Escrevo estas palavras em condições sub-humanas, espremida no banco do meio de um decrépito avião da Wizz Air, uma versão húngara da RyanAir, a companhia que todos amam odiar. Não sinto mais as minhas pernas (sobre as quais apoio o laptop já que a minha mesinha está quebrada), mas estou feliz. Daqui a uma hora, se tudo der certo, estar pousando num lugar onde nunca imaginei estar: Bucareste, a capital da Romênia.
O motivo é nobre: um casamento da Transilvânia, de um amigo gaúcho. Na “falta” de mulheres aceitáveis em Porto Alegre, ele foi buscar o amor no Leste Europeu profundo. O casal se conheceu na Nigéria, mora atualmente em Roterdã, na Holanda, e vai se casar no quintal do conde Drácula. Viva o amor. Viva a globalização. E viva a maldita Wizz Air, que me permite ir até os confins do Leste Europeu pagando só 120 euros, ida e volta.
Tenho chão pela frente. De Bucareste serão pelo menos quatro horas serpenteando pelas montanhas do interior do país até chegar a Sibiu. Diz o moço sentado aqui do meu lado (um romeno que fala português e morou em São Paulo – viva de novo a globalização!), com o cotovelo no meu rim direito, que Sibiu é a cidade mais bonita do país. Isso, e mais a perspectiva da experiência cultural incrível que é estar num casamento num país tão distante, me deixam incrivelmente animada.
Torçam por mim. Assim que puder, mando notícias.
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