Fundada no século 12 e tradicionalmente habitada por ferreiros, a toscana Fabbriche di Carèggine precisou ser completamente desocupada na década de 1940 quando a empresa italiana Enel, multinacional distribuidora de energia com ampla atuação também no Brasil, decidiu construir uma barragem no Rio Edron para propósitos hidrelétricos.
A obra acabaria por inundar a cidadezinha e toda a área em torno dela, criando o artificial Lago Vagli. Segundo o Visit Tuscany, site oficial do turismo da região, atualmente o vilarejo está escondido debaixo de 34 milhões de metros cúbicos de água.
Desde então, a cidade inundada só voltou à superfície quatro vezes, em 1958, 1974, 1983 e 1994, ocasiões em que o lago foi esvaziado para trabalhos de manutenção. Na última vez, há 26 anos, centenas de pessoas se dirigiram ao local, que fica na província de Lucca, para ver Fabbriche di Carèggine.
Foi aí que surgiu a ideia. Permitir que as pessoas visitem um vilarejo medieval, no meio da Toscana, que costuma ficar embaixo d’água, pode ser uma ótima forma de impulsionar o turismo na região após a crise causada pela pandemia de coronavírus.
Em comunicado, a Enel afirmou que esvaziar o Lago Vagli mais uma vez é uma possibilidade real. Mas, por ora, o projeto ainda não tem data para sair do papel.
Se isso de fato acontecer, os turistas terão uma oportunidade rara de visitar um vilarejo medieval que geralmente está submerso.
Para aqueles que vêm do exterior, Fabbriche di Carègine pode ser uma opção de passeio de bate-e-volta desde a cidade murada de Lucca, que fica a pouco mais de uma hora de carro.
Mas, enquanto não é possível ir à Itália, há uma série de coisas que trazem um pouco do país para dentro da sua casa. Confira algumas sugestões de filmes, séries, livros, músicas, cursos e receitas aqui.