Atualizado em março de 2019.
Somente uma cidade como Florença, que ostenta a Galleria degli Uffizi e a Catedral de Santa Maria del Fiore na comissão de frente, poderia manter o Museu Stibbert em segundo plano, diria até como atração alternativa.
Um tanto afastado do centro da cidade, ele está instalado na Villa di Montughi, palácio do século XIX que pertencia a uma rica família de militares ingleses.
Viajante de carteirinha e colecionador assíduo, Frederick Stibbert (1838 – 1906) foi o responsável por transformar sua própria casa em museu, a partir dos objetos que ele adquiria mundo afora.
Mesmo já tendo lido a respeito antes, fiquei impressionada com o acervo: são 50 mil peças divididas por tema e período histórico. Há alguns quadros, porcelanas e vestimentas, mas a coleção é em sua maioria composta por armas e armaduras europeias, islâmicas e japonesas.
A distribuição dos objetos pela antiga casa foi pensada pelo próprio Frederick Stibbert, que decorou os cômodos de acordo. Isso significa que o salão onde estão expostas as espadas, escudos e vestimentas do mundo islâmico, por exemplo, foi feito seguindo as características da arquitetura árabe.
Já os espaços dedicados ao Extremo Oriente guardam inúmeras espadas de samurai. A grande atração, no entanto, é a coleção de 100 armaduras japonesas completas, considerada a maior que existe fora do Japão.
O fato dos objetos estarem simplesmente espalhados pelos cômodos também permite que você chegue bem pertinho das peças. Só há uma ocasião, no entanto, em que é permitido tocá-las.
Em uma das salas, há réplicas perfeitas dos capacetes e das malhas de ferro que faziam parte das armaduras europeias. Não perca a oportunidade de colocá-las na cabeça para sentir o (significativo) peso.
Dentre as vestimentas, há um raríssimo traje feminino de casamento chinês e a capa que Napoleão vestiu ao ser coroado Rei da Itália em 1805.
Enfim, a quantidade e a variedade de itens em exposição é surpreendente. Pouco visitado pelos turistas, o Museu Stibbert merece ser incluído no roteiro se sobrar tempo depois de conhecer as atrações mais clássicas de Florença.
As visitas duram cerca de uma hora e são feitas em grupos de no máximo 25 pessoas. Há o acompanhamento de um funcionário que, apesar de explicar um pouco sobre cada sala, está ali mais para garantir que ninguém derrube uma armadura medieval.
A entrada custa € 6 e o museu fica aberto das 10h às 14h de segunda a quarta-feira, das 10h às 18h de sexta-feira a domingo e não abre as terças.
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