Um penhasco negro com nuances avermelhadas desaba sobre o azul infinito do Mar Egeu. Casinhas brancas de portas coloridas escorrem pela encosta, permeadas por igrejinhas de cúpulas azuis e moinhos. O pôr do sol mais poético do planeta. Santorini é de outro mundo. Mais: chego a duvidar se esta ilha existe, mesmo estando aqui neste exato momento, pela terceira vez.
A última vez foi há dez anos. De lá pra cá, quase nada na paisagem foi alterado, graças à relativa tranquilidade do vulcão, que esculpiu a ilha em uma colossal explosão no ano 1450 a.C. Um hotel novo aqui, outro ali. O que mudou, isso sim, foi o público. Santorini é febre entre os chineses e os russos. Noivas orientais desfilam pelas ruas seguidas por frenéticos fotógrafos. A ilha também está na rota de várias linhas de cruzeiros, que despejam milhares de brasileiros diariamente, entre outros turistas. Nunca se ouviu tanto português nas ruas de Santorini. Em alguns momentos, há congestionamento no pequeno vilarejo de Oia, a joia da coroa da mais bela das ilhas Cíclades gregas. Mas nem a multidão tira o encanto do lugar.
Hoje me limito a postar algumas imagens (sinceramente, trabalhar por aqui é quase falta de educação). No próximo post, prometo revelar os meus segredinhos para curtir a ilha.
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