Achados

Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Um albergue roots e barato numa ilha paradisíaca em Fiji

Alguns posts atrás, falei sobre o sistema de classificação (veja abaixo) dos albergues e resorts das ilhas Yasawas e Mamanucas, o destino bom e barato do arquipélago de Fiji (clique aqui para ler o post). No imbatível Blue Lagoon Resort, que descrevo neste post, meu quarto estava cotado com “dois coquinhos”, o nível médio de preço […]

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h21 - Publicado em 27 abr 2015, 20h32

Alguns posts atrás, falei sobre o sistema de classificação (veja abaixo) dos albergues e resorts das ilhas Yasawas e Mamanucas, o destino bom e barato do arquipélago de Fiji (clique aqui para ler o post). No imbatível Blue Lagoon Resort, que descrevo neste post, meu quarto estava cotado com “dois coquinhos”, o nível médio de preço e de conforto. Depois que saí de lá, me aventurei alguns dias num esquema mais roots, no Barefoot Manta Island, onde fiquei hospedada numa choupana com banheiro compartilhado, classificada com um coquinho. O preço era US$ 58 por pessoa, com todas as refeições incluídas.

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A ilha

A ilha de Drawaqa é dos cenários mais espetaculares das Yasawas. O litoral super recortado faz com que o resort esteja cercado de três praias diferentes e perfeitas. De manhã, o ventinho chama para a praia do sol nascente. À tarde, o povo migra para o lado oposto para ver o pôr do sol. A areia é levemente dourada e o mar é azul-esverdeado. O snorkel bem na frente da praia nascente é simplesmente sensacional. Dá pra ver até alguns pequenos tubarões e, na época certa (junho a setembro), arraias-jamantas majestosas nadam no canal que separa Drawaqa da ilha vizinha – observar esses animais de perto é uma experiência de vida. A ilha ainda tem um bom centro de mergulho com cilindro, caiaques para alugar e atividades simpáticas como aprender a abrir coco com as mãos, aulas de cozinha tradicional, caminhadas, corrida de caranguejo (juro!)…

 

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Praia do poente

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Sente a cor da água da praia do poente

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Praia do nascente, com ventinho garantido o dia todo

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Caiaques enfileirados e, no fundo, o barco do centro de mergulho

O astral

A ilha é o suprassumo do climão mochileiro, com muita gente bem jovem de N nacionalidades diferentes. Havia alguns casais, mas predominavam as turminhas de solteiros. Mesmo assim, não era uma ilha da balada. Rolava uma certa azaração mas, como quase tudo por ali, o ritmo era beeem slow motion. Já disse que falar que o staff era uma doçura é pura redundância em Fiji. Mas era… e como era.

 

A choupana

O esquema é Robson Crusoe. De 0 a 10, o seu nível de frescura precisa ser no máximo 3 para que você consiga  se alojar aqui (e nas demais acomodações classificadas com um coquinho nas Yasawas). Eu consigo chegar a esse nível de desprendimento quando a choupana em questão é pé na areia, numa praia maravilhosa. E este é exatamente o caso. Paredes de palha, chão de cimento, janelas toscas de madeira (sem tela), ventilador antigão e uma cama decente com lençol limpo. E é só. Até havia mosquiteiro, mas ele era muito menor do que a cama. Então preferimos transformá-lo numa rede de contenção para cocôs de lagartixa, que caíam do teto com certa frequência. Ainda assim… Se não fosse o fim da minha viagem eu já não estivesse tão falida, certamente teria ficado numa das simpáticas tendas de lona com terracinho e banheiro (que atendem pelo nome exageradíssimo de “luxury suites”) – uma espécie de glamping para mochileiros. Nesse caso o preço subia para US$ 115 por pessoa.

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Eis a choupana: cama boa, parede de palha, janela “rústica” e mosquiteiro para proteger do cocô das lagartixas

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A pia do banheiro tem seu charminho, não?

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A “casinha” dos chuveiros (a dos WC eram iguais)

 

O banheiro

Cada grupo de acomodação tinha sua própria “casinha”. Como eram poucas choupanas, nossas três privadas e três chuveiros davam conta do fluxo. Mas ir até ali resolver as pendências diárias não eram os melhores momentos do dia, devo dizer. O gerador só funcionava à noite e, durante o dia, os cubículos ficavam bem escuros (e cheios de pernilongos). Para sobreviver a esse banheiro, o nível de frescura tinha que baixar para o 2.

 

A comida

A comida foi tipo…. montanha-russa. Teve seus momentos altos e outros bem baixos. Os altos: o churrasco tradicional fijiano (lovo) e um bufê de almoço com várias saladas gostosas. Nas demais refeições, a comida era repetitiva, sem gosto e não muito farta. Tive que devorar alguns amendoins e bolachas no meio da tarde, confesso. Havia hora para as refeições, como num acampamento de escola – e quem chegava atrasado corria o risco de ficar na roubada. Isso tinha um lado bom: a interação entre as pessoas, que era ainda mais estimulada pela  conexão à internet super restrita (caríssima). Fiz bons amigos por lá e me diverti um bocado. Mesmo comendo mal e tendo meus momentos de agonia no banho no escuro.

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O restaurante super charmosinho ao ar livre

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Mais uma do restaurante ao ar livre

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Às vezes o almoço também era servido nessa lindeza de cenário

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O staff jorrando simpatia. Ah… Fiji…

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Preparando as folhas de coqueiros para enrolarem a comida na preparação do lovo, o churrasco fijiano

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