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Roteirão da Rio-Santos: o que fazer entre Paraty e o Rio de Janeiro

Por fernandoeloi
Atualizado em 27 fev 2017, 14h36 - Publicado em 5 dez 2016, 19h12
Le Gite d'Indaiatiba: aqui come-se bem ao lado da Mata Atlântica e o marzão bem lá no fundão (foto: divulgação)
Le Gite d'Indaiatiba: aqui come-se bem ao lado da Mata Atlântica e o marzão bem lá no fundão (foto: divulgação) (/)
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Enfim, a última perna da viagem. Saindo de Paraty, a rodovia é bem suave e prazerosa – são 43 km de estrada quase plana, pouco sinuosa e sem trânsito. Se o mar raramente é avistado, a Mata Atlântica bate ponto com força.

Uma boa pedida para curtir a natureza com o marzão bem ao fundo é se embrenhar mata adentro. No km 558 a placa Graúna serve como senha. Entre à esquerda e siga por quatro quilômetros até o Le Gite d’Indaiatiba: um restaurante franco-africano-brasileiro no meio da Serra da Bocaina com uma vista bem maneira. Se preferir, enquanto espera pelo prato, também pode tomar um banho de cachoeira na propriedade.

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Le Gite d'Indaiatiba: aqui come-se bem ao lado da Mata Atlântica e o marzão bem lá no fundão (foto: divulgação)

Le Gite d’Indaiatiba: aqui come-se bem ao lado da Mata Atlântica e o marzão bem lá no fundão (foto: divulgação)

De volta a Rio-Santos, noveleiros de plantão podem parar em Tarituba para conhecer a praia em que Tonho da Lua (Marcos Frota) esculpia imagens da areia no remake global de Mulheres de Areia.

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Mambucaba divide Paraty de Angra dos Reis e aqui a característica da rodovia se modifica: o mar volta a dar às caras, assim como as curvas. Ao menos nos 15 km até Itaorna, sede da temível Usina de Angra – coincidência das coincidências, em tupi, o nome da praia significa pedra podre.

Depois de Itaorna e até a entrada principal de Angra, o Atlântico tem aparições esporádicas (já conseguimos ver a Ilha Grande), a serra perde um pouco de sua força e o que mais vemos são vilas urbanizadas, trânsito e muitos condomínios.

A Ilha Grande não cansa de mostrar sua cara em um longo trecho da Rio-Santos (foto: Felipe Goifman/iStock)
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A Ilha Grande não cansa de mostrar sua cara em um longo trecho da Rio-Santos (foto: Felipe Goifman/iStock)

Mas você dirige pela Rio-Santos e eu afirmei lá no primeiro post que rodovia costeira brasileira não há igual. Ela volta a ter trechos de regozijo nos 70 km entre Angra dos Reis e Itacuruçá, num trecho que briga com a parte sul de São Sebastião e a norte de Ubatuba pelo mais belo da estrada. Parte do sinuoso traçado fica no meio da montanha (muita atenção em dias chuvosos com os deslizamentos) e o mar está quase sempre ao lado, trazendo a imponente Ilha Grande ao fundo. Para melhorar faltava só um mirante no meio do caminho.

Fato é que três resorts estão instalados nesse trecho da costa: Porto Real Resort, Club Med Rio das Pedras e Portobello Resort & Safari, todos em Mangaratiba.

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Como as praias continentais de Itacuruçá são bem movimentadas, considere fazer um passeio de barco pelas ilhas de Itacuruçá e Jaguanum

Uma boa e uma má notícia pós-trevo de Itacuruçá. A partir daí a estrada é duplicada (eba!!), mas perde completamente o encanto (ahhhh!!). Fique atento logo após o Km 390, você terá que tomar uma importante decisão: ao lado de um posto BR, há uma placa indicando Barra à direita. Você pode ignorá-la e seguir reto pela Avenida Brasil e, em uma hora, alcançar o Centro do Rio de Janeiro. Mas como sei que você, assim como eu, gosta de caminhos bonitos, não terá receio em atravessar a labiríntica Santa Cruz e entrar no Rio, via Barra da Tijuca.

Ao ver a Prainha, você verá que valeu a pena fugir da Avenida Brasil (foto: Pedro Kirilos/Riotur)
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Ao ver a Prainha, você verá que valeu a pena fugir da Avenida Brasil (foto: Pedro Kirilos/Riotur)

Em Barra de Guaratiba, você pode conhecer o Sítio Roberto Burle Marx e ainda comer um rodízio de frutos do mar na orla. Seguir pela bucólica estradinha de Grumari e da Prainha até atingir a Barra da Tijuca. E fechar com chave de ouro pelo Elevado do Joá e o costão da Avenida Niemeyer, chegando no Leblon.

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