Nova York não é só Manhattan. A cidade tem mais quatro distritos, conhecidos aqui como Boroughs, que você também pode conhecer e até se hospedar, gastando bem menos.
O Brooklyn, que muita gente só conhece por conta da famosa ponte, é o meu preferido, não só por suas atrações, mas também pelo clima mais “calmo” e familiar que em Manhattan.
Por isso, decidi escrever cinco motivos para você incluí-lo no seu roteiro, principalmente se já visitou Nova York. Mas se for a sua primeira vez, está liberado também.
Feirinha gastronômica em Williamsburg
O nome é estranho, Smogasburg, mas esse evento combina gastronomia com uma das vistas mais bonitas da cidade, a beira do rio Hudson, e reabriu há poucas semanas, junto com a primavera.
Aos sábados ela acontece no East River Park, das 11h às 18h, e você pode experimentar vários tipos de comida, como o famoso hambúrguer onde o pão é substituído por noodle (miojão) ou deliciosas costelinhas barbecue. A feira é a céu aberto, com barraquinhas e filas longas, por isso, vale se programar para ir cedo e aproveitar com mais calma.
Ah! No domingo ela acontece no mesmo horário, só que no Prospect Park, mas essa é a minha segunda dica…
Nova York família no Prospect Park
Ele é o Central Park do Brooklyn, com Zoológico, Museu, Jardim Botânico, lago… Inclusive, quem projetou os dois parques foram os mesmos arquitetos, Law Olmsted e Calvert Vaux.
O que eu mais gosto nele, porém, é o clima mais intimista, difícil de ver em Manhattan, com famílias fazendo piqueniques e até churrascos – há várias churrasqueiras disponíveis para os visitantes!
Você pode conhecê-lo a pé ou de bicicleta, já que há boas opções de aluguel no parque. Só vale a pena programar antes o que deseja ver, porque ele tem mais de 236 hectares.
Galerias a céu aberto em Bushwick
Independente se você acha a cidade cinza ou linda, em Bushwick é possível ver grafites incríveis pintados nas paredes, assim como outras expressões da street art, lambe-lambe e até pixos.
Para conhecer melhor o bairro você pode fazer um walking tour gratuito – ou quase, visto que é aconselhável que colabore financeiramente com o guia, de acordo com o que puder e achar que vale o passeio. Ou então, descer na estação Jefferson ou Morgan Av, da linha L do metrô, e se perder pelas ruas, descobrindo a cada esquina um novo mural.
Dá para combinar esse passeio com uma visita ao Syndicate Bar, que tem um cinema dos anos 60, com mesinhas, para você comer e beber petiscos enquanto assiste um filme, além de um bar bem aconchegante.
Outra atração local é a famosa pizzaria Roberta’s, que costuma ter longas filas aos finais de semana, mas você pode “superá-las” pegando a opção para viagem e comendo no jardim atrás do restaurante.
Visita à Brooklyn Brewery
Há vários tipos de tour disponíveis na cervejaria, desde gratuitos, aos finais de semana, limitado a 40 pessoas por horário e sem reserva, até pagos, durante a semana, com degustação das bebidas produzidas no local. Recomendo que, se você quiser ver a fábrica funcionando mesmo, faça a reserva no site para os tours de segunda a quinta e pague os US$ 15.
Independente disso, você também pode aproveitar o bar, que conta com várias opções de cerveja da marca por US$ 5 o copo (ou US$ 20 por cinco), comendo pizza e conhecendo novas pessoas, já que as mesas são compartilhadas.
Lembrando que, nos Estados Unidos, só maiores de 21 anos podem beber.
O melhor steak da sua vida do Peter Luger
Eu sei, a frase acima parece coisa de publicitário, mas juro que não ganho comissão por ela e é bem sincera. O restaurante, que tem mais de 100 anos, foi classificado 28 vezes como o melhor lugar para comer carne em Nova York e conta com uma estrela Michelin.
Os steaks, maturados a seco na casa por quase um mês, e servidos no próprio molho e na manteiga, são macios e saborosíssimos. Há vários cortes de carne excelentes, assim como entradas famosas, como a fatia generosa de bacon canadense assado que, diferente do que estamos acostumados a comer nos EUA, não é fina ou seca, mas sim bem suculenta.
O restaurante é caro, prepare-se para gastar entre US$ 70 e US$ 100 por pessoa, não aceita cartões de crédito, só débito ou dinheiro, mas vale muito a pena. Ah! E não dispense as moedas de chocolate que eles dão no final, elas são deliciosas! 🙂
Dá para chegar de metrô em todas as atrações que citei acima, porém, se quiser mais comodidade, você também pode usar outros tipos de transporte que indiquei em um post anterior, como Uber, Via, Juno e etc.