Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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O aplicativo de mapas off-line que salvou a minha pele na Albânia

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h33 - Publicado em 6 out 2014, 20h27
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Contar aos amigos que passei as últimas férias na Albânia tem provocado uma reação unânime: cara de interrogação. Não é à toa. Para grande parte da humanidade, o país é uma incógnita. Minha grande surpresa, no entanto, foi constatar que a Albânia também é um enigma para o Google Maps e para o GPS TomTom.

 

Depois de algumas tentativas de traçar rotas com o Google Maps (em vão), cometi o engano de dar o assunto por resolvido ao descobrir que a Albânia é parte do pacote do mapa da Europa que tenho no GPS. Saímos do aeroporto de Tirana (a capital) com o carro alugado e, depois de 15 minutos, PUF, o aparelhinho perdeu totalmente a noção de onde estávamos.

 

Dirigir na Albânia é mais ou menos como aventurar-se pelo Brasil profundo – com a diferença de que as pessoas a quem você perguntaria informações pelo caminho falam um idioma absolutamente incompreensível. A sinalização é escassa, a noção de regras de trânsito dos locais é nula, pistas de asfalto acabam em trechos de terra sem aviso prévio e há uma extensa fauna cruzando o caminho o tempo todo: ovelhas, cabras, vacas, burros, galinhas, cachorros…

 

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Autopista albanesa

Diante do panorama, gelei por alguns segundos até me lembrar que, dias antes, ao escrever uma materinha sobre aplicativos de mapas que podem ser usados off-line, tinha baixado alguns para testar. Abri o Maps Me (a versão PRO, que custa US$ 4,99) e apareceu a luz no fim do túnel.

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O aplicativo faz jus ao slogan: “Mapas detalhados do mundo”. A coisa é realmente minuciosa. Durante toda a viagem (e foi uma semana de bastante estrada), não houve uma bola fora sequer. Até os micro caminhos, por onde passavam apenas cabras, estavam sinalizados. As ruas e estradas são marcadas em cores diferentes que indicam estradinhas de terra, asfalto precário, pista melhorzinha e autopista. Até os vilarejos mais diminutos na Albânia profunda estavam nomeados e indicados.

 

O Maps Me não é exatamente um GPS. Ou seja, ele não traça as rotas por você e não dá as coordenadas (vire à direita, siga reto, etc). Mas ele tem um sistema de busca que encontra cidades, atrações, restaurantes e hotéis. A partir daí, você precisa usar três neurônios para olhar o mapa e escolher o caminho, como nos velhos tempos. Tudo funciona off-line — basta você baixar o mapa do país em questão quando ainda estiver conectado, o que é super rápido.

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Também fiquei impressionada com a precisão da coisa. Testei o aplicativo num IPhone 5 e num Ipad 2. No Iphone 5, a flechinha que indica a localização do carro se mexia simultaneamente, mudando inclusive de direção quando manobrávamos. Já no Ipad, que é de um modelo mais antigo, havia certo delay.

 

Definitivamente, em termos de aplicativos, foram os US$ 4,99 mais bem gastos dos últimos tempos.

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No próximo post vou começar a revelar o mistério albanês: afinal de contas, o que tem por lá? Você vai ficar de queixo caído… prometo.

 

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