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O melhor de Bali: ode ao peixe fresco de Jimbaran

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 16h05 - Publicado em 14 abr 2009, 12h04

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As marisquerias de Jimbaran (uma praia localizada no sul de Bali, na entrada da península de Bukit, pertinho do aeroporto de Denpasar) tem a melhor relação preço/qualidade que eu conheço. E olha que garimpar um peixinho fresco está entre minhas maiores obsessões gastronômicas.

Os restaurantes estão divididos em dois blocos: um no centro da praia, perto do mercado de peixe, e outro à esquerda (de quem olha para o mar). Depois de testar vários exemplares, posso afirmar com certeza que todos são bons e praticamente iguais.

O ritual começa com a escolha do peixe, ou da lula, ou da lagosta, ou do camarão…. Você mesmo faz a seleção, como se estivesse num mercado (para saber se o peixe é fresco veja se os olhos estão brilhantes e se as guelras estão vermelhinhas). Não se preocupe com os acompanhamentos, daqui em diante, você está nas mãos de experts. E tudo está incluído no preço.

O primeiro a vir à mesa é um caldo de peixe, invariavelmente bem temperado. Depois, uma saladinha. O prato principal é preparado na brasa, o que lhe confere um gostinho de defumado, acentuado por especiarias tipicamente balinesas. E  é acompanhado por vários molhos (de chili, de shoyo, vinagrete e de gengibre), arroz branco, batata assada e um prato de verduras (geralmente “morning glory”, um delicioso primo do espinafre, temperado com alho torrado). Para completar, o impecável capricho balinês: o peixe repousa sobre uma folha de bananeira, o arroz é servido numa cestinha de palha e uma velinha enfeita a mesa.

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Meu pedido não costuma variar muito: um suculento red snapper. Entre o peixe e os acompanhamentos, é comida mais do que suficiente para duas pessoas com fome.

A conta? Inacreditáveis 4 euros (há alguns anos, paguei 40 euros pelo mesmo peixe em Santorini, na Grécia, sem acompanhamento).

ANOTE ESSA DICA: Comer peixe fresco em Jimbaran é um programa “oficial” para embalar o espetacular pôr-do-sol no mar. É justamente nessa hora que os ônibus de excursão (geralmente de chineses, numerosíssimos) costumam aparecer. Para driblar a muvuca há duas saídas. A primeira delas é ir a Jimbaran num horário alternativo. Na hora do almoço, por exemplo (e por incrível que pareça), os restaurantes ficam vazios! De quebra, ao invés de apenas mesas, os estabelecimentos também colocam espreguiçadeiras à disposição dos clientes aproveitando a sobra de espaço. A segunda é, com um olhar clínico, detectar os restaurantes com mesas enooormes preparadas para grupos e evitá-los. Pelo menos até agora, apenas parte deles tem acordos com as empresas de turismo.

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