Romênia: o que você precisa saber antes de ir
Quem vai gostar?
Se você já conhece os grandes hits da Europa (França, Itália, Espanha etc) e está em busca de algo diferente, recomendo a Romênia (e, especificamente, a Transilvânia) do fundo do coração. As pessoas são amáveis, as cidades são tranquilas e seguras (com exceção de Bucareste, que tem os problemas de qualquer cidade grande), a comida é boa e os cenários são incríveis. Ainda que se identifique nas paisagens e na arquitetura aquilo que costumamos chamar de “ares europeus”, a atmosfera é bastante diferente da que se respira na parte ocidental do Velho Mundo. Para mim, estar ali foi um sopro de renovação: é Leste profundo e na veia.
Quando ir?
A menos que a ideia seja esquiar (algo que você pode fazer nos arredores de Brasov), evite os meses mais frios (novembro a março). Neva furiosamente, as estradas podem ser interrompidas e você vai penar para estar ao ar livre. Como em todos os países que padecem invernos rigorosos, a Romênia é uma alegria só quando faz calor. Mas ainda que em Bucareste faça bastante calor no verão, a Transilvânia sempre é um pouco mais fresquinha.
Como chegar lá?
Não há voo direto desde o Brasil. Mas há voos para Bucareste de todas as principais cidades europeias. Ou seja, está longe de ser o fim do mundo. De Barcelona, por exemplo, peguei um voo de 3 horas pela low cost Wizz Air.
Quanto custa?
Eis mais um bom motivo para ir. Ainda fora da zona euro, a Romênia é muito mais barata do que a Europa Ocidental. Em Bucareste, um bom hotel custa €50. No interior (Transilvânia), a média desce para uns €30. Come-se divinamente com €15 por cabeça. E quem quiser economizar, ficando em pousadinhas mais simples e comendo em restaurantes baratos, pode gastar até a metade.
Como se locomover no país?
Há trens entre as principais atrações da Romênia. Você pode fazer, por exemplo, o trecho Bicareste – Sinaia (Castelo de Peles) – Brasov – Sighisoara – Sibiu de trem. Os trens são mais lentos e, vira e mexe, você vai ter que fazer conexões. Mas você chega lá. Para quem pode, alugar um carro é uma forma mais ágil de conhecer o país e com a vantagem de poder curtir atrações extra como a estrada Transfagarasan, por exemplo.
Como se locomover em Bucareste?
Dirigir em Bucareste é insano, por causa do trânsito medonho. Sair da cidade depois de ter alugado o carro foi um pequeno tormento. Pegar táxi em Bucareste também não é uma maravilha: a grande maioria dos motoristas sempre tentam levar uma e cobrar a mais. Solução? Hospedar-se no centro e fazer tudo a pé e de metrô, algo totalmente viável.
É unanimidade que os taxistas do aeroporto são terríveis (como em muitas partes do mundo). Para fugir de suas garras malignas contratei pela internet o serviço da Bucharest Airport Transfer. Custou 17 euros (que só paguei no final), o carro era novinho e o motorista, ultragentil e fluente em inglês (ele também era moreno de olhos verdes, mas isso não é exatamente relevante), estava no aeroporto com uma plaquinha com o meu nome pontualmente a 1h da matina, como combinado.
Como são as estradas?
Bem mais ou menos, para os padrões europeus – mas nada que possa assustar minimamente a um brasileiro. Os arredores de Bucareste são cobertos por autopistas muito boas. Mas a Transilvânia é inteirinha feita de pistas únicas e muitas, muitas e muitas curvas. Também há inúmeros trechos em obras atualmente. De Sibiu a Sighisoara pegamos a estrada interrompida por obras pelo menos dez vezes. Também há muitos caminhões circulando, o que torna os trechos de serra super lentos. Paciência, leitor, paciência.
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