Quando viajar leve vira um estilo de vida
Menos coisas, mais experiências. Consumir menos, viajar mais. Menos gastos, mais liberdade. Ter menos, ser mais.
A pandemia está fazendo aniversário e, a essas alturas, seus efeitos de longo prazo em nossas vidas já são extremamente claros. Se um ano atrás o papo de que “repensaríamos nosso lifestyle” parecia exagero de futurólogo, hoje é a realidade. Quantas pessoas que você conhece resolveram aproveitar as novas possibilidades de trabalho remoto pra fugir da cidade? Eu sou uma delas.
Depois do confinamento total que tivemos aqui na Espanha, de março a junho, resolvi passar o resto de 2020 em uma ilha. E o que era um plano para daqui a uns 10 anos acabou sendo antecipado. Neste momento, estou desmontando a minha casa em Barcelona. A partir de maio, Menorca será minha base. E, nesse processo, pretendo me desfazer da metade de tudo o que tenho, ou mais, pra viver mais leve e ficar ainda mais “portátil”.
Tento ser mais minimalista há vários anos pelo simples fato de facilitar a minha vida seminômade. Alugar o apê onde moro quando viajo, por exemplo, só é possível porque consigo colocar todas as minhas roupas em duas ou três malas. Ao mesmo tempo, consumindo menos consigo juntar dinheiro para passar boa parte do tempo viajando.
Agora, estou pronta pra passar de fase e radicalizar no desapego, transformando o maravilhoso hábito de viajar leve, só com mala de mão, em um estilo de vida. É uma questão matemática. Menos bagagem, menos perrengue. Menos coisas, mais experiências. Consumir menos, viajar mais. Menos gastos, mais liberdade. Ter menos, ser mais. Daqui a dois meses, quando o caminhão de mudança entrar no ferry boat, conto pra vocês como foi esse processo.