Demônio da Garoa

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Meeeeu, cê vai ver que aqui tem de tudo um muito sobre esse mundo chamado São Paulo: restaurantes, botecos, baladas, eventos, praias, esportes… Vale tudo, menos catchup na pizza!
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Sampa superjaponesa: 4 esportes, 3 compras + 1 lugar incrível pra comer – é arigatô pra caramba!

De 18 de junho de 1908 pra cá, a colônia japonesa é algo tão paulistano quanto o Parque Ibirapuera, a Ladeira Porto Geral, a Cidade Universitária, o pão com mortadela. Enquanto julho/agosto não vêm com as cerejeiras do Parque do Carmo, eis esportes e compras em conta para mergulhar na cultura nipônica, além de um […]

Por Bruno Favoretto
Atualizado em 27 fev 2017, 15h10 - Publicado em 24 fev 2016, 13h48

De 18 de junho de 1908 pra cá, a colônia japonesa é algo tão paulistano quanto o Parque Ibirapuera, a Ladeira Porto Geral, a Cidade Universitária, o pão com mortadela.

Enquanto julho/agosto não vêm com as cerejeiras do Parque do Carmo, eis esportes e compras em conta para mergulhar na cultura nipônica, além de um restaurante, bem, esse já não é pra qualquer um, é daqueles lugares para se ir a cada ciclo olímpico, ou, claro, para quem não tem grandes problemas de saldo.

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O Shin-Zushi e suas especialidades aromáticas / Divulgação

Shin-Zushi
Esqueça o salmão. O peixe cor-de-laranja, onipresente em temakerias, bufês de churrascarias e afins, não desfruta desse prestígio todo no Japão. A despeito de minha idolatria pelo Jaspion nos anos 80, nunca fui ao Japão, está aí uma grande falha em meu currículo de viajante profissional.

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Quem me contou foi Bruno Leuzinger, ex-editor de gastronomia do Guia 4 Rodas, reproduzindo seu papo com Ken Mizumoto, sushiman deste que é um dos japas mais autênticos de São Paulo. “Lá, não o comemos cru por ter bactérias e vermes. É superdesvalorizado”, contou Ken Mizumoto ao Bruno Leuzinger.

Meu brother Leuzinger me relatou que Ken passou uma década no afamado Sushi Kan, em Tóquio, aprendendo as manhas do ofício com o mestre Hideaki Sawamoto. De volta em 2011, assumiu o restaurante da família, aberto em 1991.

Este Bruno que vos escreve não conversou com o Ken, mas comprovou a maestria do Shin-Zushi. A experiência fidedigna já começa no cardápio, todo escrito em ideogramas: é que 70% dos clientes pertencem à colônia.

O salão do Shin-Zushi tem 80 lugares, sendo 17 no balcão, onde são servidos os omakassês – menus-degustação servidos apenas no jantar, até 9 da noite, e que custam de R$ 280 a R$ 300 por cabeça (o mais caro inclui itens como ostras e vieiras fresquíssimas e bottarga japonesa).

Calma, dá pra gastar menos no à la carte: por R$ 110 provam-se 13 sushis.

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> Rua Afonso de Freitas, 169, Paraíso, 11/3889-8700

 

Esportes para soltar o braço no Bom Retiro

Estádio Municipal Mie Nishi, no Bom Retiro, tem aulas gratuitas de esportes inusitados para o brasileiro. É tudo de graça e há modalidades para todas as idades.

Para curtir todos estes esportes a seguir, bastam RG, duas fotos 3×4 e comprovante de residência. O endereço: Avenida Presidente Castelo Branco, 5446, Bom Retiro, 11/3221-5105.

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beisebol

Braço solto causa serotonina / Divulgação

Beisebol

Americanos e cubanos têm como intersecção a paixão por rebater. Mesmo que não entendam o que faz um catcher (receptor), homens e mulheres a partir dos 7 anos podem se aventurar. Há aulas durante a semana (o equipamento é fornecido), mas é desejável que os iniciantes debutem na sexta-soft, quando o time Giants está lá para ensinar.

Em tempo: não confunda esse Giants com aquele que disputa o futebol americano da NFL.

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> Seg/sex 9h/11h e 14h/16h

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A molecada do Giants, no Bom Retiro / Divulgação

Gatebol

Primo oriental do críquete inglês, é popular entre os idosos, que desferem tacadas numa bolinha, que deve passar por pequenos arcos. Olívio, o coordenador, conta que os praticantes começam às 7 da manhã. Rola de segunda a sexta.

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Para quem não conhece o gatebol, este trabalho explica bem:

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=-7RtZELgyU0?feature=oembed%5D

 

Softbol

Eis um beisebol simplificado: as regras são iguais, mas a dimensão do campo é menor e lança-se a bola, que é maior e mais pesada, por baixo, junto à anca. O povo se reúne de segunda a sexta das 9 às 11 da manhã e das 2 às 4 da tarde.

Este vídeo ocorreu em Mogi das Cruzes, onde a colônia japonesa também tem peso, mas vale demais pra ver que sempre é tempo:

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=KBaGTdLZ7rU?feature=oembed%5D

 

Sumô

O único espaço público fora do Japão dedicado exclusivamente à modalidade atende amadores robustos no sábado das 9 da manhã às 13 horas.

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O sumô comendo no Mie Nishi, no Bom Retiro / Divulgação

Fãs do E.Honda, isto é o campeonato brasileiro lá:

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=EXlXl3qPxCY?feature=oembed%5D

 

Compras na Liberdade

Pomona

Além de raladores e descascadores, vende mimos nipônicos de resina, como gueixas e kokehis, na faixa de R$ 30 a R$ 60.

> Rua Galvão Bueno, 174, 11/32077268

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As kokeshis, uma fofura / Divulgação

 

Marukai

Referência em quinquilharias orientais e comidinhas, tem bolinhos dim sum e popin cookin, doces japoneses para crianças fazerem.

> Rua Galvão Bueno, 34, 11/3341-3350

O popin cookin é versão evoluída do velho Kit Frit / Divulgação

O popin cookin é versão evoluída do velho Kit Frit / Divulgação

 

Casa de Velas Santa Rita

As prateleiras contêm artigos religiosos, mas há também molduras em gesso e bandejas em madeira fiorentina (de R$ 32 a R$ 67).

> Praça da Liberdade, 248, 11/3208-7022

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