Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Panarea, a ilha do jet-set no sul da Itália

Um pedacinho de terra exclusivo pertinho da Sicília, nas Ilhas Eólicas

Por Adriana Setti
Atualizado em 17 mar 2021, 12h57 - Publicado em 3 out 2018, 06h54

Cada ilha é um pequeno universo. E poucas coisas são tão fascinantes como a capacidade que esses pedacinhos de terra, às vezes tão próximos uns dos outros, têm de cultivar personalidades drasticamente distintas. Stromboli e Panarea, as duas Eólicas que visitei em minha recente viagem pela Sicília, são bons exemplos disso. A primeira tem o vulcão mais ativo da Europa, ar de mistério e ambiente puxando para o alternativo. Já a segunda, é a Formentera da Itália: minúscula, linda, carésima. Resumindo: nos 100 metros entre o portinho e a pousada vi mais camisas polo Ralph Lauren com a gola espetada pra cima do que nos últimos 5 anos juntos.

Cala Junco: pedronas que requerem habilidades de circo e lombar de aço (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
Mas vale tudo para se jogar nesse mar (Adriana Setti/Arquivo pessoal)

Por outro lado, não há carros em Panarea. Quem não quer gastar a panturrilha anda de carrinho de golfe (os táxis locais). Mas também dá para rodar a ilha toda caminhando, em um constante subir e descer por ladeiras demoníacas, que revelam vistas de tirar o resto do fôlego. Entre uma encosta escarpada e outra, você descobrirá que a maior invenção da humanidade é a granita, raspadinha italiana que, em sua versão premium, é feita artesanalmente com limão siciliano. A cada gole, a temperatura corporal de reduz em 5oC.

O jeitinho do interior da ilha (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
Vista para Stromboli: um bônus (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
Essa cor de mar… (Adriana Setti/Arquivo pessoal)

Não faltam pousadas charmosas, lojinhas tentadoras e restaurantes incríveis em Panarea. O que falta, infelizmente, é espaço na única (e minúscula) praia de areia na ilha. Menos mal que ela não é a mais bonita do pedaço. Belíssima mesmo é a Cala Junco, feita de pedronas grandes, arredondadas e instáveis que exigem habilidades circenses para “caminhar” ou se “acomodar” para tomar um sol. Será exatamente ali, com a lombar gritando diante daquele mar cristalino, que você entenderá a verdadeira vocação de Panarea: um lugar ideal para iates. E há muitos e muitos deles por ali, repletos de ingleses do mercado financeiro e milaneses que cansaram de encontrar com os vizinhos em Formentera.

Vai lá:

Onde ficar: a pousadinha mais em conta que encontrei (€100 a diária em julho) foi o Hotel Tesoriero, com staff absolutamente simpático, quartos amplos e bem decorados e vistas lindas. Fica do lado do porto então é estratégica para quem for passar poucas noites.

Quanto tempo: fiquei apenas uma noite e dois dias cheios e consegui dar um belo rolê pela ilha, sem pressa. Recomendo mais tempo a quem tiver $$ para fazer passeios de barco.

Onde comer: os dois restaurantes para comer bem e sem gastar muito (afinal de contas você está na Sicília) são o Da Francesco e o Da Paolino.

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