Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
Continua após publicidade

Little India: a Cingapura boa, barata, divertida e até bagunçadinha

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 16h05 - Publicado em 19 Maio 2009, 08h05


Templo hindu em Little India

A espertíssima Cecília Gontijo, que anda por esse mundo De Mochila, postou recentemente sobre Cingapura. Assim como muitos viajantes que estão rodando pela Ásia, ela disse ter ficado entediada naquela que é uma das cidades mais organizadas do planeta. Mas que, quando finalmente deu uma volta pelo bairro de Little India, descobriu o encanto da, segundo muitos, reles meca das compras compulsivas e do ar condicionado. A Cecília mandou bem.

Quando estive por lá no ano passado, postei 10 motivos para amar Cingapura. Hoje em dia acho que grande parte deste amor se deve ao bairro indiano.

Saem os arranha-céus, os edifícios com pinta de nave-mãe, o aço inoxidável e a ausência total de micróbios; entram as casinhas coloniais coloridas, as calçadas estreitas protegidas do sol por marquises entupidas de barraquinhas de roupa, comida, frutas, incenso…

Continua após a publicidade

Sai a maioria chinesa comportadíssima e vestida com a última moda ocidental; entram mulheres enroladas em saris que ousam andar pelo meio da rua e atravessá-la no sinal vermelho, correndo o risco de tomar multas homéricas.

Sai o minimalismo zen de spas internacionalmente reconhecidos, entram coisas como o fish spa, onde você entra numa banheira cheia de peixinhos para eliminar as células mortas através de mordisquinhos (aaarrrrgh!).

Continua após a publicidade

É lá que ficam as lojas de ouro onde indianos vendem a fina flor do rococó.

É lá que fica o Sim Lim Square, o paraíso dos eletrônicos. Veja mais neste post antigo e no post da Rachel Verano.

Continua após a publicidade

É lá, também, que fica o Mustafa Centre, um shopping 24 horas que vende de ouro a eletrônicos, passando por tênis e cosméticos. Porque afinal de contas você sempre pode precisar de uma televisão LCD de N polegadas às 4 da manhã.

Cingapura tem uma das melhores “baixas” gastronomias do mundo. Come-se bem – e baratíssimo — em quase todas as barraquinhas de comida instaladas em praças de alimentação públicas (as eateries).

Continua após a publicidade

Mas o grande achado é a Lavender Food Square, aberta 24 horas. Fui lá 3 noites seguidas, depois da meia-noite e, além de encontrar o lugar explodindo de gente, era a única ocidental do pedaço. Di-ver-ti-dís-si-mo.

A grande sensação de Lavender Square é a barraquinha Kok Kee Wan Ton Noodle. Que vende a especialidade de noodles com wan ton (aqueles saquinhos recheados) e filezinhos de lombo. Simplesmente genial.

Nem adianta esperar a fila diminuir. Uma pequena multidão estará sempre plantada ali na frente.

Continua após a publicidade

Os tim sum (ou dim sum) também fazem sucesso, deliciosos.

Funciona assim: você vai até uma barraquinha, diz o número da sua mesa e espera que levem o prato (o serviço é sempre rápido, como tudo em Cingapura). Só aí a comida é cobrada. Nas mais disputadas (como a do noodles) você mesmo leva a sua bandeja até a mesa. Quando assim for, haverá uma plaquinha indicando “self-service” (o que não quer dizer que você tenha que enfiar a mão na panela do chinês, por favor).

Vai um mingau de sapo?

E uma sopinha de tartaruga?

Publicidade