Coceira, chuva e avalanche: 5 histórias de gente que já passou perrengue em acampamentos
Perguntamos no Facebook: qual foi o maior perrengue que você já passou em acampamento? E eis as melhores histórias:
1. Victor Gouvea e a chuva com DR de brinde
“Uma vez em um camping de Punta del Diablo, no Uruguai, eu e meu namorado fomos despertados durante a madrugada com a tempestade que caía. E começou a chover dentro da barraca, dali a pouco sentimos a enxurrada passando pelos lados e por baixo, tudo enchendo…acabamos com a barraca cheia d’água, desmontando tudo tomando chuva e, claro, em meio a uma senhora DR de brinde.”
2. Tulio Ferreira e os 300 relâmpagos
“Acampei com um primo e um amigo no Vale do Catimbau, Buíque (PE). Durante a tarde tava um sol de rachar. Quando anoiteceu caiu um dilúvio. Como acampamos no alto da montanha, os ventos eram muito fortes, dava impressão que a barraca ia voar. E mais angustiante ainda foram os raios e trovoadas. Estávamos no alto, só existia uma arvore alta na área, e foi justamente onde escolhemos abrir a barraca.
Foi terrível a sensação de achar a todo instante que seríamos atingidos por um raio. Resolvemos contar o número de relâmpagos que faziam a noite virar dia e perdemos as contas quando passava de TREZENTOS CLARÕES. Meu primo, no desespero, abriu a barraca pra descer a serra, mas era impossível, devido a quantidade de água que caía sem parar. Após uma hora de tormenta, tudo silenciou. Tudo molhado e o coração na boca, mas certamente um momento inesquecível….”
+ Empresa desenvolve barraca de camping que também é uma rede
3. Babi Bernardes e o fusquinha guerreiro
“Anos 1970, fomos 4 pessoas para Angra dos Reis. Na época, a referência era o Guia 4 Rodas que dizia que um camping estava em construção. Como o guia era do ano anterior, nós acreditamos que ele já estaria pronto. Muita chuva na chegada e informações erradas nos levaram a uma estrada que terminava de repente. Quando fomos virar o carro – um fusca bem velhinho – o carro ficou pendurado em uma ribanceira. O motorista, meu noivo na época, saiu em busca de um guincho para puxar o carro. E nós ficamos na chuva…
Ele não encontrou e voltou com um bando de “chapas de caminhão” para puxar o carro. Depois de muito sufoco conseguimos sair, em busca de um hotel, bem baratinho, para passar a noite e ir embora no dia seguinte.
Pensa que acabou? No caminho vimos algumas barracas montadas no que parecia ser um campinho de futebol. Montamos a nossa barraca que era muito grande e foi aquela dificuldade. E a chuva continuava. Fomos a um restaurante e usamos o banheiro para fazer uma limpeza na cara e escovar os dentes e fomos dormir.
Pensa que acabou??? Choveu a noite toda e no dia seguinte nossas sacolas estavam “boiando” na área que chamávamos de copa. Naquele tempo se usava umas sacolas de lona, bem coloridas. A tinta das sacolas manchou todas as roupas.
Desesperados, recolhemos tudo e começamos o caminho de volta. E, de repente, na estrada, vimos o camping que havíamos procurado tanto. Teimosos, descemos novamente toda a bagagem, lavamos as nossas roupas manchadas, preparamos o almoço e até hoje eu acredito que foi o melhor macarrão com sardinha que comi na minha vida. Como alguém já falou: viajar te deixa sem palavras. E depois te torna um especialista em contar histórias.”
4. Marilene Carla e a avalanche
“Na trilha inca aos pés do Salcantay, em Cusco, no Peru, muita altitude e temperaturas muito baixas, acordei com barulho de avalanche. Teste para corações fortes. E sim, era uma avalanche, mas não havia perigo – o local do acampamento é protegido. Só que acordar no meio da noite com o barulho é pavoroso!”
5. Priscilla Orlandi e os carrapatos
“Eu e meus amigos acampamos há 15 anos (hoje todos têm 30). Fomos 17 adolescentes e uma criança de 8 anos para Rio Acima (MG), porque a mãe de uma delas só deixou ela ir se levasse a irmã – o que não adiantou de nada, pelo contrário, foi muita loucura ter levado ela…
O lugar era um campo lindo, enorme, muito grande mesmo. E diante daquela imensidão, montamos nossas barracas em cima de ninhos de carrapatos. Todos nós ficamos picados. Muito picados… Foi um acampamento coçante, mas muito bom! Inesquecível.”
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