Demorei a conhecer o Semproniana porque não foi fácil entender que era um restaurante. O nome, convenhamos, é bem estranho. Tanto que o site do estabelecimento empenha exatas 14 linhas em explicá-lo: Semproniana é o nome de uma suposta vila romana que teria existido nos arredores de Barcelona, blablabla. Ah, tá…
Além do mais, não há mesas à vista, só algumas lindas poltronas, que compõem um ambiente que mais parece uma sala de espera (apesar de muito bonito). E para completar, ele ocupa o lugar onde um dia funcionou uma editora de livros e mantem a placa original (onde se lê “editorial”) em sua comissão de frente. Enfim, um legítimo escondidinho.
O ar de mistério faz com que a surpresa ao entrar no salão, ao qual se tem acesso por um corredor estreito, seja ainda maior. As mesas são bem espaçadas e o aconchego é total. As paredes são pintadas em cores alegres e enfeitadas com objetos originais, como molduras de quadros (sem imagens) e tapeçarias. O chão é de mosaico colorido e as cadeiras são diferentes umas das outras.
O menu é 100% mediterrâneo e bem equilibrado, com ótimas opções de peixe e carne, além de massas e invenções criativas: clique aqui para ver a carta completa.
Tudo o que pedi estava bom. O que não pedi também: um petisco de alho e conserva, assustador ao princípio, mas que revelou-se gostoso e suave, até para quem tem uma sensibilidade a mais a esse condimento (tipo eu).
De entrada, fui de creme de caranguejo com cogumelos, uma mistura improvável (da chamada cozinha “mar e montanha”), mas acertadíssima. E como prato principal provei o atum com limão, mel e amendoins picantes, envoltos numa deliciosa casquinha de wasabi. De sobremesa, uma seleção de queijos excelente com geleias caseiras. Nhami!
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