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O que fazer em Penha além do Beto Carrero World

Região de colonização açoriana guarda belas praias e um representativo museu sobre a vida marinha

Por Fernando Leite
Atualizado em 9 jan 2019, 15h18 - Publicado em 16 fev 2018, 17h23
Praia Vermelha, em Penha: protegida pela mata e selvagem em sua maior parte (Santur/Divulgação)
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Atualizado em janeiro de 2019

Maior parque temático brasileiro, o Beto Carrero World atrai uma multidão para Penha nos dias em que está em funcionamento. Os hotéis, principalmente os próximos ao parque, ficam lotados e vem muita gente de fora para um bate-volta bem intenso. Uma pena, pois há dois fortes motivos para aproveitar melhor a região: conhecer o Beto Carrero em apenas um dia é uma correria insana e Penha tem um pouco mais a oferecer além do parque. Listo aqui cinco bons motivos para estender sua permanência por lá.

1 – Praia Vermelha

Praia Vermelha na cidade de Penha, Santa Catarina
Praia Vermelha está entre as mais preservadas de Penha, em Santa Catarina (Wagner ROCHINK / Flickr / rochink/Flickr)

Próxima ao Beto Carrero Word, tem acesso por uma estrada de terra de 2 km que fica bem complicada em dias chuvosos. Na chegada à praia, você vê algumas casas, o estacionamento e um único quiosque. As construções param por aí. Basta seguir um pouco para a esquerda e descortina-se uma praia quase selvagem, dividida por pequenos costões e cercada de muita mata. Além de outros poucos banhistas, o máximo que se encontra são pescadores. O mar aberto e as ondas violentas não são muito convidativas ao mergulho, mas a beleza cênica faz valer o esforço.

Voltando para a estrada e virando à direita, o Mirante da Praia Vermelha proporciona um dos grandes visuais do litoral catarinense, conseguindo ver as distantes Itapema, Porto Belo e a Reserva do Arvoredo. Só a Praia Vermelha propriamente dita tem a vista ofuscada pela mata.

Distância do Centro: 8 km

2 – Praia do Lucas

Caminhando pelas pedras do costão direito da Praia Vermelha, em 10 minutos, alcança-se a Praia do Lucas, completamente deserta e com ondas tão fortes quanto a praia vizinha. Apesar das pedrinhas e conchas, caminhar pela faixa de areia é uma delícia.

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No fim da orla sai uma trilha que leva até uma rara cachoeira que praticamente deságua no mar. Porém, quem espera encontrar uma queda volumosa, esqueça. É diminuta mesmo. Vale mais pela curiosidade.

Distância do Centro: 8 km

3 – Praia da Saudade

Ao fundo, a Ilha Feia compõe o cenário dessa praia levemente urbanizada bem próxima ao Centro de Penha. Também conhecida como Prainha, o mar de águas claras é agitado em quase todos os pontos. A exceção é o canto esquerdo, que, por ser protegido por rochas, tem águas mais mansas, ideais para quem está com crianças. Tanto que leva o sugestivo nome de Bacia da Vovó.

Distância do Centro: 1 km

4 – Museu Oceanográfico Univali

Piçarras – Museu Oceanográfico Univali – divulgação
A coleção de raias é um dos recordes do Museu Oceanográfico Unicali, em Balneário Piçarras (Divulgação)
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A atração fica em Balneário Piçarras, município separado de Penha apenas pelo Rio Piçarras, mas seus números superlativos justificam sua presença.

Não espere por um aquário tão em voga nos dias atuais (embora haja tanques com animais). Em uma isolada construção de quatro andares estão a maior coleção de tubarões e de raias do mundo, com quase 10 mil espécies, a maior coleção de tartarugas marinas da América do Sul, o mais lauto acervo de conchas do Brasil. Ou seja: o maior museu oceanográfico da América Latina.

Reserve ao menos duas horas para adentrar no universo dos oceanos, com ossadas de animais, espécies empalhadas e uma exposição sobre a exploração marítima.

Onde fica: Avenida Sambaqui, 318 (Santo Antônio, município de Balneário Piçarras)

Distância do Centro (Penha): 6 km

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Horário: diariamente, das 14h às 18h

Ingresso: R$ 30

Informações: 47/3261-1287

5 – Restaurante Pirão d’Água

Comidas típicas do Sul - Cozinha açoriana
A simples e saborosa culinária açoriana é a especialidade do restaurante Pirão d’Água, em Penha (Divulgação/Viagem e Turismo)
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Quando os espanhóis invadiram a Ilha de Santa Catarina (hoje Florianópolis) em 1777, parte da população açoriana foi se abrigar no litoral norte do estado. Penha foi uma das cidades fundadas por eles. O restaurante Pirão d’Água é um dos últimos redutos da culinária açoriana no país. A influência indígena daqui colocou a tapioca e mandioca dentro das receitas açorianas, famosas pelos peixes e mariscos. Ao chegar ao restaurante de ambiente simples e coloridos, os comensais recebem uma porção de biju de tapioca e uma dose de consertada (uma bebida feita com cachaça e ervas). Não recuse, pois os pratos principais, que servem a duas pessoas com fartura –  costumam demorar um bocado.

A grande estrela é o pirão d’água, feito apenas com água e farinha de mandioca, acompanhado de postas de peixe frito, suas ovas e banana frita. Há outras versões do pirão: a de feijão vai à mesa com ensopado de peixe, camarão grande e purê de mandioca. Leve dinheiro, pois o restaurante não aceita nenhum tipo de cartão.

Onde fica: Avenida São João, 954 (Armação)

Distância do Centro: 7 km

Horário: de terça à sábado das 13h à 23h e de domingo, das 13h às 16h. Fechado às segundas-feiras.

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