Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Vale a pena ir do aeroporto ao centro de Barcelona com o novo metrô?

Depois de anos de espera, o trecho da L9 que chega até os terminais 1 e 2 de El Prat (a L9 Sud) foi inaugurado em fevereiro sem grande alarde

Por Adriana Setti
Atualizado em 26 set 2019, 15h09 - Publicado em 3 jun 2016, 07h39
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Metrô até o aeroporto, finalmente

O dia em que o metrô de Barcelona finalmente chegaria ao aeroporto era tão aguardado por aqui, que imaginei que as pessoas iriam às Ramblas para comemorar, como acontece com as vitórias do Barça. Mas não. Depois de anos de espera, o trecho da L9 que chega até os terminais 1 e 2 de El Prat (a L9 Sud) foi inaugurado em fevereiro sem grande alarde – ao chegar da África, confesso que nem notei as indicações ao desembarcar. E ao invés de celebrar, o que mais se viu por aí foi gente reclamando da novidade. Fiquei bem quietinha até agora porque ainda não havia tido a oportunidade de testar. Mas fui ao aeroporto de metrô na semana passada e eis aqui o meu relato.

Por que tanto mimimi?

Para entender o motivo das reclamações basta olhar o mapa do metrô (clique aqui para ver ampliado). A L9 Sud não apenas começa em uma estação afastada do centro (Zona Universitária) como faz um ziguezague até chegar ao aeroporto. O trajeto de ponta a ponta demora cerca de uma hora. Para quem está no Centro – onde grande parte dos turistas se aloja – o caminho mais “rápido” é ir até a parada de Torrassa com a linha 1, que conecta com a L9. Isso demora uns 25 minutos, aos quais é preciso somar mais uns 45 pela linha nova até o aeroporto. Ou seja, em termos de tempo não vale a pena ir de metrô, uma vez que o ótimo Aerobus, que passa a cada 5 minutos pela Plaça Catalunya (e em outras paradas centrais) demora uns 40 minutos para chegar à porta do terminal – quase meia hora a menos do que de metrô!

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Ou seja, tudo depende de onde será o seu ponto de partida

Saí de casa às 9h30. Como moro na frente da estação Hospital Clinic (ou seja, uma posição bastante privilegiada para acessar a L9) demorei uns 10 minutos para chegar a Collblanc, onde rola uma espécie de viagem às profundezas da terra: é preciso descer uns oito andares de escada rolante até a plataforma da L9 (de elevador é muito mais rápido)! Tudo é novo, bem feito e moderno. Com um T10 à mão, (o bilhete que dá direito a 10 viagens de metrô e ônibus) entrei direto no trem da L9 rumo ao aeroporto. Uma vez lá dentro, reparei nos avisos que dizem que esse tipo de passe não dá direito a ir até o terminal – bem como a passagem simples. Se você comprou algum passe turístico, como o Hola Barcelona ou o T-DIA, não precisa se preocupar. Caso contrário, é preciso comprar o tíquete para o aeroporto, o que você também pode fazer ao SAIR do trem (ufa!). Mas a possibilidade de adquirir o bilhete ao chegar ao terminal não está muito clara nos avisos. A prova é que um monte de gente não sabia muito bem o que fazer ao sair do vagão. Mas é simples. As máquinas estão à esquerda, antes das catracas, e o tíquete custa € 4,50 (€ 1,40 mais barato que o Aerobus).

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20160523_095715Ups! Nem todos os passes dão direito ao trecho que vai até o aerporto, mas você pode comprar o bilhete certo ao sair do trem.

A primeira parada no aeroporto é no T2, para companhias low cost. E o ponto final é o T1, de onde partem os voo internacionais e também os da Vueling e Iberia. Da estação de Collblanc ao T1 o trajeto demora uns 50 minutos. Ao sair do trem, é preciso subir ao andar de partidas para chegar até o check-in (uns 7 minutos de caminhada). Entre conexões e deslocamento, demorei um pouco mais de uma hora para chegar ao balcão. Ou seja, mesmo estando extremamente bem posicionada em relação à L9 Sul, gastei o mesmo tempo que para ir de Aerobus. Mesmo assim, acho muito vantajoso, uma vez que o metrô não está sujeito ao trânsito e, pelo menos por enquanto, é muito mais vazio do que o Aerobus. Num dia em que o aeroporto estava explodindo de gente como nunca vi, o metrô veio quase vazio.

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