Golpe baixo. Em plena sexta-feira pré feriadão de Réveillon, aproveitando o bom humor generalizado, o governo brasileiro anunciou o aumento do IOF (imposto sobre operações financeiras que também incide sobre compras no exterior) de 0,38% para 6,38% para transações com cartões de débito (que permitem sacar diretamente da conta no Brasil), compra de traveller checks e também cartões pré-pagos específicos para viagem — Visa TravelMoney, Cash Passport, disponível na bandeira MasterCard, e American Express GlobalTravel Card.
Com a medida, o imposto que incide sobre essas operações igualam os 6,38% que já pesam sobre as compras com cartão de crédito desde 2011. O decreto entrou em vigor no último sábado, dia 28, pegando muita gente de surpresa, já com as malas prontas ou em plena viagem. Alegria, alegria!
A única modalidade que escapa do aumento é a rudimentar compra de moeda estrangeira em espécie, operação para a qual continuam valendo os 0,38% e que, portanto, deve voltar a ser uma alternativa vantajosa para escapar da mordida – apesar de todo o risco de viajar com dinheiro vivo no bolso.
Com esse golpe baixo, o cartão pré-pago passa a ter como única real vantagem, além do fator segurança, o conforto de não depender da variação de câmbio durante a viagem, o que facilita o cálculo do orçamento. Fora isso, mais vale gastar no cartão de crédito e aproveitar os benefícios como milhas e pontos (que é o que pretendo voltar a fazer a partir de agora).
Feliz ano novo pra você também, Dilma!
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