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Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Interior da Costa Rica: a subida do vulcão Irazú

O lago verda da cratera principal e as nuvens lááá embaixo… Para subir, quatro rodas bastam… (nosso possante em foto com vocação publicitária) Continua após a publicidade Se você começou a ler este post esperando ler o relato de uma grande aventura no ar rarefeito, desculpe decepcioná-lo. Na Costa Rica tudo é fácil. E é […]

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h52 - Publicado em 1 mar 2011, 17h24

O lago verda da cratera principal e as nuvens lááá embaixo…

Para subir, quatro rodas bastam… (nosso possante em foto com vocação publicitária)

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Se você começou a ler este post esperando ler o relato de uma grande aventura no ar rarefeito, desculpe decepcioná-lo. Na Costa Rica tudo é fácil. E é justamente por isso que eu, preguiçosa incorrigível, estou adorando isso aqui. Se em países vulcânicos como a Indonésia e as Filipinas ver a cratera de um vulcão envolve dias de caminhada e esforço físico (vai indo que eu não vou), aqui bastam quatro rodas.

Escolher um vulcão para explorar é que é difícil, uma vez que o país tem mais de meia dúzia deles. Resolvi investir no mais alto, o Irazú, com 3 432 metros, cuja última erupção aconteceu em 1 963 e cobriu todo o Vale Central de cinzas, pulverizando inclusive o impecável penteado do presidente norte-americano JFK, que estava em visita oficial ao país (em 1 994 o vulcão lançou uma nuvem de enxofre que deixou todo mundo preocupado, mas depois descansou em paz até pelo menos o momento em que subi este post).

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No caminho, a Costa Rica mostra sua belíssima face rural, entre cafezais e outras plantações (e as nuvens vão ficando lá embaixo…)

Um dos ângulos do vulcão visto do pico mais alto, a quase 3500 metros

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Cara a cara com a cratera

Outra vantagem do Irazú é que é um dos vulcões menos visitados do país, o que permite momentos de solidão e contemplação, algo impossível em outros vulcões como o Poas e o Arenal, os mais famosos.

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De Turrialba (onde fiz o rafting do post anterior) foram 42 quilômetros de muitas curvas e subidas atravessando uma das regiões mais belas do país, repleta de árvores floridas (como é colorido este país!) e cafezais, até que as nuvens foram ficando lá embaixo, laaaaá embaixo… Poucas vezes vi uma paisagem tão linda e nítida, nas primeiras horas da manhã.

Mais um clique do lago

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Na saída, um quati aparece para dizer tchau

Ajustar os ponteiros do relógio, aliás, é fundamental. Como num passe de mágica, lá pelas 10 da manhã, dia após dia (mesmo em dias azulíssimos), as nuvens começam subitamente a movimentar-se e o pico do vulcão se tinge de brumas progressivamente, até que a sua cratera, onde repousa um lago verde esmeralda, não seja mais visível. Assistir a esse fenômeno, quando já íamos em direção ao carro, foi outro momento sublime.

SERVIÇO: A entrada do parque nacional custa US$ 10 por pessoa. A cidade mais próxima, para servir de base, é a movimentada Cartago. Mas há vários hotéis de montanha nas redondezas do parque, com belas vistas da região. A melhor maneira de ir até o pico é de carro, mas há excursões que saem de Cartago e também de San José. No meu caso, o vulcão estava no caminho entre Turrialba e a Costa do Pacífico, para onde eu seguiria.

Siga Dri Setti no Twitter: @drisetti

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