganha contornos realistas se o casal estiver disposto a fazer uma cerimônia intimista, só com os parentes mais próximos e alguns amigos.

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Afinal, tendo as belíssimas paisagens da Toscana, por exemplo, como pano de fundo, quem se importa com alguns luxos (ou convidados) a menos? Trata-se de uma questão de escolha: ao invés de gastar com um evento de cinco horas para 200 pessoas, os noivos celebram sua união durante uma viagem, que inclusive já serve como lua de mel.

Se a ideia te atrai, veja a seguir algumas dicas para realizar o seu casamento italiano:

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Como planejo?

(BloomingEventi/Divulgação)

A não ser que você tenha muito tempo livre para pesquisar e domine bem o inglês ou o italiano, planejar um casamento à distância é bem trabalhoso. Por isso, existem empresas especializadas na organização desse tipo de cerimônia, que fazem a ponte entre os noivos e os fornecedores locais. Fica na mão deles correr atrás de igreja, local para a festa, decoração, buffet, fotógrafo…

No mercado brasileiro, alguns nomes conhecidos são a Aonde Casar e a Welcome Weddings. Mas você também pode optar por contratar uma prestadora de serviços com sede na Itália, como a Blooming Eventi, que é comandada pela brasileira Vitoria Mariane. Outra opção é a Weddingitaly, que apesar de pertencer a italianos, tem a também brasileira Raquel Polato como uma das wedding planners.

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Quando casar?

(BloomingEventi/Divulgação)

O ideal é começar os planejamentos com mais ou menos um ano de antecedência. Na hora de marcar a data, leve em consideração a disponibilidade dos convidados e a estação do ano. Se a sua ideia for casar ao ar livre, algo comum quando o cenário da cerimônia é a Itália, esqueça o inverno. Já o verão corresponde com a alta temporada, o que pode deixar tudo desnecessariamente mais caro – das passagens aéreas à locação do espaço. A primavera e o outono são bons tanto pelos preços quanto pelo clima ameno.

Onde casar?

(BloomingEventi/Divulgação)

Os destinos mais escolhidos pelos brasileiros para casar na Itália são a Toscana, a Costa Amalfitana, o Lago di Como e Veneza. A cerimônia pode ser feita em igrejas, restaurantes, praias, vinícolas, agriturismos e até castelos. Geralmente, a preferência é por cenários ao ar livre, o que inclusive representa uma economia em decoração.

Quanto custa?

(Reprodução/Divulgação)

Vitoria Mariane, da Blooming Eventi, ressalta que é muito difícil estimar o custo de um casamento, já que tudo vai depender das escolhas dos noivos. No entanto, ela estima que casamentos simbólicos, feitos somente com a presença do casal, custam a partir de € 2 500. Já um mini wedding, para 30 convidados, pode sair desde € 10 000. 

E as burocracias?

(BloomingEventi/Divulgação)

Para que o casamento no exterior tenha valor legal aqui, é preciso ir a um Consulado Brasileiro na Itália solicitar um documento que autoriza a união. Depois, o casal deve se apresentar na prefeitura da cidade italiana para realizar a cerimônia, com a presença de duas testemunhas que falem italiano – nessa hora, o wedding planner pode ser especialmente útil. Feito tudo isso, você receberá um certificado de matrimônio, que deve ser validado posteriormente no Brasil.

No caso do casamento católico, a burocracia é ainda maior porque a igreja italiana é bastante rigorosa. Aqui no Brasil, a sua paróquia deverá emitir documentos que atestem que nenhuma das partes se casou antes (seja no civil ou no religioso) e que o casal já fez o batismo, a primeira comunhão e a crisma. Depois, a papelada deve ser traduzida e enviada para a igreja na Itália.

Os padres não fazem objeção em casar brasileiros, mas se os noivos não falarem italiano, é preciso contratar um tradutor. Outra regra é que o casal precisa comprovar o casamento civil ou realizar a união civil no mesmo momento. Além disso, os padres geralmente não saem de suas paróquias para realizar as cerimônias, o que exclui a possibilidade de uma troca de alianças ao ar livre. Como a igreja é universal, o casamento terá validade no mundo todo, sendo necessário apenas duas testemunhas batizadas.

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Diante de todos esses fatores, muitos pombinhos acabam optando por fazer o casamento civil no Brasil e realizar uma cerimônia simbólica na Itália.

Siga-me no Instagram: @barbara.ligero

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