Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Austrália: 10 dicas essenciais para quem visita o país

Um mito muito difundido é o de que motorhome seria o meio de transporte ideal para explorar o país; veja outras dicas

Por Adriana Setti
Atualizado em 16 abr 2018, 11h13 - Publicado em 26 jan 2015, 18h57
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1. Venha com calma

Você está cansado de saber que a Austrália fica do outro lado do planeta e que encarar o voo até lá (são 20 horas na melhor das hipóteses) é um ato de bravura. Mas a ficha só cai realmente quando o seu corpo começa a sucumbir ao jetlag. Atualmente, são 13 horas de diferença entre Sydney e Brasília. Não há organismo que resista. Eu, que tenho uma boa capacidade de adaptação, demorei uma semana para voltar ao normal, período que passei dormindo em horários absurdos, sem conseguir ir ao banheiro (intimidade com o leitor é isso aí) e com uma eterna sensação de ressaca. Tudo isso pra dizer que, ao meu ver, o esforço não vale a pena para menos de três semanas ou um mês de viagem.

2. Alugue um carro (ou algum outro meio de transporte)

As cidades de Sydney e Melbourne são os únicos lugares onde você não vai precisar de um carro (e olhe lá, porque também há muito o que ver nos arredores). Fora delas, tenha em mente que a Austrália tem um sistema de trens muito mais lento e limitado que o da Europa. Aproveite as tarifas acessíveis (a partir de US$ 25) de aluguel de carro e o preço razoável da gasolina (média de US$ 1 por litro). Ter liberdade para se locomover vai facilitar muito a sua vida.

3. Alugue um carro automático

Seu cérebro já vai estar suficientemente entretido em dirigir pela esquerda  — algo com o que você acaba se acostumando rapidinho. Seja legal com os seus neurônios e alugue um carro automático. Ao contrário dos Estados Unidos, na Austrália se usa bastante câmbio manual, então preste atenção a esse “detalhe” na hora de alugar um automóvel.

4. Se beber, não dirija

Assim como no Brasil, dirigir após ter tomado umas e outras é crime (o limite é algo como uma cerveja ou um copo de vinho por hora). A diferença é que aqui não tem jeitinho de escapar das consequências e o controle é extremamente rígido e ostensivo. Sair para beber de carro  — assim como dirigir acima do limite de velocidade — simplesmente não passa pela cabeça da maioria dos australianos.

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Até o aquário de Sydney comemorou o feriado, com mergulhadores numa boa ao lado de tubarões (foto: Getty Images)Até o aquário de Sydney comemorou o feriado, com mergulhadores numa boa ao lado de tubarões (foto: Mark Metcalfe/Getty Images)

5. Faça as contas antes de alugar um motorhome

Existe uma espécie de dogma no universo viajante que diz que rodar a Austrália de forma econômica é sinônimo de alugar um motorhome/capervan. Não é bem assim. Um modelo de campervan bacaninha custa a partir de US$ 80. A esse valor é preciso somar uma média de US$ 30 a US$ 50 da taxa de estacionamento num caravan park (hoje em dia, há pouquíssimos lugares em que é permitido passar a noite sem pagar). Acaba saindo o mesmo preço ou até mais caro do que alugar um carro (a partir de US$ 25 ao dia) e ficar hospedado num hotel básico (a partir de US$ 75) – esquema mais confortável pelo qual eu optei. Ou seja, motorhome/campervan só vale a pena financeiramente para quem viaja em turma ou em família. Ou então pela experiência de viajar com a casinha nas costas.

6. Aposte nos caravan parks e campings

Quem viaja com a casa nas costas não tem com o que se preocupar: os caravan parks (campings com vagas para motorhome/campervans e etc) australianos são onipresentes e excelentes: limpos, arborizados, organizados, bem equipados. Vale a pena ter em mente, também, que quase todos oferecem acomodação para quem viaja sem barraca ou motorhome. São as chamadas cabins (quartos bonitinhos com quitinete, banheiro, ar condicionado e em geral uma varandinha), ou cabines, que custam uma média de US$ 80 por dia para duas pessoas. Usei essa forma de hospedagem em vários destinos e achei honestíssima.

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7. Tente escapar da altíssima temporada

Num país tão grande e tão pouco populoso, é muito difícil que haja trânsito ou stress para encontrar acomodação. A coisa muda de figura no período entre o Natal e 10 de janeiro, sobretudo se o seu destino for superpop como Byron Bay, Gold Coast, Great Ocean Road, etc. Além de disputada, a acomodação nesse período também é bem mais cara.

8. Use e abuse do AirBnb

Encontrei acomodações incríveis e econômicas no AirBnb aqui na Austrália. Desde um trailer hippie todo equipadinho no meio de um bosque perto de Bayron Bay, até um bangalô supercharmoso no bairro mais cool de Melbourne. Vale muito a pena em termos de custo/benefício.

9. Para economizar, alugue acomodação com cozinha

Quase todos os quartos de hotel/motel/camping têm pelo menos microondas, geladeira, torradeira e chaleira. Mas alugar algo que tenha também um fogãozinho ou cozinha completa pode salvar o seu orçamento. Tenha em mente que é muito difícil encontrar uma refeição que não seja fast food por menos de US$ 20 por cabeça.

10. Encurte as grandes distâncias com voos low cost

As distâncias na Austrália são colossais. Somando gasolina, pedágio e hospedagem pelo caminho, sai mais barato voar. As tarifas das empresas aéreas low cost do país (Jetstar, Tiger e Virgin) são extremamente generosas, principalmente se você comprar os bilhetes com antecedência. Também dá para ir de carro e voltar de avião, já que muitas locadoras de carro não cobram a taxa adicional para devolução num lugar diferente de onde ele foi retirado.

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Casal em Sydney prepara as malas para curtir o feriadão em um festival de música perto da cidade (foto: Getty Images)Casal em Sydney prepara as malas para curtir o feriadão em um festival de música perto da cidade (foto: Lisa Maree Williams/Getty Images)

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