Mochila Pride

A jornalista Ludmilla Balduino leva na mochila uma vontade de percorrer o mundo ocupando as ruas, conhecendo o diferente, conversando com as pessoas e trocando boas ideias
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Este bar na Espanha é um verdadeiro ode à Coreia do Norte

Ah, Coreia do Norte… Um país isolado, burocrático, renegado, devastado, excluído, execrado. Se, para quem fica com dó, é impossível até pegar e levar pra casa pra cuidar, ao menos é possível criar referências para mostrar ao mundo que, apesar de tudo, há seres humanos vivendo por lá. Que estão vivendo e tentando, fazendo e […]

Por Ludmilla Balduino
Atualizado em 27 fev 2017, 14h38 - Publicado em 10 out 2016, 22h04

Ah, Coreia do Norte… Um país isolado, burocrático, renegado, devastado, excluído, execrado. Se, para quem fica com dó, é impossível até pegar e levar pra casa pra cuidar, ao menos é possível criar referências para mostrar ao mundo que, apesar de tudo, há seres humanos vivendo por lá. Que estão vivendo e tentando, fazendo e errando – como todos nós.

Assim acredita o espanhol Alejandro Cao de Benos, que abriu o bar Pyongyang Cafe na pequena cidade portuária de Tarragona, a sul de Barcelona, na Catalunha, em julho deste ano. O bar tem uma enorme bandeira norte-coreana pintada na parede e cartazes de propaganda do governo dos Kims, que mandam e desmandam no país desde 1948. E não é só a decoração que tem um tema tão peculiar: o cardápio também. Chás coreanos e cervejas asiáticas fazem parte do menu, além de pratos tradicionais da culinária do país.

O ambiente do Pyongyang Cafe, na Catalunha (foto: reprodução)

O ambiente do Pyongyang Cafe, na Catalunha (foto: reprodução)

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Alejandro, que também é presidente da Associação de Amigos da Coreia, que tem 17 mil membros, diz que quer mostrar que, por mais que o ocidente critique o país pelas violações de direitos humanos e pelos testes nucleares, há um outro lado da Coreia do Norte que poucos conhecem. Segundo ele, em uma entrevista ao Daily Mail, o governo garante o acesso da população a comida, casa e trabalho, em níveis muito mais abrangentes do que em qualquer outro país capitalista. E diz que as boas notícias daquela pequena península asiática não chegam ao ocidente porque a Coreia é vítima de difamação por não seguir as doutrinas ocidentais e não obedecer aos Estados Unidos.

O espanhol também pretende, com o seu bar, criar um centro cultural para conversar com os clientes sobre gastronomia, cultura e tradições norte-coreanas. Promete criar eventos para leituras de textos e projeções de filmes da Coreia do Norte. Seu primeiro evento, uma palestra sobre turismo no país, atraiu apenas 10 pessoas.

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+ Como é o passaporte na Coreia do Norte?

Para mochileiros aventureiros, fica a dica: o país recebe sim visitantes. O processo para entrar na Coreia do Norte não é tão difícil assim – basta contratar uma agência de viagens em Pequim, de onde normalmente partem os tours, mas pode ser burocrático para alguns. Ao chegar ao país, o turista será acompanhado por um guia oficial por todos os passeios. Aos que não querem se aventurar, mas têm a mente aberta para ouvir (e respeitar) as opiniões alheias, fica a outra dica: conhecer o bar do Alejandro, em Tarragona. :)

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Alejandro ficou famoso na cidade (foto: reprodução)

Alejandro ficou famoso na cidade (foto: reprodução)

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