Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Testei um exemplar da rede butique low-cost Room Mate, na Espanha

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h50 - Publicado em 31 out 2011, 16h39

O papel de parede ultra tchans tenta desviar as atenções (mas não consegue)

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Outro ângulo da cama: papel de parede e cabeceira estilosos ao lado das luminárias que provavelmente vieram de herança do antigo hotel

Sou fã de carteirinha dos hotéis Room Mate, pioneiros da febre “butique de baixo custo” que se espalhou pelo mundo e tornou as nossas viagens mais baratas e confortáveis na última década. Mas confesso que andava com um pé atrás: em poucos anos, eles se multiplicaram. Hoje em dia são dez hotéis só na Espanha e mais filiais na Cidade do México, em Miami, Nova York, Buenos Aires… Estariam eles mantendo o mesmo padrão de qualidade? Ou estariam aproveitando o sucesso da marca para crescer sem muito critério?

O hotel Marco, de Oviedo (na região de Astúrias, norte da Espanha), é a prova de que os meus temores têm fundamento.

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Antes de falar dos pontos fracos, que fique bem claro: colocando a experiência de Oviedo na balança, eu ainda recomendo o hotel e acho que o custo benefício (€ 79 euros para um casal ou um single, com café da manhã) é ótimo. O staff é ultra simpático e prestativo (pude fazer check-in duas horas mais tarde de graça e contar com a ajuda deles para organizar os seguintes passos da minha viagem), a localização é perfeita (no centro antigo), o café da manhã é excelente e servido até meio-dia e o quarto é confortável e bonitinho.

Amenities bacaninhas segurando a onda do banheiro meio capenga

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Agora a parte ruim. Ao contrário das unidades que já conhecia (a de Barcelona e as de Madri), o design é apenas uma fina capa de maquiagem. O Room Mate de Oviedo aproveitou as instalações do antigo e decadente hotel Claris e isso se nota aos dois minutos do primeiro tempo. As poltronas estilo “caixão do drácula” do lobby até fazem alguma graça (o design impactante é uma das marcas da rede), mas o piso, os móveis secundários, o corrimão da escada e muitos outros detalhes ainda têm pinta de velhos.

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A TV de museu: e não me venha dizer que é vintage!

No quarto (que estava comum certo cheiro de cigarro, o que considero um absurdo nos dias de hoje), a coisa piora. Nem o carpete e o papel de parede ultra “cheguei” conseguem desviar a atenção para o fato de cama, mesas de cabeceiras e escrivaninhas terem sido recauchutados com uma camadinha de tinta. Para piorar, a TV de tubo é coisa de museu (e não venha me dizer que é vintage!) e o banheiro está meio caidão, assim como as portas, os batentes, as tomadas…

Tudo isso para dizer que, da próxima vez em que for fazer uma reserva em um Room Mate cegamente, dê uma checada no Trip Advisor. No caso do hotel de Oviedo, as críticas ressaltavam justamente o ar decadente que resistiu à reforma. Mesmo assim, eu quis checar com os meus próprios olhos.

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