Verão em Barcelona: ir à Festa Major de Gràcia é…

Os correfocs: a rapazeada, vestida de diabo, solta fogos de artifício no meio da multidão, ao som de tambores
Resuminho rápido para quem não sabe do que se trata: Na Espanha, praticamente todas as cidades comemoram a sua “Fiesta Mayor” — uma semana em que tudo para e todos bebem e festejam, algo assim como um carnaval. Em Sevilha, celebra-se a Feria de Abril. Em Pamplona, Los San Fermines. E por aí vai. Como Barcelona começou como um pueblo (o que hoje em dia é o Bairro Gótico) e foi engolindo os vilarejos ao seu redor, alguns bairros que já foram municípios independentes ainda celebram as suas festas. É o caso de Gràcia, o reduto hippie-boêmio-intelectual-catalanista da cidade, cuja festança é a mais famosa e badalada de toda a cidade.
Na prática, ir à Festa Major de Gràcia é…
Mergulhar na cultura catalã. No reduto mais “catalanista” e independentista de Barcelona, as festas são comemoradas com danças típicas, castellers (uma competição maluca em que se montam “torres” humanas), música local (ai meus ouvidos…), correfocs (na foto) e a menor quantidade de palavras emitidas em castelhano possível.
Ter em mente que o seu corpo deve estar preparado para assimilar altas doses de álcool entre os dias 15 e 21 de agosto…
E que a sua bexiga terá que dar vazão a tudo isso em banheiros químicos infectos ou depois de muita fila dentro dos bares.
Descobrir que 90% da população mundial com dreadlocks fora da Jamaica mora em Barcelona – ou melhor, em Gràcia.
Passear pelas ruas impressionantemente decoradas pelos moradores com materiais reciclados.
Encontrar todos os seus amigos que você não via há séculos.
Participar das degustações e confraternizações entre os moradores comendo pela rua: paella, sardinha, churrasco, caracoles, etc etc etc.
Tentar entender qual é a causa da rebeldia (se é que há uma) dos idiotas que brigam com a policia e queimam os containers de lixo todos os dias durante a festa, depois que a programação oficial se encerra às 3 da manhã.
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