Mochila Pride

A jornalista Ludmilla Balduino leva na mochila uma vontade de percorrer o mundo ocupando as ruas, conhecendo o diferente, conversando com as pessoas e trocando boas ideias
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9 lugares desconhecidos que são perfeitos para ter experiências legítimas

Para quem curte ter experiências autênticas em viagens, tem coisa mais chata do que se deparar com multidões de turistas, com suas máquinas fotográficas e sombrinhas e comentários bobos, acotovelando-se em todos os buracos de uma atração? Não tem. Quem curte experiência autêntica passa longe desses lugares (que costumo chamar carinhosamente de turistongos), que, de […]

Por Ludmilla Balduino
Atualizado em 27 fev 2017, 15h05 - Publicado em 21 jul 2016, 21h58

Para quem curte ter experiências autênticas em viagens, tem coisa mais chata do que se deparar com multidões de turistas, com suas máquinas fotográficas e sombrinhas e comentários bobos, acotovelando-se em todos os buracos de uma atração?

Não tem. Quem curte experiência autêntica passa longe desses lugares (que costumo chamar carinhosamente de turistongos), que, de tão explorados, já dizem quase nada sobre a cultura local.

Booking.com realizou uma pesquisa com 10 mil leitores e descobriu que dois terços deles sonham em viver uma experiência de viagens completamente nova. Baseados no resultado da pesquisa, o site de reservas de hospedagens selecionou 9 destinos que, justamente serem desconhecidos pelas multidões, podem oferecer vivências legítimas:

1. Recanati, Itália

Recanati,-Italy

Fundada há mais de mil anos, a cidadezinha medieval (na Itália, o nome dessas vilas é paesino) tem apenas 20 mil habitantes e é repleta de chiesas e palazzos (como toda cidade italiana). Recanati é carinhosamente chamada de “Cidade da Poesia” por ter nascido ali o poeta Giacomo Leopardi (UAAAAAARW). Arte é o que não falta por ali: além de o Museu Villa Colloredo Mels ter uma pinacoteca que exibe obras de arte renascentistas, o Museu Diocesano de Arte Sacra também tem uma exposição bem volumosa.

2. Jaisalmer, Índia

Jaisalmer,-India

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Localizada no Rajastão, Jaisalmer é apelidada de “Cidade Dourada” por sua arquitetura peculiar: as construções são maioritariamente feitas de pedras arenosas de cor dourada – de longe, parece até um grande castelo de areia, emergindo de uma planície da mesma cor. O forte da cidade é protegido por 99 bastiões (são essas paredes redondas da foto) – e dentro dele, há lojinhas – principalmente de bordados indianos – e um palácio real. Jaisalmer tem uma importância histórica de fazer qualquer historiador arrepiar-se de emoção: há 800 anos, a cidade funcionava como entreposto comercial na rota entre Oriente Médio, África e Europa.

+ Hotéis de luxo do Rajastão fascinam até mochileiros mais roots

3. Viljandi, Estônia

Viljandi,-Estonia

Se a Estônia já é um país mais tranquilo em relação às hordas de turistongos, a cidadezinha de Viljandi é mais tranquila ainda. Charmosa, a vila foi construída ao redor de um lago, em um vale, no século 13. Hoje, seus campos verdejantes, as ruínas dos castelos medievais e as construções históricas oferecem praticamente uma viagem no tempo. A cidade fica lotada em julho, quando ocorre um famoso festival de música folk.

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4. Aït-Ben-Haddou, Marrocos

Aït-Benhaddou,-Morocco

Essa cidade fortificada era ponto de descanso de caravanas de comércio que circulavam entre o Saara e Marrakesh. Desde 1987, o lugar é tombado como Patrimônio da Unesco e, por isso, há apenas quatro famílias tradicionais vivendo dentro do forte. A maioria dos habitantes moram em construções modernas nas vilas ao redor do sítio histórico. Ao visitar Aït Benhaddou, você pode ter a impressão de que já esteve por ali. É que o lugar já foi cenário para dezenas de filmes, como A Última Tentação de Cristo (1988), A Múmia (1999), Gladiador (2000) e Babel (2006).

5. Borobudur, Indonésia

Borobudur,-Indonesia

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Construído entre os anos 750 e 850, o complexo budista é o maior do mundo – compete com Angkor, no Camboja, e Bagan, no Myanmar. Ficou esquecido por séculos – principalmente por causa da expansão do islã na região – e foi restaurado pelo inglês Thomas Stamford Raffles. Em 1991, foi tomado como Patrimônio da Unesco. Durante a visita, que você vai fazer ao redor do santuário em sentido horário, repare nos detalhes esculpidos nas pedras: é de impressionar!

6. Uluru, Austrália

Uluru,-Australia

O maior monolito do planeta fica no meio do Outback, o deserto australiano, e é sagrado para a comunidade aborígene. Por isso, nada de escalar a rocha ao chegar ali. Mas você pode dar uma volta completa em torno da Ayers Rock (o nome ˜gringo˜ do Uluru) e entender a dimensão da coisa. Como é difícil chegar, não há muitos turistas no local. Para uma experiência completa, recomenda-se hospedar na região, em vez de fazer bate-e-volta de Alice Springs.

7. Barichara, Colômbia

Barichara,-Columbia

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Impossível não ter o coração arrebatado pela cidadezinha colonial incrustada nas montanhas colombianas, com suas casas de paredes brancas e telhados vermelhos, construídos há 300 anos e que são tão bem conservados que parecem ter sido erguidos ontem. A história da cidade tem tudo a ver com a cultura latino-americana: diz a lenda que em 1702, um fazendeiro viu a Virgem Maria no alto de uma pedra, dentro de sua propriedade. Os locais construíram uma capela para celebrar o milagre. Três anos depois, um capitão espanhol fundou a cidade de Villa de San Lorenzo de Barichara, inspirado na palavra indígena barachalá, que significa “lugar para relaxar”.

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8. Vézelay, França

Vézelay,-France

Aqui começa uma das inúmeras rotas do Caminho de Santiago de Compostela. Patrimônio da Unesco, a Basílica da cidade guarda relíquias de Santa Maria Madalena e, por isso, é um importante local de peregrinação. A cidade medieval de Vézelay foi fundada no século 12 e hoje é cercada por vinícolas, campos de girassóis e pastos verdinhos.

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9. Flores, Guatemala

Flores,-Guatemala

Essa cidade fica à beira do lago de água doce Petén Itzá e serve como base, para a maioria dos turistas, para visitar as ruínas maias de Tikal. Mas um bom mochileiro sabe explorar as ruas retas, pontilhadas por casinhas coloridas. A vista para as águas calmas do lago são convidativas para sentar-se nos terraços das casas com os locais e conversar sobre a riquíssima cultura guatemalteca, a América Latina…

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