Um drinque por 3 mil dólares: tem coisas que só Dubai pode fazer por você. A bebida surrealista, que leva rum, suco de limão, cointreau envelhecido e ouro em pó, é servida no hotel 7 estrelas Burj Al Arab. Extravagâncias de outras galáxias desse naipe podem fazer parte das mil e uma noites em Dubai. Ou não. Ainda que flanar pelo emirado em alto estilo definitivamente não seja para qualquer um, há uma luz no fim do túnel para orçamentos menos nababescos. Vai por mim:
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18h – Fontes dançantes do Burj Al Khalifa
Faz parte do espírito de Dubai assistir o maior show de fontes dançantes do mundo, na frente do maior shopping do mundo que por sua vez fica embaixo do edifício mais alto do mundo. Elas borrifam jatos d’água ritmados e iluminados na piscina-lago que cerca o arranha-céu supremo Burj Al Khalifa a partir das 17h45, a cada meia hora. Mas enquanto a classe média se espreme na calçada em frente ao Dubai Mall e os chineses navegam de barquinho no piscinão (US$ 18 por pessoa), você pode reservar uma mesa no belíssimo terraço do restaurante Abd el Wahab, no terceiro andar do Souq Al Bahar, de camarote para as fontes. Por cerca de US$ 35 você sairá satisfeito e pode até tomar uma cervejinha a US$ 7 – uma pechincha para os padrões de Dubai.
21h – Um drinque no Burj Al Arab (o hotel da vela)
Conhecer o delirante Burj Al Arab – supostamente o hotel mais luxuoso do mundo – é algo absolutamente indispensável para quem vai a Dubai. Nem o mais potente alucinógeno seria capaz de fazer você enxergar um caleidoscópio tão delirante de cores e formas, que ultrapassam com louvor a barreira da breguice e se estabelecem num patamar nunca dantes navegado. Nem Salvador Dalí, Donatella Versace e todos os carnavalescos do Salgueiro juntos seriam capazes de conceber o sofá em forma de língua que abre alas na recepção, a fonte dançante indoor, as paredes forradas de aquários e a profusão de colunas estapafúrdias que adornam o lobby. Reserve uma mesa no Skyview Bar (o segurança checará o seu nome numa lista ao passar pela portaria de táxi) e corra para o abraço. Nem adianta beber leite porque a consumação mínima por pessoa é de US$ 90. Os drinques mais básicos custam cerca de US$ 35 (Uh! Tererê!) e o mais caro sai pela alucinante bagatela de 3 mil dólares. Desce dois! Desce mais! Ver isso estampado no cardápio só não foi a coisa mais impressionante da noite porque algumas russas presentes superaram tudo o que eu já tinha visto anteriormente em termos de penteados aparatosos e modelitos carnavalescos.
23h – Balada no 360o do Jumeirah Beach Hotel
Se você estiver vestido para matar e fizer cara de quem pode, ninguém vai perguntar nada: peça a um dos porteiros do Burj Al Arab que chame o carrinho de golfe que circula pelo complexo (para os hóspedes, claro). Eis a melhor maneira de chegar no 360o . Como o nome sugere, o lugar é um restaurante/bar/club redondo e no meio do mar, com a vista mais incrível para a “vela” do Burj Al Arab. Para dançar, badalar, paquerar, rodar bolsinha e até beber sem tanta culpa (por uns US$ 12 você descola um drinque). Quem não for muito da night pode passar lá no fim da tarde ou aproveitar o badaladiííííssimo brunch às sextas-feiras (que é o sábado de Dubai), das 12h30 às 16h, por US$ 150. É open bar e o povo lambe a calçada com força.
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